sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Ministério das Relações Exteriores gasta R$ 2,2 mil em cerveja artesanal

   Gabriela Salcedo
 O interesse pelas cervejas artesanais, aquelas produzidas com puro malte em micro-cervejarias, também invadiu os paladares do funcionalismo público. O Cerimonial do Ministério das Relações Exteriores (MRE), responsável por organizar grande parte dos eventos do governo federal, gastará R$ 2,2 mil em cervejas Baden Baden. Conhecida como a primeira cervejaria “gourmet” do Brasil, a Baden Baden produz 13 rótulos do produto e o preço de cada garrafa de 600 ml costuma variar entre R$ 15,00 e R$ 25,00, dependendo do tipo. Supondo que a compra seja da mais barata, do tipo Cristal, a versão pilsen da cervejaria, cerca de 150 garrafas serão adquiridas. Ainda no clima de festa, a Grupamento de Apoio de Brasília deu preferência para a alimentação. O órgão irá desembolsar R$ 19 mil em salgadinhos. Nada de frituras: só salgados assados serão adquiridos. Entre eles, estão mini-empadas de frango com catupiry, presunto e queijo e frutos do mar, mini-esfirras de carne, mini-quiches de queijo, alho-poró, entre outros. O Supremo Tribunal Federal não comprou suprimentos, mas equipou a cozinha. O orgão deve gastar R$ 150,00 para comprar uma chaleira de aço inox. O cabo e o pegador do aparelho, com capacidade de dois litros, devem ser em branquelite antitérmicos. Saindo da esfera doméstica e entrando na tecnologia, a Autoridade Pública Olímpica está na correria para cumprimento das metas do megaevento de 2016. O órgão já empenhou (reservou do orçamento para gasto futuro) R$ 518,5 mil para o pagamento do 3º termo aditivo do contrato que prevê locação mensal de equipamentos de informática, micro computadores e notebooks. Senado enche o carrinho Quem mais encheu o carrinho nesta semana foi o Senado Federal. Entre as compras do órgão, as que mais se destacaram foram as dedicadas ao aparelhamento das copas da Casa. Água no Distrito Federal, por enquanto, não falta e, para suprir a sede dos servidores, 25 bebedouros de garrafão de água serão adquiridos por R$ 10 mil. Cada um deles custa R$ 400,00. Outros 15 filtros de água também serão adquiridos. Com opção natural ou gelada, o purificador de água possui sistema de filtragem que retem partículas sólidas e sai por R$ 565,00 cada. Sendo assim, o gasto total com o produto é de cerca de R$ 8,4 mil. O órgão também dedicará 12,4 mil para a compra de 15 frigobares. O eletrodoméstico será de capacidade de 120 litros, branco, da marca Electrolux. Cada aparelho custa cerca de R$ 830,00. Ainda com o intuito de refrigeração, mais 22 refrigeradores domésticos serão adquiridos, comprometendo cerca de R$ 36,4 mil. Já para congelar, a Casa reservou R$ 24,2 mil para comprar 12 freezers verticais brancos, com termostato para ajuste de temperatura. Há também a aquisição de aparelho adequado para dar um gelo nos servidores. Três máquinas de gelo serão adquiridas por um total de R$ 4 mil. Além da conservação dos alimentos da Casa e da água fresquinha para matar a sede, o Senado também se preocupou com o apoio à cultura. Para tanto, de janeiro a abril de 2015, contratou um maestro por R$ 19,3 mil. No período, o profissional deverá prestar serviços de regência do coral do Senado. Para locomoção, o Senado efetuará duas compras, uma de R$ 500 mil e outra de R$ 16,9 mil. A primeira para contratação de empresa de serviços de transporte, que inclui motoristas e veículos para deslocamento de servidores pelo Distrito Federal. A segunda para locação de um veículo sedan V6 blindado. Com o carrinho já transbordando, a última compra da Casa foi em bituqueiras. O órgão adquirirá 32 coletores de bituca de cigarro por R$ 8 mil. Individualmente, cada uma delas custa R$ 250,00.

terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

10 aforismos de Confúcio para um relacionamento perfeito

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Três sílabas explicam o fenômeno da China. Con-fú-cio. Os chineses seguem os ensinamentos de Confúcio há 2500 anos. Confúcio é um semideus na China. Nunca escreveu um livro, mas discípulos atentos registraram o que viram e ouviram num pequeno livro chamado Analectos.
É fácil, prático, simples de entender. Não tem abstrações, não tem metafísica, não tem a enrolação pseudoerudita tão comum nos filósofos ocidentais, sobretudo os modernos e franceses. A China seguiu Confúcio e deu no que deu.
Pode dar certo com você também, por que não?
Adaptei alguns ensinamentos do Mestre, como o chamavam seus seguidores, às coisas do coração. Apenas para facilitar, vou escrever sob a perspectiva masculina, mas é claro que tudo serve também para as mulheres. Basta trocar o gênero nos aforismos.
Para ambos serve também uma frase específica de Confúcio, tão grande em estatura moral que seus contemporâneos lhe atribuíam fisicamente a altura improvável de 2 metros e 30, algo que 25 séculos depois faria o sábio chinês olhar de cima para baixo os grandalhões da NBA: “Nunca conheci ninguém que preferisse a sabedoria ao sexo.” Se sua altura parece francamente exagerada, é fato que Confúcio conheceu muita gente na China em que viveu.
1) Não lamente não ter uma mulher interessante e sim não se tornar digno dela; não sofra porque ela não reconhece você e sim porque não merece ser reconhecido;
2) Os defeitos da mulher a definem. É exatamente pelos defeitos que você pode avaliar as virtudes dela;
3) A mulher que se apressa demais no amor não vai longe; aquela que procura pequenas vantagens no relacionamento perde as grandes coisas;
4) Com uma mulher honesta, fale francamente e aja abertamente; com uma mulher perigosa, modere a língua;
5) Se você se dirige a uma mulher sem antes verificar se ela está prestando atenção em você, é cego;
6) Se você se envergonha de suas roupas, não merece ser escutado por ela;
7) O autocontrole raramente leva ao mau caminho; prefira as mulheres que o têm;
8 ) Mais importante do que o que a mulher diz é o que faz;
9) Não pense três vezes antes de agir em relação a uma mulher: duas são suficientes;
10) Não tenha esperança de encontrar uma mulher perfeita; fique feliz se achar uma que tenha princípios



domingo, 22 de fevereiro de 2015

A vida da manada é difícil

“Inspirado pela vida nas selvas, fico a pensar se não deveríamos ter os olhos ao lado das orelhas”, diz desembargador. “Os olhos dos animais mansos ficam na lateral da cabeça – posição que torna mais fácil controlar o ambiente ao redor”



