Governo petista trabalha para desmoralizar asForças Armadas
Canrobert Pereira da Costa, Cordeiro de Farias, Eduardo Gomes, Góis Monteiro, Golbery do Couto e Silva, Juarez Távora, Mascarenhas de Morais, Meira Mattos, Odílio Denys, Olímpio Mourão Filho, Orlando Geisel e tantos mais, hoje há um deserto de lideranças nas Forças Armadas.
O preconceito e o menoscabo com que têm sido tratadas as Forças Armadas desde que as esquerdas assumiram o governo federal no Brasil, isto é, desde Fernando Henrique Cardoso, merecem uma avaliação. E não nos referimos apenas à questão material, ao atraso no equipar as três armas, tal como requerem nossa dimensão continental, nossas extensas fronteiras e nossos recursos naturais abundantes, sobre os quais devemos exercer soberania. Isto é apenas parte do problema, subconjunto de um todo mais importante, uma face apenas de um poliedro mais abrangente e mais complexo. Exército, Marinha e Aeronáutica costumam ser, em qualquer país acima de mediano, isto é, que tenha ao menos uma projeção regional, centros de estudo e formação de pensadores. De formuladores da estratégia nacional. Escolas militares costumam estar entre as melhores, em qualquer lugar do mundo. E não só como centros de formação militar, mas como, principalmente, de estudos geográficos, históricos, administrativos, técnicos e econômicos.
Apesar do descaso governamental, as FF AA brasileiras ainda mantêm suas ilhas de excelência. Ninguém pode negar que o melhor centro de formação técnica do Brasil seja hoje o Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA). Como também não pode ser negada a qualidade do Instituto Militar de Engenharia (IME). Asacademias militares, Academia Militar das Agulhas Negras (Aman), Escola Naval e Academia da Força Aérea (AFA), não preparam apenas aspirantes a oficiais das forças armadas. Formam cidadãos aptos, após seus quatro anos de curso, com um curriculum que abrange, além das matérias de cunho militar, economia, administração, filosofia, psicologia, etc., a exercerem, se quiserem deixar a farda e complementar esse estudo, várias profissões liberais. Tudo isso com uma base de disciplina, moral e patriotismo agregada à sua formação.
O Exército Brasileiro tem ótima Escola de Administração; Exército e Marinha dispõem de Escolas de Saúde. Isso, com grande sacrifício e permanente falta de verbas. As escolas militares põem uma ênfase especial no respeito ao País e a seus recursos. Não admira que os batalhões de Engenharia do Exército construam estradas melhores e mais baratas, e até devolvam recursos ao Tesouro, como vimos muitas vezes noticiado. Por outro lado, a formação militar, exigindo que se trabalhe em vários pontos do território nacional, faz com que os oficiais mais antigos e experimentados conheçam o País mais que outros profissionais e tenham uma noção mais inteira de nossa nacionalidade.
Digam o que disserem os raivosos que integram nossa política, nossas universidades e nossa imprensa, Castello Branco e Ernesto Geisel foram os nossos mais competentes e íntegros presidentes, desde Juscelino Kubitschek. Se nunca um brasileiro obteve um PRÊMIO Nobel, e essa verdade nos humilha, não é menos verdade que ao menos quatro patrícios estiveram à altura de recebê-lo, sendo um deles militar. Não chegaram até lá por razões várias, inclusive por falta de quem os projetasse: o médico Carlos Chagas, o sociólogo Gilberto Freyre, o físico César Lattes e o marechal Candido Mariano Rondon. Se até pouco tempo atrás militares existiam, cujo nome era sinal de respeito e admiração, como Canrobert Pereira da Costa, Cordeiro de Farias, Eduardo Gomes, Góis Monteiro, Golbery do Couto e Silva, Juarez Távora, Mascarenhas de Morais, Meira Mattos, Odílio Denys, Olímpio Mourão Filho, Orlando Geisel e tantos mais, hoje há um deserto de lideranças nas Forças Armadas.
Se elas próprias limitaram o brilho de seus oficiais generais, impondo a eles uma presença máxima de 12 anos na ativa, foram os governos de esquerda que, sistematicamente, procuraram sufocar o surgimento de líderes fardados, carimbando como indevida a participação dos militares nas discussões nacionais. É um tipo de revanche. Afinal, os planos da “esquerda revolucionária” não prosperaram graças aos militares. Isto vem desde a criação do Ministério da Defesa, entregue sempre a titulares civis dissociados dos problemas das Forças, fracos, sem brilho intelectual, incapazes de levantar a nível mais alto as necessidades e direitos de Exército, Marinha e Aeronáutica, sempre acumulados de deveres. E deveres externos, como os que lhes atribuíram no Haiti, ou internos, devidos ou indevidos, como policiar morros tomados pelo tráfico.
Não podemos deixar de comentar a sistemática campanha de desmoralização do Exército, vendido como patrono de uma ditadura que não existiu, ao menos como a de Cuba, essa sim, sem liberdade de ir e vir, sem pluripartidarismo, sempropriedade privada, sem imprensa livre e sempre pronta a encarcerar ou eliminar adversários. Embora não se noticie, os nomes mais independentes e proeminentes das Forças são marginalizados no ocupar as posições mais importantes na administração militar e nas PROMOÇÕES.
Postos nos primeiros escalões da administração federal para egressos da caserna? Nem pensar, por mais competentes que sejam. Nada se pode alegar contra e muito se poderia alegar a favor de entregar a um militar o Ministério da Defesa ou a Secretaria de Assuntos Estratégicos. Essa discriminação, bem ao estilo gramscista, não atinge apenas aqueles que são mais veementes na defesa da farda, e por isso mesmo, injustamente tachados de radicais, e até calados, indevidamente, de maneira autoritária, antidemocrática, em suas manifestações, como ocorreu com o general Augusto Heleno Ribeiro Pereira.
Um almirante como Mario César FLORES, um intelectual respeitado, um estudioso que muito sempre teve a dar ao país, não é sequer ouvido, assim como um general do porte de Leônidas Pires Gonçalves e muitos outros militares experientes, e democratas verdadeiros. É uma democracia de fachada a que despreza a contribuição do preparo e da inteligência de seus militares. Se os segrega, está a caminho de não ser uma democracia.
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