sábado, 30 de agosto de 2014

Quem é o rapper britânico que virou jihadista e é suspeito de ter decapitado o jornalista americano



Postado em 24 ago 2014
Publicado no Independent.

Um ex-rapper lutando com o Estado Islâmico na Síria é um dos jihadistas britânicos sob investigação após a decapitação de James Foley.
Abdel-Majed Abdel Bary, 24, era conhecido como L Jinny ou Lyricist Jinn em Londres, onde tinha uma ascendente carreira musical. Apareceu em vídeos e teve seus singles tocados na BBC Radio em 2012.
Ele foi notícia no início deste ano quando postou uma foto segurando uma cabeça decepada no Twitter depois de reaparecer na Síria.
A imagem terrível, que se acredita ter sido tomada no reduto do EI em Raqqa, continha a legenda: “Curtindo com meu mano ou o que sobrou dele.”
Bary teria viajado para aquele país no ano passado a partir de Maida Vale, no oeste de Londres, onde ele morava com a mãe e cinco irmãos.
Seu pai Adel Abdul Bary, um refugiado egípcio tido como um dos principais tenentes de Osama Bin Laden, foi extraditado da Grã-Bretanha para os Estados Unidos sob a acusação de terrorismo em 2012 por seus suposto envolvimento no bombardeio de duas embaixadas americanas no leste da África em 1998.
Sua família é frequentemente mencionada nos raps que ainda estão circulando nainternet entre muitas pessoas que não sabem da transformação de L Jinny e elogiam suas letras.
No início de canções colocadas on-line em 2012, Bary faz referência ao uso de drogas, violência e a vida em um conjunto habitacional e fala sobre a ameaça de sua família ser deportada para o Egito.
“É difícil progredir para o futuro com um passado prejudicado, mas ainda tento pedir minhas bênçãos e agradecer Alá”, ele cantou em 2012.
“Estou tentando mudar meu jeito, mas não há sangue em minhas mãos e eu não posso mudar a minha maneira até que haja fundos no banco.”
“Eu não consigo diferenciar os anjos dos demônios, e meu coração está se desintegrando. Eu não tenho sentimentos normais.”
Apesar de a minha vida ser abençoada, ainda não consigo encontrar descanso.”
Nas músicas mais recentes, aparentes referências à cannabis (“enrole e veja as folhas pegarem fogo”) são substituídas por discursos inflamados contra as pessoas que optam por gastar seu dinheiro em bebidas, boates e nas drogas em vez de alimentar as suas famílias.
O vídeo mais recente, postado no YouTube em março deste ano, é chamado “The Beginning”.
“Dá-me o orgulho e a honra de meu pai, eu juro que o dia em que eles vieram e levaram meu pai, eu poderia ter matado um policial ou dois”, canta Bary.
“Imagine, então eu tinha apenas 6 anos, imagine o que eu faria agora com uma arma carregada. Eu estou desejando que você estivesse morto, violando os meus irmãos. Eu estou enchendo você de chumbo.”
O atual paradeiro de Bary na Síria não é conhecido e sua conta no Twitter com o nome @ItsLJinny “Terrorista” foi desativada.
Posts anteriores mencionam Abu Hussein al Britani, um colega do Estado Ismâmico que publicou fotos no Twitter com armas na Síria.
Ele e Abu Abdullah al-Britani foram vistos dando dicas de viagem para aspirantes a jihadistas on-line no início deste ano.
O jornal The Sun afirmou que o trio de jihadistas britânicos era conhecido como “The Beatles”, incluindo o homem conhecido como “John” que decapitou o jornalista americano Foley.
Um especialista em som que comparou as imagens do assassinato brutal com as canções de rap de Bary disse ao jornal que havia uma “grande semelhança” entre as vozes.
Acredita-se que a polícia esteja preparando uma série de buscas em várias casas na Grã-Bretanha nos esforços para rastrear “jihadi John”, mas um porta-voz da Unidade Contra o Terrorismo da Scotland Yard não confirmou as identidades dos suspeitos.

james foley
Cena do vídeo da decapitação

quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Lei anticorrupção completa um ano e ainda suscita dúvidas

A chamada Lei Anticorrupção é saudada por especialistas como um grande avanço na legislação brasileira, na medida em que as multas podem chegar a 20% do faturamento bruto da empresa, observa colunista