Dia desses assisti a um daqueles documentários sobre a África, recheados de cenas de caça. O foco era exatamente este: os cuidados que a maioria dos bichos deve ter por conviver com espécies ferozes em um mesmo ambiente.
Achei muito interessante o ritual da hora de beber água, no final do dia. O primeiro a ir até o rio é o chefe da manada. Ele chega cauteloso, quase que furtivo. Verifica com cuidado o ambiente, certificando-se de que lá não está nenhuma besta feroz à espreita.
Se a barra estiver limpa, ele retorna e chama o restante da manada. Vão todos às pressas, em uma correria desesperada causada não pela sede, mas pelo medo. É assim que chegam na beira do rio e começam a beber água nervosamente, sempre olhando para os lados e controlando o ambiente. Ao redor, sempre vigilante, lá está o chefe da manada, pronto a dar o alarme caso alguma fera apareça.
Neste caso, cada animal sabe o que fazer: sair numa correria desesperada. O último é sempre o chefe – que, para salvar o restante da manada, acaba virando comida de alguma besta feroz.
Confesso que a cada vez que assisto um documentário desses choca-me principalmente a falta de dignidade imposta aos animais mais pacíficos, sempre obrigados a viver às escondidas ou correndo de um lado para o outro. As atividades mais banais, tais como pastar ou beber água, se transformam em momentos de risco, nos quais a dignidade vai cedendo espaço ao instinto de sobrevivência.
Pois é. Assim é a vida lá nas selvas da África. Mas, mudando de assunto, há alguns dias saí para jantar fora com um casal amigo. Eles resolveram levar os dois filhos, ainda crianças. Vivemos momentos agradáveis. Por volta das oito da noite fomos embora.
Impressionou-me, então, o treinamento da família. O primeiro a sair do restaurante foi o meu amigo. Olhou para um lado e para o outro, foi até o carro, contornou-o, certificando-se de que não havia ninguém perto e, de lá, fez um sinal de positivo para a esposa e os dois filhos.
Estes, então, disciplinadamente, saíram quase correndo rumo ao carro. Cada um já sabia o que fazer, abrindo sua porta e entrando apressadamente. Enquanto isso o motor estava sendo ligado e o veículo preparado para sair. Confesso que não cheguei a cronometrar quanto tempo durou esta operação, mas posso dizer que consumiu menos de 30 segundos.
Conversando depois com meu amigo, fui informado de que toda a família passou realmente por um treinamento. E acrescentou que em caso de emergência todos já estão preparados. Assim, ele deverá ficar e encarar a situação do jeito que for possível – e se não for possível, que se sacrifique pelos demais. Quanto à esposa e filhos, estes deverão sair correndo desenfreadamente, cada um para um lado, abanando os braços e gritando por socorro.
Mas, perdoem-me, ainda sobre a África aprendi algo interessante naquele documentário. Disseram que uma das maneiras de diferenciar um animal pacífico de outro violento é através dos olhos.
Eis aí algo curioso, que eu ainda não havia observado: os olhos dos animais mansos ficam na lateral da cabeça – posição que torna mais fácil controlar o ambiente ao redor. Em resumo, dá para vigiar melhor se alguma fera está se aproximando. Já quanto a estas, os olhos invariavelmente ficam na frente do crânio, possibilitando um maior foco nas vítimas e uma caçada mais eficiente.
E é assim, inspirado pela vida nas selvas, que fico a pensar se não deveríamos ter os olhos ao lado das orelhas

sábado, 21 de fevereiro de 2015

Um zumbi que já engoliu R$ 2 bilhões

O Instituto de Previdência dos Congressistas (IPC) acabou oficialmente há 16 anos. Mas, a cada quatro anos, aparecem novos pensionistas. E mais: só este ano, a renda desses políticos já subiu 26,34%. Há quem acumule aposentadorias e ganhe mais de R$ 50 mil por mês






Ana Volpe/Ag. Senado

Liquidado após rombo, IPC foi herdado pela "viúva", ou seja, pelos cofres públicos

Lúcio Vaz
Especial para a Revista Congresso em Foco

Qualquer cidadão precisa trabalhar 30 ou 35 anos para se aposentar. Os políticos brasileiros, porém, não são cidadãos comuns e asseguram pensão especial com muito menos tempo. No Congresso, 242 deputados e senadores conseguiram a aposentadoria a partir de oito anos de contribuição. Para governadores da maioria dos estados, basta um mandato de quatro anos. Em muitos casos, apenas alguns meses no cargo já garantem o privilégio. A despesa é paga pelo contribuinte. O Instituto de Previdência dos Congressistas (IPC) foi extinto em 1999, mas continua a sangrar os cofres públicos. Tinha um enorme déficit atuarial – o popular rombo – quando foi liquidado. Como é costume no Brasil, a conta foi apresentada à “viúva”, à União.
Como um zumbi, o instituto já consumiu R$ 2 bilhões – em valores atualizados – nos últimos 16 anos. A cada quatro anos, surgem novos pensionistas. Ocorre que o parlamentar que estava no mandato no momento da extinção do IPC pode continuar contribuindo para o Plano de Seguridade Social dos Congressistas. Quando deixa o Congresso, pode pedir a aposentadoria pelas convidativas regras do IPC. Só no ano passado, o gasto total ficou em R$ 116 milhões, com o benefício de 2.237 segurados, sendo 549 ex-parlamentares e 542 dependentes.
Além disso, todo reajuste dos salários dos deputados e senadores é repassado para as aposentadorias. Neste ano, o aumento foi de 26,34%. A pensão de maior valor ficou em R$ 33,7 mil. Por fim, com a morte do ex-parlamentar, a viúva ou os filhos passam a receber pensão. No momento da extinção, eram 2.769 pensionistas. Atualmente, são 2.237.
A Revista Congresso em Foco teve acesso à folha de pagamento dos aposentados e pensionistas do IPC pagos pela Câmara dos Deputados. No Senado, os valores pagos estão registrados no Portal de Transparência, mas os pagamentos precisam ser acessados um a um. Os dados foram cruzados com as pensões concedidas por 13 estados, pelo Tribunal de Contas da União (TCU) e pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
A situação é agravada porque há várias situações em que as aposentadorias se acumulam. O ex-senador Antônio Carlos Konder Reis, por exemplo, recebe R$ 33,7 mil pelo IPC e mais R$ 23,8 mil por ter sido governador biônico por Santa Catarina, durante a ditadura militar. O ex-senador Marco Maciel (DEM-PE) acumula a aposentadoria do IPC, no valor de R$ 30,8 mil, com a pensão especial de R$ 30,4 mil por ter sido governador de Pernambuco.
Por ter deixado o Senado, o ex-presidente da República José Sarney terá à disposição duas aposentadorias, uma pelo IPC, no valor máximo do instituto, e outra como ex-governador do Maranhão, no valor de R$ 24 mil. A filha, Roseana Sarney, que deixou o governo em dezembro do ano passado, também receberá pensão como ex-governadora do Maranhão. Já usufrui da aposentadoria de R$ 23 mil como analista legislativo do Senado.
E haja grana
A fartura é tanta que uma viúva recebe pensão de dois estados e ainda do IPC. Maria Guilhermina Martins Pinheiro, que foi companheira do ex-governador Leonel Brizola nos últimos dez anos da sua vida, recebe pensão de R$ 30,4 mil do governo do Rio Grande do Sul e mais R$ 21,8 mil do estado do Rio de Janeiro. Brizola governou os gaúchos na década de 60 e os fluminenses por duas vezes, nos anos 1980 e 1990.
Em 2008, Guilhermina conseguiu do Ministério da Justiça a declaração de Brizola como anistiado político. Com isso, foram considerados no cálculo da aposentadoria do IPC os dois anos que ele passou no exílio a partir de 1964, quando ele era deputado federal pela Guanabara. Ela recebe hoje pensão de R$ 12,8 mil pelo instituto.
O ex-governador Alceu Collares (PDT-RS) recebe R$ 30,4 mil pelo governo gaúcho e mais R$ 13 mil pelo IPC. Além disso, ganha mais R$ 21 mil pela participação no Conselho de Administração da Itaipu Binacional, que se reúne a cada dois meses, fora as convocações extraordinárias. O colega Germano Rigotto tem a aposentadoria do governo gaúcho e mais um reforço de R$ 8,7 mil do instituto.
O ministro da Defesa, Jaques Wagner, tem direito à aposentadoria de R$ 19,3 mil como ex-governador da Bahia e a outra em torno de R$ 10 mil pelo IPC, mas não vai poder usufruir dos benefícios porque receberia acima do teto constitucional, o que é vedado pelo governo federal. Ele ainda estuda se vai utilizar parte da pensão do IPC para completar o teto, somando com o salário de ministro. Mas não sabe se terá alguma perda com o Imposto de Renda pelo fato de ter duas fontes de renda.
Outro que está indeciso é o ex-presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB). Ele informou, por meio da sua assessoria, que ainda estuda se vai pedir a aposentadoria pelo IPC, no valor de R$ 33,7 mil. O ex-senador Pedro Simon (PMDB-RS) já tem direito à aposentadoria de R$ 30,4 mil como ex-governador. Mas ele havia aberto mão do benefício e recebia apenas o salário de senador. Agora, terá direito a pensão integral do IPC. O seu gabinete informou que ele ainda vai decidir se solicita a aposentadoria.
Mais viúvas
Há vários casos de viúvas com pensões acumuladas. Maria de Lourdes Fragelli, viúva do ex-presidente do Senado e ex-governador nomeado do Mato Grosso José Fragelli (PMDB-MT), recebe R$ 6,5 mil pelo IPC e R$ 13,8 mil do governo mato-grossense. Viúva do ex-senador e ex-governador José Richa (PSDB-PR), Arlete Vilela Richa tem uma renda maior: R$ 13,3 mil pelo instituto e mais R$ 26,5 mil pelo governo paranaense.
Alba Muniz Falcão, viúva do ex-governador e ex-deputado federal Muniz Falcão, recebe R$ 28,8 mil do governo alagoano e R$ 16 mil do IPC. Outro caminho para o acúmulo de aposentadorias é a passagem pelo Tribunal de Contas da União (TCU).
O ex-senador Valmir Campelo deixou o Congresso em 1997 e foi para o Tribunal de Contas, onde permaneceu por 16 anos e meio. Antecipou a sua aposentadoria em abril do ano passado para assumir o cargo de vice-presidente de Governo do Banco do Brasil. Hoje, tem a aposentadoria integral do TCU, R$ 37,7 mil, mais a pensão de R$ 12 mil paga pelo instituto. O ex-senador José Jorge (DEM-PE) já contava com aposentadoria pelo IPC quando deixou o mandato, em janeiro de 2007. Foi nomeado ministro do TCU dois anos mais tarde.
Após cinco anos e dez meses no cargo, assegurou uma aposentadoria integral no valor de R$ 37,7 mil e outros R$ 17,5 mil pelo instituto. O ex-senador Iram Saraiva (GO) deixou o mandato em agosto de 1994 e foi direto para o TCU, onde exerceu o cargo de ministro por nove anos. Tem hoje uma aposentadoria de R$ 22,1 mil pelo IPC e mais a pensão de R$ 43,9 mil do tribunal. O ex-deputado Humberto Souto (PPS-MG), que foi líder do governo Fernando Collor, teve seis mandatos consecutivos como deputado federal, até 1995. Foi, então, para o TCU, onde permaneceu por quase nove anos como ministro. Voltou para a Câmara em 2007. Hoje, tem direito à aposentadoria integral do tribunal e mais R$ 27,8 mil pelo IPC.


