quarta-feira, 30 de julho de 2014

Congresso tem 70% de funcionários comissionados

Quase 80% dos servidores da Câmara e mais da metade dos funcionários do Senado não são do quadro efetivo. Renan ignora liminares da Justiça e mantém contratações, segundo ele, para economizar dinheiro público



Ag. Senado
Nova guerra de Renan é contra aprovados em concurso que conseguiram liminares judiciais
Cerca de 70% dos funcionários do Congresso Nacional não entraram por meio de concurso público. São 15.583 pessoas com cargos comissionados em gabinetes, comissões, secretarias e áreas administrativas. Se considerados os terceirizados, esse índice beira os 80% (veja quadro abaixo). No Senado, onde o índice de comissionados passou dos 50% pela primeira vez no ano passado, três decisões judiciais pedem a suspensão das contratações. Aprovados no concurso público de dois anos atrás conseguiram que a 7ª e a 9ª Vara Federal de Brasília obrigassem a Casa a reservar a eles as vagas para as quais foram aprovados.
Na semana passada, a assessoria de imprensa do Senado disse ao Congresso em Foco que já foi notificada de duas das decisões, que irá manter as contratações de comissionados em gabinetes e que, mesmo assim, já recorreu à Justiça de duas formas. Sem nenhuma menção à quantidade de cargos comissionados, a Casa diz agir para economizar dinheiro público.
Já a assessoria da Câmara afirma que  possuir mais de 12 mil funcionários sem concurso, quase quatro vezes mais o número de efetivos, representa “o necessário para o funcionamento da Câmara e o cumprimento de sua missão”.
Numa quarta ação judicial, o Ministério Público fez um parecer defendendo decisão semelhante às já concedidas pela Justiça Federal de Brasília. Para o procurador da República no Distrito Federal Anselmo Henrique Cordeiro Lopes, há “desproporção entre o número total de servidores comissionados em face do de servidores efetivos”, segundo parecer apresentado à 22ª Vara Federal da capital. Ele diz que o grosso dos funcionários trabalha em áreas operacionais e poderia, facilmente, ser substituída por concursados.
Economia e interesse público
As três ações populares são movidas por 16 concurseiros, aprovados no concurso do Senado homologado em 2012. Foram abertas 791 vagas para analista e técnico legislativo, mas pouco mais de 10% foram chamados para trabalhar. Além dos 708 que ficaram de fora, eles chamam a atenção para o fato 191 funcionários terem se aposentado. A validade do concurso termina no fim deste mês.
Na segunda-feira passada (21), duas semanas após as liminares judiciais, o Senado anunciou a nomeação de mais 48 servidores. E, em junho, um mês antes, o Senado extinguiu 42 funções comissionadas.
Manobra
Desde que assumiu a presidência do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) tem anunciado medidas de economia de dinheiro público, que, em seus cálculos, chegarão a R$ 300 milhões. “Os novos tempos exigem parcimônia, notadamente com os recursos públicos. É isto que estamos buscando”, afirmou ele no início de julho. A crítica dos opositores de Renan é que ele prioriza cortes em áreas técnicas e no represamento de nomeações de efetivos para sobrarem recursos para setores políticos e contratações de comissionados, nos quais há flexibilidade para os senadores manobrarem o orçamento.
Na nota ao Congresso em Foco, a assessoria do Senado reforça que o objetivo é economizar dinheiro público ao não nomear os aprovados que foram à Justiça. Os 3.244 comissionados representam 52% da soma de efetivos e comissionados na Casa. Mas o Senado não respondeu se considera razoável possuir mais não-concursados que efetivos.
A Casa ainda admitiu manter as contratações de comissionados em gabinetes, mas afirma que isso não significa descumprir as ordens judiciais. A Casa “deixou de fazer nomeações para a área legislativa e (…) para a área administrativa”, segundo informou a assessoria em nota. “Estão excetuados os gabinetes parlamentares, caso em que as liminares não se aplicam porque, para essas unidades, não podem ser nomeados servidores efetivos, salvo em condições especificas”, justificou a instituição presidida por Renan.
O Senado apresentou dois recursos à Justiça. Na 9ª Vara Federal, os advogados do Senado dizem que não cabe aos concurseiros aprovados “interferir na conveniência e oportunidade” da Casa para “para verem seus anseios particulares atendidos”. Isso porque o órgão legislativo age de forma “zelosa” e de olho na “economia de recursos públicos”.
No Tribunal Regional da 1ª Região, o Senado diz que a liminar judicial em vigor “está a causar lesão ao interesse público”.
Função vital
Na Câmara, há 12.339 comissionados, ou 79% do total de efetivos e comissionados da Casa. Para os deputados, a quantidade de não-concursados é normal, até porque a maioria trabalha em seus gabinetes e escritórios políticos nos estados. “A maior parte destes servidores está lotada no secretariado parlamentar, função vital para assegurar o bom andamento das atividades-fim da Câmara, que são aquelas exercidas pelos deputados no dia a dia”, informou a assessoria de imprensa da Casa em nota ao site.
Além dos quase 22 mil funcionários efetivos e comissionados do Congresso, há ainda uma massa de terceirizados, 3 mil em cada Casa. A Câmara disse que “tem evitado ampliar o quadro de contratados via terceirização”.
Ao todo, as duas Casas Legislativas possuem mais de 28 mil servidores, em Brasília ou nos escritórios parlamentares dos deputados e senadores nos estados.
ServidoresCâmaraSenadoTotal
Efetivos3.3442.9546.298
Comissionados12.339 (79%)*3.244 (52%)*15.583 (71%)*
Terceirizados3.0403.0836.123
Total18.7239.28128.004
*Percentual de comissionados em relação ao total de efetivos e comissionados. Se incluídos os terceirizados na contabilidade, o índice de não-concursados sobe para 82% na Câmara, 68% no Senado e 78% nas duas Casas. Fontes: Câmara, MPF-DF e arquivo do Congresso em Foco.

