Escândalo
Casa Civil: filhos de Erenice Guerra podem depor à força
Publicada em 27/09/2010 às 23h17m
Jailton de Carvalho A polícia passou a cogitar a possibilidade de condução coercitiva depois de tentar, duas vezes, intimar Israel e Saulo: por telefone e por uma visita à casa da família, em Brasília, mas sem sucesso. Numa das tentativas, uma pessoa ligada à família Guerra informou que os dois estariam em Goiânia. No fim da tarde desta segunda-feira, os policias voltariam a procurar Israel e Saulo. Se não fossem encontrados, a polícia deixaria o aviso com um parente. Caso não haja uma resposta, Vicalvi poderá pedir que Israel e Saulo sejam levados à força para depor.
A polícia considera indício de resistência quando o investigado ou a testemunha rejeita duas intimações. Nesta quarta-feira, a PF pretende interrogar em Brasília Vinícius Castro, sócio dos irmãos Guerra na Capital Consultoria, empresa usada nos negócios do grupo.
O depoimento de Vinícius, ex-assessor de Erenice na Casa Civil, estava marcado para esta segunda-feira, mas, a pedido do advogado dele, o interrogatório foi adiado. Nesta quarta-feira, Ruberval pretende ouvir ainda Sônia Castro, mãe de Vinícius. Ela teria sido usada como laranja na composição societária da Capital. O depoimento do ex-diretor de Operações dos Correios Marco Antônio de Oliveira, apontado como um dos chefes do grupo do lobby no governo, estava marcado para esta terça-feira, mas foi adiado para segunda-feira.
Oliveira apresentou atestado para adiar depoimento Oliveira apresentou atestado médico à PF para justificar o adiamento. Israel, Saulo, Vinícius e Marco Antônio são suspeitos de facilitar a renovação de contrato da Master Topic Airlines (MTA) nos Correios. Eles teriam sido contratados para apressar a concessão de uma licença da MTA na Anac (Agência Nacional de Aviação), e criar as condições para a renovação do contrato da empresa de transporte aéreo de carga com os Correios. O lobista Fábio Baracat disse à PF na semana passada que teria pago mais de R$ 200 mil por parte dos serviços prestados pela Capital. Os Correios, a MTA e a ANAC negam qualquer irregularidade na concessão da licença e na prorrogação do contrato.
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