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sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Que susto ! Elefante é surpreendido por jacaré enquanto se refrescava

           



Um jacaré adulto de quase quatro metros surpreendeu um filhote de elefante mordendo sua tromba, enquanto ele se refrescava na reserva Sabi Sandis na África do Sul.
Turistas que estavam no local viram o momento em que o elefante, aterrorizado, tentava se libertar do grande réptil.
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O elefante atingiu o jacaré com suas patas, na tentativa de se libertar.
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O turista americano Ashley Lewis, registrou os fatos.
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O elefante só conseguiu se libertar quando jogou seu peso sobre o jacaré, o que o enfraqueceu e acabou soltando o elefantinho.
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Embora o elefante tenha ficado com alguns ferimentos, o jacaré deve ter ficado pior pois aguentou o peso de um elefante em suas costas.
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Fonte: DailyMail

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

‘Presos de Pedrinhas tinham chaves das celas’, diz governador do Maranhão

Por Leandro

O Carnaval de 2015 não será mais o que passou. É o fim da folia para detentos ‘poderosos’ do Maranhão.
Não bastasse o cenário negativo imposto pelos capítulos sangrentos do complexo penitenciário de Pedrinhas, em São Luís, a Secretaria de Segurança Pública do Estado descobriu que presos tinham chaves das próprias celas e circulavam livremente pela unidade.
A revelação à Coluna é do governador Flávio Dino (PCdoB).
Os presos foram identificados e neutralizados. Agora a secretaria investiga quem deu as chaves, a que partes do presídio os delinquentes tinham acesso e se o pior acontecia: a saidinha para crimes nas ruas da capital.
Desde janeiro a situação se acalmou no complexo, pela atuação do governo e do xerife Jefferson Miller, o secretário de Segurança, com carta branca do governador.
MEMÓRIA
Cenário de rebeliões sangrentas desde o fim de 2013, com episódios infelizes que se arrastaram pelo ano passado, Pedrinhas ganhou a vitrine nacional a ponto de o ministro da Justiça visitar o Estado na tentativa de ajudar a então governadora Roseana Sarney (PMDB). Em vão.
A pedido do Departamento Penitenciário Nacional, o governo fizera uma lista aleatória de supostos líderes de facções para transferência para outros Estados. Lista que virou piada na Justiça porque ninguém sabia quem era líder ou comandado.
A situação chegou a ser tragicômica em alguns casos. Durante um flash ao vivo em rede nacional para TV, enquanto um repórter falava, dezenas de presos ao fundo pulavam o muro do presídio em fuga.
BOAS-VINDAS
Quem conhece rumos da investigação da Operação Lava Jato, que estreou em São Luís, tem certeza de que os detentos de Pedrinhas ganharão novos colegas. Cedo ou tarde.

Como ser feliz no amor e no sexo segundo Balzac

O gênio
O gênio
Balzac (1799-1850) foi o romancista entre os romancistas. O maior de todos. Com sua Comédia Humana, composta de 88 volumes independentes mas entrelaçados, Balzac praticamente inventou o romance como gênero literário. Balzac foi um caso raro de trabalhador árduo entre os franceses, culturalmente acostumados a cultivar o ócio acima do trabalho, algo que encontra sua tradução imortal na expressão “joie de vivre” — alegria de viver. Balzac trabalhava 15 horas por dia, movido a café. Não era exatamente um estilo de vida saudável, e ele encontrou a morte na Paris que retratou como ninguém aos 51 anos.
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O amor e o sexo estão obsessivamente presentes em Balzac. De seus escritos se pode extrair um pequeno e útil manual de conduta amorosa em 15 frases nas quais Balzac prova ser uma espécie de Buda do relacionamento entre homens e mulheres. Os sutras — sintéticos aconselhamentos — de Buda para a conquista do nirvana encontram em Balzac uma versão para a conquista do sexo perfeito.
Os 15 sutras de Balzac para homens e mulheres em busca de satisfação na relação com seus parceiros amorosos:
1) Na cama está todo o casamento.
2) No amor, é certo que se dermos demasiado não receberemos bastante. A mulher que ama mais do que é amada há de necessariamente ser tiranizada. O amor durável é o que tem sempre as forças dos dois seres em equilíbrio.
3) O homem vai da aversão ao amor. Mas, quando começou por amar e chega à aversão, nunca mais volta ao amor.
4) Ainda não foi possível decidir se a mulher é levada a tornar-se infiel mais por não conseguir se refrear do que pela liberdade que encontra para a traição.
5) Você não avalia como é perigoso para uma imaginação vívida e um coração incompreendido vislumbrar a forma etérea de uma jovem e bela mulher.
6) Numa história de amor, é preciso trair para não ser traído.
7) Numa relação amorosa, o momento em que dois corações podem entender-se é tão rápido como um relâmpago, e não volta mais, depois de ter se dissipado.
8) Quanto mais se julga, menos se ama.
9) A sorte de uma relação amorosa depende da primeira noite.
10) É uma prova de inferioridade, num homem, não saber fazer de sua mulher sua amante. Só os homens tolos julgam que se deve ter ambas separadas — a mulher e a amante. A amante e a mulher devem estar unidas num único ser sublime
11) Por que, de cada dez mulheres bonitas, há pelo menos sete que são perversas?
12) Nada é mais santo, nem mais sagrado do que o ciúme. O ciúme é a sentinela que nunca dorme: ele é para o amor o que o mal é para o homem, um verídico aviso. Quanto mais uma mulher castigar com ciúme um homem, mais ele lamberá, submisso e humilde, o bastão que ao bater-lhe lhe diz quanto ela se interessa por ele.
13) A virgindade, com todas as monstruosidades, tem riquezas especiais, grandezas absorventes. A vida, cujas forças são economizadas, toma no indivíduo virgem uma qualidade de resistência e durabilidade incalculável. O cérebro enriqueceu-se no conjunto de suas qualidades reservadas. Quando os castos precisam de seu corpo ou de sua alma, quer recorram à ação ou ao pensamento, encontram então aço em seus músculos ou ciência poderosa em sua inteligência, uma força diabólica ou a magia negra da vontade.
14) Receber olhares cheios de admiração, desejo e curiosidade é como uma flor que todas as mulheres aspiram deliciadas. Algumas mulheres cumpridoras de seus deveres, lindas e virtuosas, voltam para a casa de mau-humor quando não colhem um ramalhete de galanteios durante um passeio.
15) O homem dominado pela mulher é, com justiça, coberto pelo ridículo. A influência da mulher deve ser absolutamente secreta. Em tudo, a graça nas mulheres está no mistério



quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

A razão pela qual a mídia brasileira odeia e teme o governo Kirchner





quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

14 atitudes que as mulheres odeiam no sexo

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A fim de evitar o sexo meia boca – só orgasmos múltiplos nos interessam – listei 14 atitudes masculinas com que as mulheres estão cansadas de ter que lidar e que fariam do mundo um lugar mais feliz caso desaparecessem da face da Terra. Leia e lime esses comportamentos empata-fodas da sua vida:
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O queima largada
Mal tirou a roupa e o cara já quer partir pra meteção. Calma amigo, cê tem uma gata aí do seu lado: curta o momento! Essa é a hora de apertar, beijar, passar a mão, apertar mais forte, lamber, chupar, cuspir, morder, usar, suar… Fazer tudo o que for consentido, mas nada de pular as preliminares!
O fixação anal
Aquele cara que que comer seu cu toda hora e, mesmo você já tendo dito claramente o “hoje não, Faro!”, ele não pára de tentar enfiar o dedo lá atrás. Amigo, não é NÃO! E não vai ser na base de tentativas com ~dedadas que você vai atingir sua meta. Aceite que dói menos e vá se divertir com os outros brinquedos do parquinho.
O britadeira man
Aquele cara que acha o seu lugar, a sua posição perfeita e fica lá: p r a s e m p r e. Ele liga o botão britadeira e permanece na mesma função frenética até gozar sem dar a mínima pra saber se a mina tá curtindo ou não. Coelhinho da Duracell, apenas pare!
O wannabe porn star
Aquele cara que quer botar em prática todos os seus anos de experiência no xvideos e só falta vir com um anão a tira colo pra completar suas pretensões orgísticas. Calma amigo, menos pornohub e mais Erica Lust.
O não-chupador
Não passará! Calcinhas no chão merecem um oral – e bem feito! Nada daquela passadela de língua de 5 minutos. Tem que chupar gostoso sim! Dê atenção a essa parte tão importante e tão renegada às mulheres. Quer um incentivo? Um oral bem feito sempre volta pra você! ;)
O mãozinha
Aquele cara que vem com uma mãozinha adicional que fica empurrando sua cabeça pra baixo enquanto vc tá lá no blow job. Não me entenda mal, tem aquela mãzinha de incentivo do tipo “isso aí garota, você tá fazendo certo! continue assim”, mas o foda é quando o cara perde a mão (com o perdão do trocadilho) e a mãozinha de incentivo torna-se a mãozinho adicional, que se você não tomar cuidado pode até te fazer engasgar numa tentativa frustrada de garganta profunda desavisada.
O rapidinho egoísta
O cara que dura 5 minutos, cai pro lado, vira peso morto e nem se dá ao trabalho de fazer a mina gozar também. Quer tipinho mais egoísta? Nesse caso o problema tem raízes profundas: certeza que também não dividia passatempo na hora do lanche!
O deselegante
Aquele cara que não avisa quando vai gozar.
O esquecido
Nós, mulheres, somos portadoras do clitóris: um botãzinho mágico capaz de provocar imenso prazer quando manuseado da maneira correta. E parece que alguns caras simplesmente se esquecem dessa arma secreta!
O boneca inflável friendly
Aquele cara que acha que seu peito é de borracha, pega e aperta forte, manuseia de qualquer jeito ou concentra todos os seus esforços somente nos mamilos. Meninos, tem ir com calma e fazer carinho com o mesmo ~jeitinho que vocês gostariam que fizessem nas suas bolas e não numa boneca inflável.
O mudinho
Aquele que, durante o ato, mal aparenta mudanças no rítimo de sua respiração, mal geme e às vezes você nem nota que ele gozou. Parece que você tá transando com a Kirsten Stwart. Ninguém aqui tá pedindo pra você chegar fluenteno dirty talk, mas mostrar um pouco de atitude é fundamental.
O cascão
Aquele sem noção que aparece com o pau claramente mal lavado, com resquícios de xixi, cheirando a toalha suja ou cueca usada. Não dá, né?
O hematofóbico
Aquele cara que recusa uma foda porque você tá menstruada. Só lamento por esse tipo já que, nesses casos, nada que toalhas extras não resolvam o problema. Bônus point: há mulheres que ficam com muito mais tesão nesse período. Acho que chegou o momento de você rever suas atitudes, caro hematofóbio.
O surdinho
Aquele cara que finge que não escutou quando você pediu pra ele colocar a camisinha. Ou que tenta te convencer a fazer sem porque ~com a borracha não dá pra sentir nada. “Só a cabecinha” é o caralho: encapa o menino aí!

terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

Nada é tão erótico quanto o cheiro de mulher. Pena que elas não concordam.

 






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Li outro dia trechos do livro de memórias escrito por Napoleão quando, miseravelmente abatido e doente, aguardava a morte na Ilha de Santa Helena. Napoleão me impressiona não pela genialidade militar ou pela grandeza histórica. O que realmente me admira em Napoleão são suas observações pessoais e amorosas.
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Napoleão, quando estava voltando de alguma campanha no exterior, mandava avisar Josefina. O libidinoso general queria que ela parasse de tomar banho para recebê-lo com cheiro de mulher. Cheiro mulher. Não há essência que se compare remotamente em poder de arrebatamento ao cheiro de mulher. Napoleão tinha toda a razão. A sorte da multibilionária indústria de perfumes femininos é que as mulheres não concordam com Napoleão. E gastam muito dinheiro para alterar o melhor cheiro do mundo. (Em italiano a frase soa ainda melhor. Profumo di donna, nome de um filme italiano do qual lembro apenas isso, o nome. Depois Al Pacino foi o protagonista de uma refilmagem.)
De um modo geral, quanto menos a mulher se afasta dela mesma, tanto melhor. Seios naturais, de qualquer tamanho, são melhores que seios com silicone. Cabelos naturais são melhores que cabelos mentirosos. O cheiro pessoal e intransferível de cada mulher é melhor que o melhor perfume.
Mas o que mais me tocou na leitura do memorial de Napoleão foi uma frase que li no prefácio. Não era exatamente uma reflexão amorosa, mas se presta com perfeição às histórias de amor. Acho que o prefácio era de Malraux, mas não estou certo. Como vocês sabem muito bem, minhas certezas são raras. Cada vez mais raras.
A frase dizia mais ou menos o seguinte: tudo que restava a Napoleão, quando decidiu escrever seu relato em Santa Helena, era lutar pela posteridade. Era sua luta mais importante. Mais que Waterloo, mais que Austerlitz, mais que qualquer outra. A luta pela posteridade. As palavras poderiam fazer por Napoleão o que a espada não conseguiria. E fizeram. Napoleão venceu a luta pela posteridade. A imagem do grande corso é ensolarada como certas manhãs de dezembro na Vila Mar.
Lutar pela posteridade. Às vezes não restam mais opções que essa para o homem e a mulher. É uma situação típica dos finais de caso. O amor já foi derrotado, inapelavelmente derrotado, como Napoleão em Waterloo, e mesmo assim a gente segue cegamente em frente num caminho de sofrimento, angústia, agressões, humilhações. E então perdemos a luta pela posteridade. A imagem que guardamos de um caso de amor que teve tantas coisas sublimes fica irremediavelmente danificada como uma fotografia cortada por uma tesoura.
É preciso ter coragem para reconhecer quando não resta mais que a luta pela posteridade num romance. Somos sempre tentados a ir adiante, na esperança caótica e vã de ressuscitar o que está morto. Eu perdi algumas lutas pela posteridade. Tenho derrotas doídas em história. Lamento o erro histórico de não ter me recolhido a minha Santa Helena particular em certas ocasiões. Lembranças que poderiam me aquecer nos momentos de frio pela vida afora foram destruídas em finais de caso que se estenderam além do que seria razoável. Saber a hora de terminar o romance em nome da posteridade talvez seja a forma mais sublime, e mais difícil, de sabedoria amorosa. Admitir que o único porto que resta é Santa Helena exige uma coragem de Napoleão.
Fábio Hernandez