No início deste mês de agosto completou um ano de aprovação a Lei nº 12.846, que procurou criar sanções mais severas para empresas e gestores do setor privado que participarem de esquemas de corrupção junto ao poder público, em qualquer nível. A chamada Lei Anticorrupção é saudada por especialistas como um grande avanço na legislação brasileira, na medida em que as multas podem chegar a 20% do faturamento bruto da empresa. Nos casos mais extremos, empresários podem ter seus negócios fechados pela Justiça.
O tema é pra lá de polêmico e tem provocado muitos debates, encontros e matérias em jornais e revistas. Nesta segunda-feira mesmo, dia 25, a partir das nove da manhã, o jornal Valor Econômico promove o seminário “nova lei anticorrupção e seus impactos nas empresas” com presença do ministro-chefe da Controladoria-Geral da União, Jorge Hage.
O que chama a atenção em toda essa discussão sobre a relação entre empresas e poder público é o seu caráter puramente de preocupação com aspectos de legalidade. Se as punições são severas demais, se o Ministério Público vai buscar o efetivo ressarcimento dos culpados pelos valores desviados dos cofres públicos, se os governantes não vão usar a lei como ameaça ou extorsão a empresários, ou mesmo se as instituições de Estado de controle interno e externo estão preparadas para as tarefas de auditorias e inspeções.
O advogado Sérgio Tostes, em recente videodepoimento sobre a Lei Anticorrupção, demonstra preocupação com essa ênfase nas penas. Para ele, o caminho mais efetivo para “quebrar” essa cultura de corrupção e impunidade seria uma atenção maior no ressarcimento dos valores desviados. Segundo Tostes, nosso arcabouço jurídico se encontra plenamente preparado para isso. Além da nova lei, os códigos tributário e penal dão conta do recado, se usados adequadamente.
Mas, para além da legalidade, fica a pergunta: e se a lei “não pegar”? Fica o dito pelo não dito e aí prevalece a nossa velha e conhecida cultura de impunidade?
Para qualquer instituição ou organização, mais que sanções ou outras punições, o que realmente traz grandes prejuízos é a perda da sua credibilidade. Principalmente empresas globais, que não podem arriscar a sua reputação nos mercados mundiais, seus acionistas, fornecedores e demais públicos. O que motivou até grandes esforços internacionais como a criação do Global Compact, pelas Nações Unidas, formado por um conjunto de empresas transnacionaiscomprometidas com iniciativas de prevenção e controle de corrupção interna e nas suas relações com outras empresas e governos dos vários países em que atuam.
E isso é justamente a base de uma verdadeira cidadania corporativa que, para além de açõesde assistencialismo ou solidariedade, quer ver os cidadãos ‑ dentro e fora da organização ‑ mais atentos e atuantes em todas as esferas da vida pública, seja como consumidores, pagadores de impostos ou eleitores. Uma questão importante e que deve envolver toda a sociedade.
Para tanto, é preciso mobilizar a cidadania para necessária revisão do conceito de moralidade pública, que não é apenas aquela limitada à moralidade religiosa ou mesmo à moralidade de costumes da vida social. Mas se trata essencialmente da moralidade política, sem a qual todas as demais expressões da vida moral se degeneram, num pacto generalizado de leniência e impunidade.
Pois, como afirmou o jurista e ex-promotor do Ministério Público, Fábio Medina, na revista Veja da semana passada, “as instituições são boas; quem faz a corrupção são as pessoas

quarta-feira, 27 de agosto de 2014

O que levou Larissa a ficar com Roger?