terça-feira, 29 de julho de 2014

FICA BARBOSÃO, FICA BARBOSÃO, FICA BARBOSÃO !!!

Ministros do  STF  duvidam da renúncia de Joaquim Barbosa



As férias de  Joaquim Barbosa, terminam na sexta (1º). (Foto: Revista IstoÉ/Reprodução)
As férias de Joaquim Barbosa, terminam na sexta (1º). (Foto: Revista IstoÉ/Reprodução)
Como já adiou uma vez sua aposentadoria, o ministro Joaquim Barbosa caiu na desconfiança de colegas do Supremo Tribunal Federal, que já duvidam se ele renunciará mesmo na sexta (1º) ou continuará na Presidência até novembro, quando termina seu mandato. A única certeza dos ministros é que Joaquim não aceita se submeter ao comando do seu principal desafeto, o atual vice-presidente Ricardo Lewandowski.

Fim do ócio - As férias do presidente do STF, Joaquim Barbosa, terminam na sexta (1º). Durante o período, ele curtiu o ócio no Rio, onde tem apartamento.

Ele é carioca - Barbosa circulou pela Lapa – sempre cercado de quatro seguranças – e foi até a lançamento de livro do Corinthians na livraria Travessa, no Rio.

Hora da verdade - A aposentadoria de Barbosa está prevista para sair no Diário Oficial da União no próximo dia 6, mesmo dia em que o STF volta aos trabalhos. (Coluna de Cláudio Humberto)