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Quando o sexo é a única resposta para o desespero

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Olho para minha estante e apanho um livro antigo. É um livro de um escritor barato, e está no meio de romances de escritores nada baratos. Dostoievski e Tolstoi, Balzac e Flaubert, Hemingway e Fitzgerald, Machado e Eça, Roth e Updike, Chandler e Hammett, Garcia Marques e Vargas Llosa.
É um livro simples, banal, tolo, como as coisas que escrevo. Mas eu o amo, e ele sobrevive ás limpezas periódicas de livros em minha biblioteca. O nome é Verão de 42, escrito por um certo Herman Raucher, e inspirou um filme tão bonito quanto o livro, e isso é raro. A trilha sonora, um piano lírico, melodioso, lento, triste, é uma das mais belas do cinema. Um cara retorna ao lugar em que passou o verão de sua vida, uma praia. Essa a história. O narrador lembra aqueles dias ensolarados, aqueles tempos de descobertas e transformação que a gente vive apenas aos quinze anos.
Vou direto ao final. Quero reler as últimas linhas ainda uma vez. O garoto se apaixona por uma mulher mais velha, com quem faz sexo pela primeira vez. Ela fora movida pelo desespero, depois de saber que o marido morrera, e o garoto pela paixão deslumbrada. Depois ela vai embora, e deixa uma carta para ele na qual diz esperar que ele seja poupado de todas as tragédias sem sentido. Mas ninguém é, ninguém é. O garoto cresceu, virou homem, e jamais perdeu a carta.
“De vez em quando, sempre que o mundo o castigava, ele parava o que estava fazendo e lia outra vez a carta”, diz o livro. Às vezes me pergunto se as coisas que um dia escrevi servirão de conforto a alguém quando o mundo castigar, ou se tudo são folhas na relva, palavras perdidas na imensidão das coisas. Não tenho resposta, mas secretamente alimento a ilusão de que certas coisas escritas por mim possam, quem sabe um dia, despertar um sorriso num rosto triste.
Um pequeno trecho do tolo livro de Raucher tem este efeito sobre mim. O narrador está indo embora do lugar onde vivera o maior verão de sua vida. “O homem se afastou da casa e voltou para a direção de onde viera, com a areia de todos esses anos passados caindo nos seus pés, a manhã fresca, a umidade matutina. E pensou na pequena verdade que ele quando menino tinha levado tanto tempo para entender. A vida é feita de pequenas idas e vindas, e para tudo que um homem leva existe alguma coisa que ele deve deixar.”
Para tudo que a gente leva existe alguma coisa que a gente deve deixar. É uma verdade dolorida, e também uma frase que eu gostaria de ter escrito.
Fabio Hernandez

domingo, 8 de fevereiro de 2015

Por que os reféns são tão importantes para o Estado Islâmico

O piloto jordaniano Muath al-Kaseasbeh
O piloto jordaniano Muath al-Kaseasbeh
Publicado na DW.

O piloto jordaniano Muath al-Kaseasbeh foi executado da forma mais brutal – queimado vivo dentro de uma jaula. Dias antes, o refém japonês Kenji Goto havia sido decapitado publicamente, da mesma forma que seu compatriota Haruna Yukawa.
Nos três casos, o “Estado Islâmico” (EI) falhou em dois de seus objetivos: não recebeu do Japão o resgate exigido de 200 milhões de dólares; nem conseguiu da Jordânia a libertação da jihadista iraquiana Sajida Al-Rishawi, que acabou sendo executada num ato de vingança.
Mas em outro de seus objetivos a organização terrorista conseguiu ter êxito: atraiu a atenção mundial.
Ocidentais como alvo
Por meio dos reféns, o “Estado Islâmico” pretende conseguir tanto o dinheiro do resgate quanto fazer propaganda. Principalmente quando se trata de estrangeiros.
Mas também o sequestro e deportação de moradores cristãos ou yazidis das regiões conquistadas no norte do Iraque, em meados do ano passado, encheram os cofres do EI. Eles foram vendidos como escravos ou libertados por meio de resgate.
Muçulmanos xiitas e combatentes sunitas inimigos também foram sequestrados, torturados, abusados e comercializados.
No entanto, foi o sequestro de cerca de 20 reféns ocidentais que ganhou mais atenção internacional. Desses, 15 foram libertados – provavelmente depois do pagamento de resgate. Os últimos a serem soltos, em agosto de 2014, foram o alemão Toni N. e o fotógrafo dinamarquês Rye Ottosen.
Sabe-se que dois reféns ainda se encontram em mãos do EI: uma americana de 26 anos, cujo nome é desconhecido e que queria prestar ajuda humanitária; e o jornalista britânico James Catlie. Ele foi sequestrado em 22 de novembro de 2012 ao lado do fotógrafo americano James Foley.
Eles foram os primeiros reféns do grupo terrorista. E Foley foi o primeiro refém ocidental a ser executado publicamente, em agosto do ano passado. Na época do sequestro de Catlie e Foley, o “Estado Islâmico” ainda não existia em sua forma atual. Eles foram sequestrados por outra milícia, que mais tarde se aliou ao EI. Atualmente, Catlie é o prisioneiro há mais tempo em mãos dos jihadistas.
Entre o resgate financeiro e militar
Catlie está sendo usado pelo EI para fins de propaganda. Em vídeos de internet, ele faz passeios pelas cidades conquistadas pela milícia, como, por exemplo, Mossul.
Os dois reféns japoneses só caíram nas mãos dos terroristas mais tarde: Yukawa desapareceu em agosto de 2014, enquanto Goto foi capturado ao viajar para a Síria, em outubro do ano passado, à procura do compatriota.
Contando o piloto jordaniano, foram mortos nove prisioneiros. Cinco deles vinham do Reino Unido ou dos EUA. Ambos os países rejeitaram o pagamento de resgate.
Acredita-se, no entanto, que França, Espanha, Alemanha e Dinamarca pagaram milhões pela liberdade de seus cidadãos – mesmo que o Ministério do Exterior em Berlim tenha declarado explicitamente, após a libertação de Toni N., que não foi pago “nenhum dinheiro público.”
Atualmente, já se discute na mídia americana a possibilidade de uma operação militar para a libertação dos dois reféns restantes, principalmente do prisioneiro americano. Em meados do ano passado, no entanto, fracassou uma missão para a libertação dos reféns James Foley e Steven Sotloff, que acabaram sendo executados. Quando as forças especiais chegaram ao local, os prisioneiros já haviam sido transferidos.