Postado
O casal
O casal
O dinheiro compra até o amor verdadeiro. Entre tantas frases soberbas, esta é minha preferida de Nelson Rodrigues, o maior frasista brasileiro.
Ela me veio automaticamente à mente quando refleti sobre uma questão que vem fascinando muitos brasileiros: como uma mulher bonita e brilhante como Larissa Sacco foi capaz de largar tudo para ficar com o médico Roger Abdelmassih.
As pessoas ficam intrigadas porque pensam no Abdelmassih de hoje, envolto em denúncias de estupros em série que lhe dão a merecida reputação de monstro.
Mas o Abdelmassih que Larissa conheceu, em 2008, era um superstar, uma espécie de Mick Jagger da fertilização.
Ele era personagem ubíqua nas emissoras de televisão e nas páginas de jornais e revistas.
Tinha uma clientela de celebridades, e era aquele tipo de homem a quem não basta ser rico: os outros têm que saber.
Levava uma vida de ostentação, segundo os que o conheciam. Podia passar um final de semana em Paris, e era conhecido seu apreço por Mercedes pretas, paixão que afinal contribuiria para que ele fosse localizado no Paraguai.
Larissa era, então, uma mulher de 31 anos que desejava engravidar do namorado da época.
E que tinha, segundo as amigas, uma paixão por coisas caras, coisas potencialmente incompatíveis mesmo para seu bom salário de procuradora.
Abdemalssih era, em sua versão glamorosa de 2008, a resposta para todos os anseios materiais – e mesmo maternais — de Larissa.
Não bastasse isso, a mulher dele estava morrendo de câncer. O campo estava aberto, portanto.
Mesmo no Paraguai, com o marido em fuga, Larissa viveu num luxo muito acima de sua realidade de filha da classe média.
Abdelmassih foi, até recentemente, o meio pelo qual a ambiciosa Larissa pôde realizar seus sonhos de alpinista social.
Pelas características de ambos, entendo, contra a corrente, que não há mistério nenhum no casamento deles.
Sobre o que a levou a ele já falei. E o que o conduziu a ela é fruto da vaidade lúbrica –tarada mesmo — dele.
Uma mulher jovem, bonita, que ele podia ter e exibir ao mundo sem a necessidade criminosa de dopar em seu consultório, bem, tal mulher era um troféu extraordinário para Abdelmassih.
Tudo se encaixa na história, a meu ver.
Exceto uma coisa: o habeas corpus dado a Abdelmassih por Gilmar Mendes quando já se sabia que ele estuprara dezenas de mulheres de uma forma particularmente abjeta.
Me dei ao trabalho de ler a sentença completa de GM, lavrada em dezembro de 2009.
O ponto que mais me chamou a atenção foi o seguinte. Gilmar Mendes afirmou que, como Abdelmassih sempre se apresentara quando chamado pela Justiça no período em que estava em liberdade, não havia razão para temer que ele se aproveitasse do habeas corpus para fugir.
Quer dizer: para o juiz, Abdelmassih tinha princípios morais que o fariam aceitar sua pena estoicamente.
No mundo encantado de Gilmar,  Abdelmassih renunciaria a seus luxos, aos prazeres carnais proporcionados pela jovem mulher, à liberdade – a tudo, enfim, para obedecer à Justiça.
As vítimas de Abdelmassih manifestaram, nestes dias, compreensivelmente, ódio também de Gilmar Mendes.
O que deve confortá-las é que ele não sairá de todo impune neste caso: sua reputação estará para sempre manchada por uma das decisões mais absurdas da história da Justiça brasileira.

terça-feira, 26 de agosto de 2014

RENÚNCIA DE JÂNIO, 53 ANOS

Ontem, 25 de agosto de 2014, a história brasileira registra os 53 anos da renúncia controvertida e ainda pouco explicada do presidente Jânio Quadros. Há qum sustente que sua estratégia era criar uma comoção popular e instaurar uma ditadura populista.

Fotografia de Erno Scheneidder, em Uruguaiana


Veja, de acordo com compilação da wikipedia, os principais atos do governo Jânio:

No seu curto período de governo, Jânio Quadros:
  • Continuou a política internacional que teve seu início no governo de Vargas e um aprofundamento no governo JK. Aumentou a política externa independente (PEI), que visava estabelecer relações com todos os povos, particularmente os da área socialista e da África. Restabeleceu relações diplomáticas e comerciais com a URSS e a China, algo impensável dentro do plano geopolítico e geoestratégico de inserção brasileiro. Nomeou o primeiro embaixador negro da história do Brasil.
  • Defendeu a política de autodeterminação dos povos, condenando as intervenções estrangeiras. Condenou o episódio da Baía do Porcos e a interferência norte-americana que provocou o isolamento de Cuba.
  • Deu a Che Guevara uma alta condecoração, a Ordem do Cruzeiro do Sul, o que irritou seus aliados, sobretudo os daUDN.
  • Criou as primeiras reservas indígenas, dentre elas o Parque Nacional do Xingu, e os primeiros parques ecológicos nacionais.
  • Através da Resolução nº 204 da Superintendência da Moeda e do Crédito, acabou com subsídios ao câmbio que beneficiavam determinados grupos econômicos importadores às custas do erário público - inclusive os grandes jornais, que importavam papel de imprensa a um dólar subsidiado em cerca de 75%, e que se irritaram com essa perda de seus privilégios.10
  • Instalou uma avara política de gastos públicos, enxugando onde fosse possível a máquina governamental. Abriu centenas e centenas de inquéritos e sindicâncias em um combate aberto à corrupção e ao desregramento na administração pública.
  • Enviou ao Congresso os projetos de lei antitruste, a lei de limitação e regulamentação da remessa de lucros e royalties, e a pioneira proposta de lei de reforma agrária. Naturalmente nenhum desses projetos jamais foi posto em votação pelo Congresso - hostil a seu governo - que os engavetou, uma vez que Jânio se recusava a contribuir com o que chamava de espórtulas constrangedoras que os congressistas estavam acostumados a exigir para aprovar Leis de interesse da nação.
  • Finalmente, proibiu o biquíni na transmissão televisada dos concursos de miss, proibiu as rinhas de galo, o lança-perfume em bailes de carnaval e regulamentou o jogo carteado. Por mais hilárias que possam ter parecido essas medidas na ocasião, mais de 45 anos depois, passados mais de dez presidentes pela cadeira que foi sua, todas essas leis editadas por Jânio ainda continuam em vigor.
Carta-renúncia encaminhada ao Congresso Nacional:
Gesto de Jânio que teria desagradado às Forças Armadas Brasileiras: a condecoração a Ernesto Che Guevara, um dos protagonistas da Revolução Cubana, em 1959:

wwwcamacarimagazine.blogspot.com

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Família de homem declarado morto vai doar R$ 1,9 mil gastos com caixã

Valdelúcio de Oliveira, 54 anos, foi transferido para outra unidade de saúde.
Homem foi atestado morto em hospital e ficou duas horas em necrotério.

Cássia Bandeira e Danutta RodriguesDo G1 BA
Documento (Foto: Cassia Bandeira / G1)
Documento comprova compra do caixão
(Foto: Cassia Bandeira / G1)
A família de Valdelúcio de Oliveira, de 54 anos, que foi declarado morto por um médico doHospital Geral Menandro de Faria (HGMF), em Lauro de Freitas, na região metropolitana de Salvador, no domingo (24), gastou R$ 1,9 mil com o caixão do paciente.
O paciente foi declarado morto e, duas horas depois, encontrado vivo, quando já estava no saco fúnebre. O caso ocorreu na madrugada deste domingo (25).
A irmã de Valdelúcio, Áurea Gonçalves, em entrevista ao G1 nesta segunda-feira (25), revelou que a quantia será doada às Obras Sociais de Irmã Dulce (OSID). Ela acredita que o caso tenha sido um milagre, uma vez que ele seria internado no Hospital Santo Antônio, vinculado à OSID, antes de dar entrada na unidade de saúde de Lauro de Freitas.
Por volta das 11h30 desta segunda-feira, Valdelúcio foi transferido para o Hospital Santo Antônio, que fica na Cidade Baixa, em Salvador. De acordo com familiares, o estado de saúde dele é estável.
Em entrevista ao G1, o irmão de Valdelúcio, Waltério Gonçalves, contou como percebeu que o paciente estava vivo. "A gente já tinha encaminhado todo funeral e eu tive acesso ao necrotério, pois eu ia colocar a roupa para a funerária vir buscar o corpo. Foi nesse momento que eu percebi que ele ainda estava respirando. Aí chamei a equipe médica, chamei o enfermeiro, que constatou que ele estava vivo", contou.
Valdelúcio menandro de farias;bahia (Foto: Acervo Pessoal)Valdelúcio faz sinal de positivo após ser dado como
morto (Foto: Acervo Pessoal)
Caso
Segundo a sobrinha de Valdelúcio, Patrícia Cintra, o tio descobriu há três meses um câncer em estágio avançado e, no domingo, se sentiu mal e foi levado para o hospital em Lauro de Freitas. O paciente foi dado como morto por volta das 23h.
A sobrinha de Valdelúcio ainda revelou que a equipe médica retirou os aparelhos que estavam conectados ao tio e o levou para o necrotério já com algodões no ouvido e nariz. Um atestado de óbito emitido pelo hospital comprovou a morte de Valdelúcio.
A diretoria do Hospital Menandro de Farias abriu uma sindicância para apurar o caso. Em nota divulgada nesta segunda-feira, a Secretaria de Saúde (Sesab) informou que a diretoria do hospital "irá se reunir com toda a equipe que atendeu o paciente e também com a diretoria da Sesab para esclarecer todo o procedimento".
Atestado (Foto: Reprodução/TV Bahia)Atestado de óbito entregue à família de Valdelúcio (Foto: Reprodução/TV Bahia)