BRASIL : O País que é um lixão

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Por Leandro
Após quatro anos da sanção da lei sobre o prazo para fim dos lixões, que termina daqui a oito dias, o Brasil figura como quarto maior gerador de lixo do mundo, e mais de 3 mil das 5 mil cidades brasileiras não cumpriram a meta de instalar aterros sanitários, como determina a Política Nacional de Resíduos Sólidos. O País desperdiça R$ 8 bilhões por ano por não reciclar. “Menos de 10% dos municípios apresentaram plano de gerenciamento compartilhado dos resíduos no Brasil”, destaca Sebastião Carlos dos Santos, presidente da Associação de catadores de Material reciclável do Jardim Gramacho (RJ) e Consultor do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).
Tião do Vik
Tião dos Santos tornou-se estrela internacional após protagonizar o documentário Lixo Extraordinário, do artista plástico Vik Muniz, premiado em vários festivais.
Antes tarde..
A Confederação Nacional dos Municípios, que abrange mais de 3 mil prefeituras, prepara levantamento. O presidente Paulo Ziulkoski dará coletiva na segunda-feira.
Na gaveta
O Ministério das Cidades não tem um estudo atualizado sobre o tema. O atual é de 2012, está no site oficial da pasta.
Leia a íntegra da Coluna aqui

domingo, 27 de julho de 2014

Julgamento de argentinos presos na Copa abre crise diplomática


Emiliano Mario Rios Duda (esq.) e Jose Alberto CriscentiEmiliano Mario Rios Duda (esq.) e Jose Alberto Criscenti


Por Leandro


Um Brasil x Argentina, desta vez no campo judicial, gerou uma nova guerra entre os dois países.
A prisão de dois torcedores argentinos que brigaram com brasileiros num jogo da Copa em Brasília abriu crise diplomática sem precedentes entre os países.
A dupla foi detida após espancar um perito da Polícia Civil e um servidor público na arquibancada durante o jogo Argentina x Bélgica pela Semifinal.
Alberto Criscenti, 43 anos, e Emiliano Rios Duda, 36, estão detidos na Penitenciária da Papuda desde o dia 5 de Julho e serão ouvidos pela Justiça do DF dia 1º de agosto.
A Argentina considera o caso como abuso. O Primeiro-Secretário do Consulado, Gabriel Herrera, diz que é ‘um exagero inédito’, porque outras brigas em estádios foram resolvidas nos Juizados Especiais.
MALDADE
Emiliano e Alberto foram indiciados por tentativa de homicídio. Segundo a denúncia no TJDFT, por depoimento de testemunhas, eles chutaram muito uma das vítimas até desacordada.
A Justiça do DF manteve a prisão preventiva da dupla por considerar o crime muito mais violento do que outras brigas ocorridas durante a Copa.
OUTRO LADO
Mas para o Consulado, ‘não tem sentido nenhum ter iniciado uma ação penal na Justiça do DF (..), baseada numa qualificação dos fatos exagerada e inadmissível’.
O Consulado ainda indica que há corporativismo na denúncia, na prisão e no julgamento, por uma das vítimas se tratar de um perito da Polícia Civil.
Os argentinos são defendidos por dois advogados acionados pelo Consulado.

sexta-feira, 25 de julho de 2014

Veja quanto custam um deputado e um senador

Na Câmara, gasto é de R$ 143 mil por mês e R$ 1,8 milhão por ano; no Senado, R$ 160 mil mensais e R$ 2 milhões anuais

BENEFÍCIOS SEM VALOR ESTIMADO
I- Cota postal. Na Câmara, está incluída dentro do cotão (ver observação 1, abaixo). No Senado, corresponde a 1.389 correspondências por mês.
II- Telefone celular. Na Câmara, a verba está incluída no cotão. No Senado, o benefício é ilimitado.
III- Assinatura de publicações. Na Câmara, está incluída no cotão a verba para assinar publicações impressas, TVs a cabo e serviços de internet. No Senado, além do cotão, cada parlamentar tem direito a assinar um jornal de Brasília, um de Sào Paulo, um do Rio de Janeiro e um de seu estado de origem.
IV- Carros oficiais. No Senado, cada parlamentar tem direito a um veículo, que é alugado pela Casa para esse benefício. Na Câmara, são 11 carros para uso dos seguintes deputados: o presidente da Câmara; os outros 6 integrantes da Mesa (vice e secretários, mas não os suplentes); o procurador parlamentar; a procuradora da Mulher; o ouvidor da Casa; e o presidente do Conselho de Ética.
V- Gráfica: impressões, fotocópias e material de expediente. No Senado, os valores são os da tabela principal acima. Na Câmara, seguem as quantidades permitidas: até 15 mil A4 por mês, até 2 mil A5 por mês, até 4 mil exemplares de 50 páginas por ano (200 mil páginas por ano), até 1 mil pastas por ano, até 2 mil folhas de ofício por ano, até 50 blocos de 100 folhas por ano, até 5 mil cartões de visita por ano, até 2 mil cartões de cumprimentos por ano, até 5 mil cartões de gabinete por ano, até 1 mil cartões de gabinete duplo por ano