sábado, 7 de fevereiro de 2015

De cães raivosos e como tratá-los

    


Xilogravura medieval mostrando como se lida com um cão raivoso.
Xilogravura medieval mostrando como se lida com um cão raivoso.
“Fanático é o homem que acha que o outro está errado em tudo, por estar errado em alguma coisa.” Essa frase, obviamente, não é minha, mas do grande (literal e alegoricamente) Gilbert Keith Chesterton. E o fanatismo, ao menos como Chesterton o colocou, é, decerto, um dos grandes problemas que enfrentamos hoje em dia.
A ausência de capacidade de diálogo com o outro cria tensões inócuas que apenas alimentam crises que, para começo de conversa, não deveriam sequer ser crises – ou, pelo menos, não tão graves quanto se tornam. Esse fanatismo consiste em uma determinada determinação (parafraseando Santa Teresa d’Ávila) em se aferrar à própria visão deturpada do mundo, em deformar a realidade conforme as parcas e mal fundadas concepções sobre ela – concepções que são fruto de pura propaganda ideológica, daquele sentimentalismo ativista que procura não compreender o mundo, mas apenas moldá-lo e mudá-lo a seu bel-prazer.
Temos a tendência a pensar que apenas o “outro lado” – marxistas, fabianos, leninistas, trotskistas, stalinistas, maoístas, gramscianos, enfim, coletivistas e estatistas de todos os graus – possui um pendor ontológico, se é que podemos defini-lo assim, para padecer desse mal. Isso não é verdade. Essa tendência não é exclusiva de pessoas que advogam esta ou aquela ideologia política, mas algo que pertence à própria natureza humana, decaída como é. E um expediente muito, muito comum é a utilização de todo tipo de falseamento, mentira, burla, das mais simples (como simplesmente aumentar uma história, ou seja, “enfeitar o pavão”) às mais abjetas (como elaborar minuciosamente uma farsa tendo a mais plena consciência do que ela representa e da gravidade do que significa).
Há certa classe de pessoas que se autointitulam conservadores, liberais e libertários que é muito dada à utilização de táticas desse tipo. Para elas, não importa o que deve ser feito para humilhar quem se vê como inimigo: tudo é permitido, tudo é lícito. Para essas pessoas, os fins louváveis de se combater um adversário justificam o recurso às maneiras mais pérfidas, vis e abjetas de assassínio de reputação. Não considero que essas coisas sejam absurdas pelo fato de algumas delas serem, inclusive, crimes tipificados na legislação. Isso é secundário. O essencial, aqui, é a certeza bem alicerçada no espírito de que, para se combater um monstro, é preciso se tornar um monstro ainda pior e mais medonho.
Se a coisa já seria preocupante em se tratando de conservadores, liberais e libertários que utilizam essas práticas abomináveis contra seus adversários coletivistas, estatólatras e quejandos, tudo se torna ainda mais grotesco quando a sede de sangue e o furor bestial se volta contra aquelas pessoas que deveriam ser companheiros de armas. Acima de todos os vitupérios e de todas as bestialidades já listadas, o monstro descontrolado acaba, por fim, laureando a si mesmo com a coroa da traição. Ao fim e ao cabo, pessoas assim não são melhores do que o mais neurótico stalinista, mas apenas cópias de polaridade política inversa.
Infelizmente, tipos como esse abundam no “meio” anti-esquerda, sobretudo nos ambientes virtuais das redes sociais, em que a distância e o anonimato atuam como um anabolizante no desequilíbrio mental desses sociopatas. No entanto, é preciso, primeiro, saber que tipos mesquinhos como esses jamais desaparecerão. O que urge é manter a tranquilidade e não perder o tempo tentando argumentar. É como quando se é ameaçado por um cão raivoso que, tomado de raiva, ladra e baba e arreganha os dentes, pronto para morder: o melhor é não perder a compostura e, diante do avanço do animal, dar-lhe uma paulada forte e certeira.
Ademais, é preciso também saber que pessoas assim estão fadadas a desaparecerem. Uma vez desnorteados pela paulada e desmascarados diante de todos, esses cães ou metem o rabo pelas pernas e desaparecem, ou simplesmente morrem de inanição, uma vez que seu alimento primordial é a atenção que querem gerar em torno de si (é a isso que se chama, afinal, attwhore).
Há muitos cães raivosos soltos por aí. Isso é fato. E é preciso haver também a disposição para distribuir uma boa porção de bordoadas sobre eles, dispersá-los e acelerar seu processo de ostracismo. Os meios estão aí. E uma coisa eu garanto: em breve, muito vira-lata rosnante e babante vai ser recolhido pela carrocinha. Quem tem ouvidos para ouvir, ouça.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

Eletrobras reduz investimentos em mais de R$ 1 bilhão em 2014

 