Dois candidatos vão concorrer com mais de 90 anos


candidatos90anosA Coca-Cola, o desfile das escolas de samba do Rio de Janeiro e o prêmio Oscar são mais “jovens” do que alguns candidatos destas eleições. Entre os 25.366 candidatos registrados, dois se destacam pela determinação em se manter na política depois dos 90 anos. Delio de Barros Velloso (PRB) e Camilo Cola (PMDB) concorrerão ao cargo de deputado federal porSão Paulo e Espírito Santo, respectivamente.
O mais velho é Velloso, que nasceu em 15 de dezembro de 1922 e, portanto, vai completar 92 anos no final deste ano. O coronel serviu na Força Pública – órgão que precedeu aPolícia Militar do Estado de São Paulo até 1970 e já disputou outra eleição, que não se lembra ao certo, mas há uns 30 ou 40 anos, pelo PL, e não se elegeu.
Casado e com formação em engenharia, os bens que o candidato declarou ter somam R$ 644,8 mil. Entre as posses estão joias de pérolas e de ouro (R$ 52,6 mil), casa e terreno em Piracicaba, cidade natal (R$ 338,6 mil), um veículo (R$ 36,7 mil) e poupanças em três bancos diferentes (R$ 202,3 mil).
De acordo com o candidato, idade não é problema na política. “Posso ser um deputado federal melhor do que muitos dos que estão por aí”. Entre as diferenças para muitos deputados federais, Velloso apontou o fator honestidade e não ter interesse em ganhar dinheiro com o cargo, já que possui uma vida razoável devido à aposentadoria.
“Meu sonho é e sempre foi ajudar o Brasil”, afirma. O candidato diz estar com ótima saúde. “Minha idade cronológica é 91, mas meus médicos me dão 60 e poucos. Minha cabeça está melhor do que quando eu era mais moço”, ressalta.
O já deputado Camilo Cola demonstra que ainda não se cansou da política do país, que, segundo ele, só tem porta de entrada. Candidatou-se a reeleição a deputado federal pelo estado de Espírito Santo e, se reeleito, será o mais velho a se sentar nas cadeiras da Câmara de Deputados, aos 91 anos.
Seu diferencial, de acordo com ele, são seus atuais 90 anos de experiência, que não se resumem apenas a uma trajetória política. “Eu já estive na guerra. Me voluntariei e fui eu quem recebi a mensagem dos alemães que pretendiam se render”, relembra ele, que já escreveu um livro sobre isso.
Em 2010, ele já havia tentado ocupar o cargo e a marca de mais velho parlamentar brasileiro, mas não se elegeu. Contudo, como era primeiro suplente de sua coligação partidária (PMDB-PT-PSB), assumiu o mandato em 2012, quando o então deputado Audifax Barcelos (PSB-ES) deixou o cargo para ser prefeito de sua cidade.
Cola, nascido em 26 de julho de 1923, declarou-se, no pedido de registro de sua candidatura, empresário, divorciado e com grau de instrução até o ensino fundamental. Delimitou sua campanha aos custos de R$ 2,5 milhões e, se depender apenas de auto-doação, não faltará verba para atingir tal previsão. O candidato declarou bens que atingem R$ 27,5 milhões.
Embora não tenha sigo agraciado com doações para sua campanha até agora, de acordo com a primeira parcial de declaração de gastos de campanha, o candidato acredita que poderá angariar votos suficientes para se eleger.
“Se você perder a esperança, perde tudo. Nós temos muitas pendências ainda na área política, tem muito esforço em andamento que quero continuar no meu segundo mandato. Me sinto na liberdade, inclusive, de pedir o seu voto”, disse o candidato à reportagem.
Vai ter 90 anos
Entre três os candidatos mais velhos, o mais jovem é Waldir, o Jovem. Este é o nome que Waldir Rufino dos Santos optou por registrar nas urnas eleitorais para concorrer a vaga de deputado estadual de Minas Gerais. Se eleito, ele entrará para a faixa dos nonagenários assim que tomar posse, já que seu nascimento é datado em 18 de janeiro de 1925.