OBSERVAÇÕES IMPORTANTES NA TABELA
(1) Cotão. O cotão ou Cota para o Exercício da Atividade Parlamentar (Ceap) varia de estado para estado. Na Câmara, vai de R$ 27.977,26 (Distrito Federal) a R$ 41.612,80 por mês (Roraima). No Senado, de R$ 21.045,20 (Distrito Federal e Goiás) a até 44.276,60 (Amazonas). Os valores na tabela acima se referem à média dos 513 deputados e dos 81 senadores, consideradas as diferenças entre estados. A média não computa adicional de R$ 1.244,54 devido a líderes e vice-líderes partidários da Câmara. No Câmara, o cotão inclui pagamento e ressarcimento de despesas como passagens aéreas, fretamento de aeronaves, alimentação do parlamentar, combustíveis e lubrificantes, consultorias, divulgação do mandato, aluguel e demais despesas de escritórios políticos, assinatura de publicações e serviços de TV e internet, contratação de serviços de segurança e cota postal e telefônica. O telefone dos imóveis funcionais da Câmara está fora do cotão: é de uso livre, sem franquia. No Senado, os benefícios de serviços postais, despesas telefônicas (fixo e celular) e assinaturas de jornais também existem, mas são concedidos à parte do cotão.
(2) Auxílio-moradia. O valor é de R$ 3.800 por mês. Mas nem todos os parlamentares utilizam. Por isso, a tabela acima considerou a média de gastos de acordo com o uso do benefício. Em 16 de julho de 2014, apenas 225 dos 513 deputados utilizavam o auxílio-moradia em vez de um dos 432 apartamentos funcionais, parte deles em reforma. Na mesma época, 20 senadores utilizavam o auxílio-moradia. Outros 54 senadores utilizavam apartamentos funcionais e 13 membros do Senado não optaram por nenhum dos benefícios.
(3) Verba de gabinete e servidores. É a verba utilizada para pagar funcionários nos gabinetes e nos escritórios nos estados. Na Câmara, são R$ 78 mil mensais para contratar de 5 a 25 funcionários comissionados, os chamados secretários parlamentares. No Senado, não há um valor específico, mas cada gabinete tem direito a possuir de 5 a 61 cargos, sendo de 5 a 6 servidores efetivos e de 12 a 55 cargos em comissão. Para se chegar ao valor de R$ 82 mil, foi utilizado um cálculo da Transparência Brasil com base no número de servidores e respectivos cargos a fim de comparar benefício semelhante ao da Câmara.
(4) Ajuda de custo. O 14º e o 15º salários foram extintos em 2013, restanto apenas a ajuda de custo, no valor de R$ 26.723,13, paga no início e no final do mandato. A ajuda de custo mencionada na tabela se refere à média anual do seu valor tendo em vista que ela só é paga duas vezes a cada quatro anos.
(5) Saúde. Na Câmara, o valor da tabela se refere à média de gastos por parlamentar com despesas médicas considerando-se os gastos do ano anterior. Em 2013, (último ano fechado), foram gastos R$ 3.483.876,89. Os deputados só são ressarcidos em serviços médicos que não puderem ser prestados no Departamento Médico (Demed) da Câmara, em Brasília. Não há ressarcimento de despesas odontológicas e psicoterápicas. No Senado, não há informaçòes sobre os valores gastos com as despesas médicas, que são ilimitadas e vitalícias Para despesas odontológicas e psicoterápicas, o máximo é R$ 25.998,96 por ano para os senadores e de R$ 32.958,12 para ex-senadores. Foi valor máximo para senadores em exercício o utilizado na tabela principal acima.
(6) Combustível. Na Câmara, o valor está incluído no cotão, mas, ainda assim, limitado a R$ 4.500 por mês. No Senado, os parlamentares possuem ainda uma verba para abastercer seus carros oficiais em Brasília. Trata-se de 320 litros de gasolina ou 420 litros de álcool por mês. Na lista acima, a estimativa foi feita pela média dos gastos com esses dois combustíveis, considerando-se o preço por litro da capital em julho de 2014: R$ 3,10 para a gasolina e R$ 2,65 para o álcool.
(7) Telefone fixo. Na Câmara, o valor está incluído no cotão e ainda há uma franquia livre nos telefones fixos dos apartamentos funcionais. No Senado, são fornecidas cotas de até R$ 500 por senador. Mas os 19 líderes partidários e de blocos e os membros da Mesa (foram considerados apenas os sete titulares) têm direito a uma cota de R$ 1.000 mensais. O valor utilizado na tabela acima, é a média por senador, consideradas essas diferenças de cotas para líderes, membros da mesa e demais senadores.
FonteCongresso em Foco, com base em dados da Câmara, do Senado e de arquivo do próprio Congresso em Foco. Informações atualizadas até 16 de julho de 2014.
Mais sobre verbas e cotas
toudeolhoemademar13.blogspot.com