 Dyelle Menezes e Gabriela Salcedo
Após apagão que atingiu estados do Sul, Sudeste e Centro-Oeste no mês passado, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) justificou o corte em razão da elevação da demanda no horário de pico. Enquanto, o consumo de energia cresce, a Eletrobras reduz investimentos. A queda nas aplicações da estatal atingiu R$ 1,3 bilhão em relação a 2013.
No ano passado, a estatal aplicou R$ 6,3 bilhões em obras e compra de equipamentos para o setor. Em 2013, R$ 7,6 bilhões foram destinados para os investimentos. A diminuição acompanhou a própria previsão feita pela empresa para as aplicações do período. A dotação passou de R$ 9,2 bilhões em 2013 para R$ 8,9 bilhões em 2014.
EletrobrasO levantamento do Contas Abertas foi realizado com base na portaria nº 2, de 30 de janeiro de 2015, publicada no Diário Oficial da União de ontem (2). Os dados estão em valores constantes, atualizados pelo IGP-DI, da Fundação Getúlio Vargas. As informações fornecidas pela própria Eletrobras são uma da únicas formas de acompanhar os investimentos das estatais brasileiras.
A queda atingiu, por exemplo, a implantação da Usina Termonuclear de Angra 3, no Rio de Janeiro. A empresa aplicou 87,2% dos R$ 2 bilhões previstos para o empreendimento, o equivalente a R$ 1,8 bilhão. Em 2013, a execução de investimentos da obra alcançou 98,3% do R$ 1,5 bilhão autorizado. Ou seja, houve aumento de quase 1000% no valor que deixou de ser utilizado de um ano para o outro.
Quando entrar em operação comercial, em 2018, a usina, com potência de 1.405 megawatts, será capaz de gerar mais de 12 milhões de megawatts-hora por ano, energia suficiente para abastecer as cidades de Brasília e Belo Horizonte durante o mesmo período.Com Angra 3, a energia nuclear passará a gerar o equivalente a 50% do consumo do estado do Rio de Janeiro.
De acordo com a Eletrobras, a energia gerada pela usina será de grande importância para impulsionar o crescimento da economia do país, garantindo a eletricidade necessária para abastecer os lares, as empresas e a indústria nacional. As etapas de construção da unidade incluem as obras civis, a montagem eletromecânica, o comissionamento de equipamentos e sistemas e os testes operacionais.
O mesmo aconteceu com o ritmo de investimento na iniciativa que pretende ampliar o Sistema de Transmissão de Energia Elétrica na Região Nordeste. Com o segundo maior aporte orçamentário previsto pela companhia, apenas R$ 418,8 milhões dos R$ 629,1 milhões foram efetivamente aplicados no ano passado, o equivalente a 66,6%. Em 2013, a execução foi de 90,3% dos R$ 478,8 milhões.
Apagão de janeiro
Por volta das 15h do dia 19 de janeiro, o ONS, órgão responsável pela gestão do suprimento nacional de energia, determinou redução na transmissão de eletricidade em estados do Sul, Sudeste e Centro-Oeste. O apagão durou até as 15h45, quando a normalização da distribuição foi autorizada.
De acordo com o Operador, há folga de geração de energia no Sistema Interligado Nacional, mas restrições na transferência das regiões norte e nordeste para o sudeste, aliadas à elevação da demanda no horário de pico, provocaram a redução da frequência elétrica.
O órgão não poderia afirmar que a falha no fornecimento de eletricidade não foi previsto. No relatório do Plano de Ampliações e Reforços da Rede Básica (PAR), divulgado no final do ano passado pelo próprio ONS, constatou que dentre 310 obras antiapagão que precisam ser construídas entre 2015 e 2017, 104 já haviam sido requeridas em ciclos anteriores.
Em outras palavras, 34% das obras necessárias foram solicitadas em anos passados e já deviam estar em operação para evitar riscos de pane e apagões, mas não foram licitadas pelo governo.
De acordo com o ex-presidente da Eletrobras no governo Lula e diretor da Coppe (Coordenação da Pós-Graduação em Engenharia da UFRJ), Luiz Pinguilli Rosa, o apagão em referência revela a vulnerabilidade do sistema em momentos de alto consumo e baixo nível dos reservatórios da região Sudeste e Centro-Oeste, especialmente.
Para ele, a falha na transmissão do norte para o sudeste ocorreu porque o sistema está muito próximo ao limite, por conta do elevado consumo de energia neste verão quente.
Para solucionar o déficit da oferta energética, o especialista acredita que deveria-se lançar um programa de conservação de energia, com descontos para aqueles que economizam e penalidades para quem gasta demasiadamente.
“Por uma questão política o governo não quer chamar de racionamento, mas há a urgência de lançar programas de conservação de energia para atravessarmos o verão. É melhor racionar o uso agora do que enfrentar cortes maiores no futuro,” afirmou ele ao jornal Gazeta do Povo.
Se o cenário for conservado, com baixo nível dos reservatórios e baixo índice de precipitação, 2015 será pior do que o ano passado e enfrentará maiores riscos de apagão, de acordo com o especialista.
A Eletrobras não respondeu aos questionamentos do Contas Abertas até o fechamento da matéria.
Atualização
Por meio de nota, a Eletrobras afirmou que está, anualmente, batendo recordes de investimentos. A companhia considera seu orçamento global, envolvendo investimentos diretos de suas controladas e investimentos em parceria com a iniciativa privada. “Em 2012 o orçamento foi de cerca de R$ 13 bilhões, dos quais foram realizados 85%. Em 2013, foram realizados R$ 11,2 bilhões, dos R$ 13,4 bilhões orçados. Embora ainda não tenhamos fechado o realizado consolidado de 2014, estimamos um investimento da ordem de R$ 11,4 bilhões, ou seja, 78% do valor aprovado. Para 2015, repetiremos o orçamento de R$ 14,1 bilhão. A Eletrobras está preparada para responder aos desafios do setor elétrico, garantindo a geração e transmissão de energia limpa e confiável para a sociedade brasileira”, explica

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

A internet é cruel como um cassaco russo para o amor

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Eu confesso. Uma vez, há uns quatro anos, escrevi um conto na revista Vip com outro nome: Maurice Bendrix. Bendriz é personagem do meu romance preferido entre todos, Fim de Caso, de meu escritor também preferido entre todos, Graham Greene.
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Adorei saber que o livro foi transformado em filme por um famoso diretor cujo nome não me lembro. Lembro apenas que fez The Crying Game. Também esqueci o título em português do filme. Mas em compensação sei bem a letra inteira da música que deu nome ao filme. Ela fala tão suavemente, tão tristemente, tão lindamente de amor. “First there are kisses, then there are sighs, and then before you know where you are, you´re saying goodbye.” Primeiro os beijos, então suspiros, e logo o adeus. Detesto minhas digressões, mas não consigo me livrar delas. É como se estivesse num carro desgovernado. Bem, fim da digressão.
O pseudônimo foi meu tributo sincero, mesmo que barato, a Greene. No conto se fala de um casal prestes a se desintegrar. Uma última, desesperada e afinal vã tentativa de acertar as coisas é feita numa viagem a Portugal. Os dois vão certa noite ao cassino de Estoril e um deles – francamente já não me lembro qual, e bem pode ser nenhum deles, e sim o narrador – reflete que a única esperança para ambos é que a bola que girava na roleta jamais parasse, jamais parasse, jamais parasse.
Nas vezes em que fui a Portugal, sempre deixei algum dinheiro em Estoril. Na última, vi numa mesa de roleta José Saramago, ou pode ser que fosse um sósia.
Uma bola de roleta que se paralisa: falei do conto apenas porque queria divagar, sonhar com a possibilidade de congelar um romance no seu melhor momento. Na véspera da queda, algumas vezes abrupta, outras mais suave, quase todas com a peculiaridade de só serem notadas depois de já terem percorrido um bom trecho.
Olho para trás e penso em Constanza, meu primeiro amor. Eu queria ter parado todos os relógios do mundo quando dei, numa festa, o primeiro beijo nela. Ou melhor: os relógios parariam segundos antes, quando me dei conta de que ela queria que eu a beijasse. Poucas vezes, em toda a minha vida, experimentei um gosto tão intenso, tão duradouro de triunfo como quando percebi que os lábios de Constanza estavam ao alcance do adolescente desajeitado de olhos sonhadores que deixei para trás. (Tenho que admitir que em outras ocasiões eu congelaria o tempo em situações bem menos ingênuas.)
Meu ponto é que na correria desenfreada da vida moderna a gente não encontra tempo para congelar (e depois saborear lentamente como uma sobremesa de ovos nevados) os grandes momentos românticos que acabamos de ter. Você nem bem termina um beijo e já está pensando no trabalho, na carreira, na multidão de compromissos. (Isso quando o celular não interrompe o encontro das línguas.) A vida moderna é cruel como um cossaco russo para o romance.
Maravilhosas passagens da vida romântica acabam nos escorrendo pelas mãos no ritmo frenético da internet sem que, muitas vezes, sequer percebamos como foram boas.
Perdemos a capacidade de parar e não fazer nada senão sonhar com coisas singelas, como um beijo bem dado. Temos que ir para a frente, estar sempre em movimentos, celulares ligados ininterruptamente. Quando sinto que minhas atitudes estão se enquadrando exatamente na descrição infernal acima, ponho para tocar uma canção do meu compositor e cantor predileto entre todos, John Lennon. Ele fala no prazer de ver os pneus rolarem, e rolarem, e rolarem, e não fazer nada além disso. E então me sento numa calçada e apenas observo, em preguiçosa e muda contemplação, o movimento circular e reconfortante dos pneus que giram pela rua
Fábio  Hernandes

