terça-feira, 31 de março de 2015

Pôr fim a uma relação amorosa é uma arte tão desafiadora quanto tocar com graça uma flauta

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Nós não soubemos acabar.
Isso hoje é claro para mim e, imagino, para você. Nós não soubemos acabar. Acabamos muito depois do que teria sido razoável. Acabamos não quando havia uma construção da qual nos lembrarmos e sim quando já não restava nada mais que ruínas que evocavam sofrimento e pesar numa dosagem desnecessariamente elevada. Existe um tempo para iniciar e existe um tempo para terminar. Errar no tempo para terminar é muito pior do que errar no tempo para começar. Num caso, logo compensamos as alegrias ainda não gozadas. No outro, é irreparável a dor que advém do prolongamento vão do que deveria ter sido encerrado lá atrás.
Nós não soubemos acabar.
Pôr fim a uma relação amorosa é uma arte tão desafiadora quanto tocar com graça uma flauta. A covardia nos detém muitas vezes. Outras vezes, o desfecho é adiado por uma última, ou penúltima, ou antepenúltima, lufada de esperança. E há ocasiões em que nossa ação é impedida apenas por uma inércia para a qual não encontramos e nem buscamos explicação. Sei lá. Talvez nas escolas devesse haver uma disciplina que nos ensinasse a terminar uma história de amor. Nos ensinam álgebra e geografias remotas nas escolas, mas não nos ensinam coisas básicas da vida, como identificar o final de um caso e agir.
Nós não soubemos acabar.
O fim em geral é claro, apenas a gente finge que não vê. Onde havia antes compreensão e tolerância, ergue-se a impaciência. Onde havia antes generosidade, ergue-se um rigor por vezes cruel. Onde havia antes ternura, ergue-se uma crescente grosseria. Onde havia antes disposição para dividir, ergue-se o egoísmo. O que foi amor virou desamor. Os fatos gritam. Mas as pessoas fingem não ouvi-los. Fingem muitas vezes demasiadamente além do aceitável. E então sofrem bem mais do que o necessário.
Nós não soubemos acabar.

segunda-feira, 30 de março de 2015

Por que 40 países proíbem a doação de empresas a candidatos



propina
Publicado na BBC Brasil.

O debate sobre a necessidade de mudar o modelo de financiamento de campanhas no Brasil voltou a ganhar fôlego em meio as denúncias de que propinas cobradas em contratos da Petrobras acabavam irrigando partidos políticos e candidatos como doações oficiais de campanha.
A crescente preocupação com o assunto, porém, não é exclusividade do Brasil. Um monitoramento internacional sobre financiamentos de campanha em 180 países, realizado há quinze anos pelo Instituto Internacional pela Democracia e Assistência Eleitoral (Idea, na sigla em inglês), indica uma tendência mundial de aumento – ainda que lento – da restrição a doações empresariais.

A proposta de eliminar ou reduzir drasticamente o financiamento de campanhas por empresas não busca apenas atacar o problema da corrupção, observa o diretor da área de Partidos Políticos do Idea, Sam van der Staak. O princípio central que norteia essas medidas é a preocupação com a influência desproporcional que as empresas teriam sobre o Estado por causa dos volumosos recursos destinados a eleger políticos, seja no Executivo ou no Legislativo.
“Em todo o mundo, a política se tornou um negócio caro, em tal magnitude que o dinheiro é hoje uma das maiores ameaças à democracia”, afirma um relatório de janeiro do instituto.
Segundo Staak, o número de países que baniu completamente o financiamento por empresas cresceu levemente nos últimos quinze anos. Já a criação de limites para as doações “tem sido discutida de forma mais ativa em muitos países”, nota ele.