quarta-feira, 23 de julho de 2014

CASTIGO : TCU bloqueia bens de José Sergio Gabrielli

ESPAÇO DO LEITOR
Vieirinha.............por email
Gabrielli e mais 10 diretores da Petrobras foram condenados pelo TCU a devolver Para compartilhar esse conteúdo, por favor utilize o link http://www1.folha.uol.com.br/poder/2014/07/1490125-tcu-condena-11-diretores-da-petrobras-por-prejuizo-de-us-792-mi-na-compra-de-pasadena.shtml ou as ferramentas oferecidas na página. Textos, fotos, artes e vídeos da Folha estão protegidos pela legislação brasileira sobre direito autoral. Não reproduza o conteúdo do jornal em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização da Folhapress (pesquisa@folhapress.com.br). As regras têm como objetivo proteger o investimento que a Folha faz na qualidade de seu jornalismo. Se precisa copiar trecho de texto da Folha para uso privado, por favor logue-se como assinante ou cadastrado.
Gabrielli e mais 10 diretores da Petrobras foram condenados pelo TCU a devolver Para compartilhar esse conteúdo, por favor utilize o link http://www1.folha.uol.com.br/poder/2014/07/1490125-tcu-condena-11-diretores-da-petrobras-por-prejuizo-de-us-792-mi-na-compra-de-pasadena.shtml ou as ferramentas oferecidas na página. Textos, fotos, artes e vídeos da Folha estão protegidos pela legislação brasileira sobre direito autoral. Não reproduza o conteúdo do jornal em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização da Folhapress (pesquisa@folhapress.com.br). As regras têm como objetivo proteger o investimento que a Folha faz na qualidade de seu jornalismo. Se precisa copiar trecho de texto da Folha para uso privado, por favor logue-se como assinante ou cadastrado. (Foto: Ag. Brasil)
SABRINA CRAIDE



O Tribunal de Contas da União (TCU) aprovou há pouco o relatório do ministro José Jorge, relator do processo que investiga irregularidades na compra da Refinaria de Pasadena, no Texas (EUA), pela Petroras. O ministro determinou a devolução de US$ 792,3 milhões aos cofres da Petrobras pelos prejuízos causados ao patrimônio da empresa. O relatório isenta de responsabilidade os membros do Conselho de Administração da empresa, que na época era presidido pela então ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, hoje presidenta da República.