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

O boi de R$ 1 bilhão agita o curral eleitoral de Goiás

Por Leandro


Charge de ALIEDO - http://aliedo.blogspot.com
Charge de ALIEDO – http://aliedo.blogspot.com
Tem boi na linha. Literalmente, e bilionário.
Os currais nunca foram mais os mesmos no Brasil desde que ascendeu ao cenário nacional e internacional a Friboi, marca da JF Holding, da família Batista. Por mérito de décadas de atuação no mercado, pioneiros no setor, e ajudados de anos para cá pelo BNDES, a empresa tornou-se a maior produtora de proteína do mundo – e na esteira desse extenso pasto de negócios, os desafios e problemas também vieram a galope.
O ano de 2015 nasceria coroado para a holding não fosse a lupa atenta dos procuradores do Ministério Público de Goiás. O grupo empresarial entra na mira por causa de uma lei estadual vista com desconfiança pelo mercado e pela promotoria.
Durante anos, a Friboi sonegou ICMS no nascedouro, na terra natal, o Estado de Goiás. A dívida tornou-se tão grande quanto o volume negociado mensalmente pela empresa. Chegou a R$ 1,3 bilhão até fim do ano passado, com juros, multa e correção.
No apagar das luzes de 2014, o governo de Goiás editou uma lei de renegociação de dívidas para empresas, a nº 18.709/14. Pela regra, que vigorou por três dias úteis, as devedoras de ICMS teriam isenção de 100% de juros, multa e correção monetária da dívida em aberto. E, bingo!, acertou quem apostou na brecha para a Friboi renegociar a sua – pagou R$ 170 milhões à vista aos cofres do governo Marconi Perillo, e renegociou R$ 150 milhões em parcelas mensais de R$ 2,9 milhões.
De acordo com o governo e a Friboi, a lei é reeditada todo fim de ano para facilitar renegociações de várias empresas, e para reforçar o caixa do Estado. Evidentemente, um bom acordo.
Festa no matadouro, mas.. uma investigação quer salgar a carne desse churrasco; Ou seja, é histórico e inédito no País (ainda investiga o MP se há casos similares) o perdão de dívidas em R$ 1 bilhão.
Provocado pelo PSOL e com apoio do senador Ronaldo Caiado (DEM-GO), o MP agora quer apurar se houve crime de responsabilidade do governo Perillo, quantas e quais foram as empresas de Goiás beneficiadas com a lei de três dias – vigorou de 22 a 29 de dezembro (excetuando-se o Natal e pontos facultativos). E se a ‘operação’ não foi lesiva aos cofres públicos.
Durante a campanha eleitoral do ano passado, o herdeiro do grupo, Junior ‘Friboi’, filiado ao PMDB sob as bênçãos do vice-presidente Michel Temer, abdicou da candidatura governo de Goiás. Deixou de concorrer contra Marconi. O candidato do PMDB foi o ex-governador Iris Resende.
CADÊ A MARCHA?
A Organização Médicos Sem Fronteiras (MSF) alerta, e líderes mundiais continuam a fechar os olhos para o problema.
Com numerosas baixas civis – inclusive entre os médicos e enfermeiros – a MSF deixou o Sudão do Sul diante da interminável guerra entre etnias e milícias.
Agora, a MSF revela que bombardeios a civis em hospitais de campanha da Ucrânia – não se sabe se das forças russas ou locais – matam e isolam os locais de socorro. Os ataques também inibiram a chegada aos hospitais de medicamentos e suprimentos.
‘No dia 14 de janeiro, um hospício para pessoas com deficiência mental em Slavyanoserbsk, na região de Luhansk, que MSF tem apoiado com medicamentos e materiais de higiene, foi severamente danificado quando a cidade foi submetida a um forte bombardeio. A equipe de MSF conseguiu chegar ao principal hospital da cidade no dia 19 de janeiro para entregar suprimentos suficientes para tratar até 50 pacientes feridos. O hospital ficou sem eletricidade por dois dias devido ao bombardeio e a equipe de MSF viu, pelo menos, dez casas destruídas recentemente no centro da cidade de Slavyanoserbsk’, informa a MSF em nota.
Vale lembrar que a atuação da facção terrorista Estado Islâmico era algo distante do mundo ocidental até que a redação de uma revista foi atacada em Paris.
Não há notícias até o momento de que líderes mundiais se sensibilizaram com as vítimas de Slavyanoserbsk, tampouco de alguma marcha midiática por alguma cidade da Ucrânia.

terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

“E ela vivia me agradecendo por tê-la ensinado a gozar com penetração”

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Meu tio Fábio, um homem sábio do interior, um dia me entregou um livro do Plutarco. Confesso que tremi diante da idéia de enfrentar, na inexpugnável solidão da leitura, as páginas com certeza brilhantes mas inevitavelmente árduas do grego. Mas, prático que é, e conhecedor das limitações de seu sobrinho como leitor, tio Fábio me avisou que desejava que eu lesse somente um trecho marcado numa determinada página.
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Ali se contava a história de um soldado que salvara a vida de um rei numa batalha. Um sábio imediatamente aconselhou o soldado a fugir. O soldado preferiu ficar, na esperança de ser recompensado pelo rei que salvara. Acabou morto. E logo. Quando terminei de ler essa história, imediatamente me lembrei de outro trecho de livro que tio Fábio me passara. Platão – tio Fábio sempre bebeu na sabedoria grega – contava que Sócrates disse mais ou menos o seguinte aos homens que o condenaram a tomar cicuta: que bem fiz eu a vocês para que me tratem assim?
As duas história tratam do mesmo tema: a ingratidão. E francamente: não sei por que iniciei minha coluna com a dupla história grega de ingratidão humana. Ou melhor. Sei sim. É que eu queria fazer uma conexão entre aqueles episódios e a vida amorosa. O fato cruel e inescapável é o seguinte: o amor é ingrato. O amor tem uma série de virtude: ele ilumina, ele embeleza a vida, ele torna divertido um congestionamento. Mas ele é ingrato como o rei que matou o soldado que o salvara e os atenienses que fizeram Sócrates beber cicuta.
Um amigo meu, Roni Maldonado, outro dia veio desabafar comigo. Ele acabara de romper com a namorada, uma loira de fazer cego olhar para trás, e ela além de gritar-lhe insultos arrebentou a pontapés a porta de seu carro. Roni é essencialmente um ingênuo do amor, um otimista das relações sentimentais. Ele sinceramente achava que, por fatos como ter arrumado um bom emprego para a namorada e num período de depressão ter-lhe até financiado um terapeuta de 400 reais a hora, receberia de volta alguma gratidão, e não uma porta de carro arrebentada a golpes de salto alto.
Tive vontade de apresentar Roni a tio Fábio e pedir a ele (meu tio) que falasse um pouco a meu amigo sobre a gratidão humana. Tive vontade de falar um pouco do soldado e de Sócrates, do rei assassino e da cicuta. Mas apenas balancei a cabeça numa muda expressão de solidariedade a meu amigo ferido na alma. Roni, refleti, passará a vida inteira atrás de uma ilusão, de uma fantasia tão irreal quanto a espada de Artur: a gratidão amorosa. O que você possa ter feito de bom a alguém numa relação amorosa não conta no final. O que vale são apenas os crimes, geralmente imaginários, que você cometeu. Não conheço caso de amor que termine com uma declaração sincera de agradecimento pelos serviços prestados.
Roni me contou, em sua estupefação tola, que até em relação ao sexo ouviu palavras que quase o reduzem a um eunuco da corte de Ramsés. “E ela vivia me agradecendo por tê-la ensinado a gozar com penetração”, me repetia ele. “No final me disse que eu não tinha nenhuma imaginação quanto a sexo. Que eu era um idiota sexual.”
O meu ponto é o seguinte: faça sempre tudo que puder por sua namorada, mulher, amante. Tudo. Agrade-a de todas as maneiras possíveis. Flores, beijos, bom sexo, atenção. Dê tudo. Mas jamais cometa o erro fatal do soldado. Não faça nada esperando gratidão. O amor é ingrato como o rei que matou o homem que o salvara da morte.
Fábio Hernandez

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

“Sou marxista”, diz Dalai Lama



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Karl Marx disse que a religião era o ópio das massas, e por isso muitos ficaram surpresos quando o Dalai Lama se declarou marxista em uma palestra numa universidade na Índia.
“No que diz respeito às crenças sociopolíticas, considero-me um marxista”, disse ele.
O líder tibetano afirmou que o marxismo é um ideário que ajuda a combater a desigualdade social.
“O marxismo é fundado em princípios morais, enquanto o capitalismo é baseado apenas em ganância e interesse pessoal. O marxismo está preocupado com as vítimas da exploração imposta por uma minoria.”
O fracasso do regime soviético, para ele, não foi o fracasso do marxismo, mas “o fracasso do totalitarismo”.