Propostas

No Brasil, o PT e os movimentos sociais estão à frente da proposta de proibir totalmente o financiamento por empresas – dessa forma as campanhas seriam bancadas exclusivamente por recursos públicos e pequenas doações de pessoas físicas.
Os números oficiais mostram que hoje as empresas são as principais financiadoras da disputa eleitoral no Brasil. Nas últimas eleições, partidos e candidatos arrecadaram cerca de R$ 5 bilhões de doações privadas, quase na sua totalidade feitas por empresas. Além disso, receberam no ano passado R$ 308 milhões de recursos públicos por meio do Fundo Partidário, enquanto o tempo “gratuito” de televisão custou R$ 840 milhões aos cofres da União por meio de isenção fiscal para os canais de TV.
No momento, o Supremo Tribunal Federal (STF) julga uma ação movida pela Ordem dos Advogados do Brasil questionando se a doação por empresas é constitucional. Dos onze ministros, seis já votaram pela proibição desse tipo de financiamento, no entanto, o ministro Gilmar Mendes pediu vista do processo em abril do ano passado e até hoje não proferiu seu voto, no que tem sido criticado como uma manobra para impedir a conclusão do julgamento antes que o próprio Congresso analise a questão.
O PMDB, que hoje tem a presidência da Câmara e do Senado, quer uma alteração menos radical desse modelo. Uma proposta apresentada pelo partido na semana passada sugeriu que empresas só possam doar diretamente a um único partido, mas sem indicar limitação de valores.
Outra proposta, encampada pelo Instituto Ethos e alguns cientistas políticos, prevê que as doações por empresas continuem sendo permitidas, mas que haja um teto baixo para essas transferências. O objetivo, com isso, é reduzir o poder de influência de cada financiador – já que haveria mais doadores transferindo valores semelhantes.
O Instituto Ethos foi criado para incentivar práticas socialmente responsáveis no setor privado. Ele tem 585 empresas associadas, entre elas grandes doadoras de campanhas eleitorais como os bancos Bradesco, Itaú e Santander, a construtora WTorre, a rede de frigoríficos Marfrig, e até mesmo empreiteiras investigadas na Operação Lava Jato, como Camargo Corrêa e Odebrecht.
O instituto defende hoje a adoção de regras que limitem drasticamente as doações por empresas e mesmo a proibição nos casos de companhias que tenham contratos com governos ou sejam sócias de bancos públicos.
Se tal proibição existisse hoje, atingiria diretamente o grupo JBS, maior doador da campanha de 2014. Tendo o BNDES como sócio, o grupo destinou mais de R$ 350 milhões a diferentes políticos na eleição do ano passado e foi também o maior apoiador tanto da campanha da presidente Dilma Rousseff, como da de seu principal adversário, o tucano Aécio Neves.
“A eleição (brasileira) está virando quase que um plano de negócios de mercado”, afirma Jorge Abrahão, presidente do Instituto Ethos, fazendo referência a um instrumento do mundo corporativo usado para definir os objetivos de uma empresa e o que será feito para alcançá-los.
“Os estudos que fazemos indicam que a eleição a cada ano fica mais cara e o número de votos que os partidos recebem é proporcional aos recursos que eles ganham (de empresas). Na medida em que você limita (as doações), você vai diminuir o peso desse poder econômico”, acrescenta Abrahão.
Levantamentos dos jornais Folha de S.Paulo e Estadão com base nas milhares de declarações de candidatos ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) indicam que, em 2014, as doações privadas somaram cerca de R$ 5 bilhões no Brasil – quase o dobro do valor arrecadado em 2006 (R$ 2,6 bilhões, já atualizado pela inflação).
Sam van der Staak, do Idea, nota que as eleições brasileiras são relativamente caras. Segundo levantamento do instituto, o valor gasto em média por voto aqui (US$ 19,90) é cinco vezes maior do que no México (US$ 4,20) e o dobro do que na Costa Rica (US$ 9,60), países onde as doações de empresas são proibidas.