O maior montante, de US$ 580,4 milhões, deverá ser devolvido por membros da diretoria executiva da Petrobras, que aprovaram a ata de compra da refinaria, entre eles o ex-presidente da estatal José Sergio Gabrielli, além de Nestor Cerveró, Almir Barbassa, Paulo Roberto Costa, Guilherme Estrella, Renato Duque, Ildo Sauer e Luís Carlos Moreira da Silva. Eles terão prazo de 15 dias para apresentar defesa. Todos os citados terão os bens indisponíveis por um ano para garantir o ressarcimento dos prejuízos. O processo será convertido em tomada de contas especial, para permitir a apuração dos danos e a responsabilização dos agentes, além do direito ao contraditório e à ampla defesa. Depois dessa etapa, será feito um novo relatório, que pode mudar valores e até os citados no processo.

Segundo José Jorge, há "robustos indícios da prática de atos que impuseram prejuízos à Petrobras”, que corresponde a US$ 580,4 milhões. Para ele, os membros da diretoria executiva da Petrobras podem ser responsabilizados pelo prejuízo, porque cabia a eles a gestão do processo de compra, desde a negociação inicial até a confecção dos contratos. “O conhecimento que detinham ou deveriam deter sobre as operações impunha a eles o dever de se contrapor à aquisição daquela refinaria, nas condições que se deu”.

O ministro não determinou, no entanto, a necessidade de ouvir os membros do Conselho de Administração da empresa, que, para ele, estão em situação diferente, porque autorizaram o negócio com base em documento, que omitiu informações e cláusulas, além de conter dados incorretos. “Daí, resulta a conclusão preliminar de que a formatação do negócio que constaria dos respectivos contratos era, em relação aos aspectos essenciais, distinta daquela que foi apresentada ao Conselho de Administração”, disse José Jorge.

"Achamos que devemos nos concentrar na punição dos membros da diretoria executiva, mas dependendo do que eles disserem pode ser que se verifique a necessidade de também ouvir membros do Conselho de Administração", acrescentou o relator.

Em 2006, a Petrobras comprou 50% da Refinaria de Pasadena, por US$ 360 milhões. Por causa das cláusulas do contrato, a estatal foi obrigada a comprar toda a unidade, o que resultou em um gasto total de US$ 1,18 bilhão. A compra foi aprovada por unanimidade pelo Conselho de Administração da Petrobras.
Jornal da Midia
wwwcamacarimagazine.blogspot.com

MRE compra joias de até R$ 17,5 mil para visitas estrangeiras

Nas duas últimas semanas, o Ministério das Relações Exteriores (MRE) empenhou R$ 58,2 mil para a compra de joias. A aquisição das peças, segundo descrição do empenho, tem como objetivo presentear autoridades estrangeiras no contexto de eventos organizados pelo cerimonial da Pasta.
A joia mais cara foi adquirida na Reuas Joias e Relógios Ltda. Da marca Amsterdam Sauer, um dos maiores nomes da alta joalheria no Brasil, a peça, com o custo de R$ 17,5 mil, será confeccionada com pedras brasileiras.
joiaAlém da raridade, outras cinco joias em prata de lei e pedras brasileiras foram adquiridas pelo MRE. No valor de R$ 8,1 mil cada, as peças serão confeccionadas pela artista plástica Rosana Galera. O valor total das preciosidades será de R$ 40,7 mil.
De acordo com o site da designer, Rosana Galera Objetos produz com desenho moderno e exclusivo, uma linha de objetos e acessórios em prata de lei e ouro com detalhes em pedras brasileiras e diamantes. “Rosana Galera inova o conceito da joalheria desenhando com simplicidade e exclusividade a sua jóia”, afirma a página na Internet.
A compra das joias aconteceu sem necessidade de licitação. Com base no artigo 25 da lei de licitações, a mesma é inexigível “para contratação de profissional de qualquer setor artístico, diretamente ou através de empresário exclusivo, desde que consagrado pela crítica especializada ou pela opinião pública”.
O Contas Abertas questionou o MRE sobre a destinação da compras das joias, mas não houve resposta. No entanto, diante da VI Conferência de Cúpula do do Brics – Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, que ocorreu no Brasil na última semana, é possível que as joias sejam destinadas aos chefes de Estado desses países.
Além da Conferência dos Brics, a Copa do Mundo também trouxe diversas autoridades estrangeiras para conferir as partidas. Na final do Mundial, por exemplo, estavam presentes autoridades como a chanceler e o presidente da Alemanha, Angela Merkel e Joachin Gauk, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, o presidente da África do Sul, Jacib Zuma, primeiro-ministro de Antígua e Barbuda, Gaston Browne, o presidente do Gabão, Ali Bongo Ondimba, primeiro-ministro da Hungria, Viktor Órban, primeiro-ministro da Namíbia, Hage Geingob, primeira-ministra de Trinidad e Tobago, Kamla Persad-Bissessar.
Espumantes por R$ 39,3 mil
A preparação para a recepção das autoridades estrangeiras no Brasil contou ainda com a compra de 1,2 mil espumantes brut. As bebidas alcoolicas foram adquiridas pelo total de R$ 39,3 mil.
De acordo com a descrição da nota de empenho da compra, o espumante é produzido pelo método champenoise e que tenha ganhado ao menos quatro premiações internacionais. “As premiações devem ser relativas a concursos realizados a partir de 2008”, explica.
Além disso, as bebidas também devem ter sido amadurecidas em contato com leveduras por período mínimo de 12 meses. A safra do espumante deve ser posterior a 2008, no caso de não ser safrado. “A bebida deve estar com excelentes condições de consumo”.
Apresentação artística
Outro gasto do Cerimonial do MRE envolveu apresentação artística. Pelo valor de R$ 1,6 mil o orgão contratou músico, por ocasião de evento organizado na Pasta. A contratação dispensou licitação, pois tratava-se de serviço técnico de natureza singular, com profissionais ou empresas de notória especialização, vedada a inexigibilidade para serviços de publicidade e divulgação.

terça-feira, 22 de julho de 2014

POLÍTICA: O plebeu e seu castelo

Por Leandro
aeroporto
O plebeu e seu castelo – e ao lado um aeroporto internacional construído para ele, cravado nas montanhas de Minas Gerais, mas que recebe apenas quatro voos regionais por dia.
Quem desembarca no isolado Aeroporto da Zona da Mata, entre as pequenas cidades de Goianá e Rio Novo (MG), não repara numa figura que ocupa um banquinho na entrada, pelo menos duas vezes por semana.
Solitário, o senhorzinho descabelado, barba por fazer, cigarrinho de palha à boca e paletó mal passado vive seus dias de ócio do Poder. É o ex-deputado Edmar Moreira, o ‘Deputado do Castelo’ – cuja megaconstrução fica lá perto.
Execrado pela opinião pública por não ter declarado a construção ao TSE, ele concorreu à vaga em 2010, mas perdeu. Questionado por um passageiro o que faz no aeroporto, Edmar é sucinto: sempre buscar o filho que chega de voo de Belo Horizonte.
O aeroporto foi construído por R$ 100 milhões a mando do então presidente Itamar Franco, à época aliado e amigo de Edmar, para alavancar o turismo na região – que só tem o castelo fechado de atração (como vista de longe). Mesmo novinho, o aeroporto de Goianá ficou fechado por anos. Foi construído pela Infraero na gestão de Itamar Franco – que agora dá nome ao terminal.
edmar
Charge de ALIEDO – http://aliedo.blogspot.com

BOLADA
Só entra no ‘castelo’ de Edmar Moreira quem quiser comprá-lo. A obra não vingou – desocupado, nem virou hotel como desejava – e está à venda avaliado em R$ 25 milhões. O imóvel está em nome do filho deputado estadual Leonardo Moreira.
Leia a íntegra da Coluna aqui