Pelo mundo

O banco de dados do Idea – organização intergovernamental que hoje tem status de observadora na ONU – revela que 39 países proíbem doações de empresas para candidatos, como México, Canadá, Paraguai, Peru, Colômbia, Costa Rica, Portugal, França, Polônia, Ucrânia e Egito. O mais novo integrante do grupo pode ser a Espanha, que atualmente estuda adotar a medida.
Outros 126 países permitem o financiamento de candidatos por empresas, como Brasil, Reino Unido, Itália, Alemanha, Noruega, Argentina, Chile, Venezuela e praticamente toda a África e a Ásia.
A proibição formal, porém, nem sempre impede que o capital corporativo encontre outras formas de influenciar o jogo político, nota Staak. Os Estados Unidos, por exemplo, proíbem doações diretas de empresas, mas como elas são autorizadas a fazer suas próprias campanhas a favor e contra candidatos, na prática os efeitos da restrição são nulos.
Tampouco a corrupção desaparece de uma hora para outra. Um relatório do instituto aponta que o número de infrações detectadas em doações políticas em Portugal cresceu fortemente desde o ano 2000, quando o país proibiu o financiamento empresas.
Em parte, isso é reflexo da fiscalização mais dura que também foi implementada no período, nota o documento. Mas, por outro lado, também observou-se o desenvolvimento de práticas para burlar as restrições às doações privadas, como lista de doadores fantasmas.
“A corrupção tem muito a ver com as atitudes culturais. Muitos países que são menos corruptos (como Noruega e Suécia), até recentemente, não tinha sequer muitas das leis necessárias para conter escândalos de financiamento político. As reformas devem, portanto, ter o objetivo de tornar mais difícil as doações irregulares e ficar sempre um passo à frente dessas práticas”, afirma Staak.
Defensor da proibição do financiamento por empresas no Brasil, o filósofo Marcos Nobre, reconhece que a medida não terminará com a corrupção no país como mágica, mas ainda assim defende sua adoção. “O que (a proibição) vai fazer é tornar a disputa eleitoral menos desigual e isso é bom para a democracia”, nota ele.
“Para evitar o crescimento do caixa 2 (doações ilegais), o fim do financiamento por empresas tem que vir acompanhado do fortalecimento do Ministério Público e da Justiça Eleitoral”, ressaltou.

Limite de doações

Já Cláudio Abramo – ex-diretor da Transparência Brasil, organização especializada em contas eleitorais – critica a proposta por considerar que ela inevitavelmente levaria ao aumento das doações ilegais e também por ver pouco espaço político para sua aprovação no Congresso.
Ele defende que a criação de limites baixos para as doações de empresas seria o melhor caminho para tornar o sistema político mais justo.
“É preciso atacar o problema principal do financiamento hoje, que é a inexistência de limites reais (ao financimento). Então, você tem uma desigualdade imensa entre os doadores de forma que alguns poucos ganham um poder de influência muito maior que outros doadores. A ideia seria limitar muito drasticamente a quantidade de dinheiro que cada grupo empresarial possa dar, reduzindo portanto a influência de cada um deles”, afirma.
O levantamento do Idea mostra que 55 países restringem de alguma forma os financiamentos, seja de empresas ou pessoas físicas.

sexta-feira, 27 de março de 2015

As mais belas declarações de amor da literatura ocidental

"Você era a encarnação graciosa de todas as fantasias que a minha mente alguma vez concebeu."
“Você era a encarnação graciosa de todas as fantasias que a minha mente alguma vez concebeu.”
Noites Brancas, Dostoiévski
“Erguer uma nuvem escura sobre sua felicidade clara e serena; levar tristeza ao seu coração, acusá-lo e fazê-lo amargar um remorso secreto, obrigando-o a bater tristemente em um momento de júbilo; pisar em uma das flores ternas que adornarão suas madeixas negras quando for com ele ao altar… Oh, nunca, nunca! Que seja claro o seu céu, que seja luminoso e sereno o seu belo sorriso; abençoada seja você pelo momento de júbilo e alegria que concedeu a um coração agradecido. Meu Deus! Não será isso o bastante para uma vida inteira?”
O Morro dos Ventos Uivantes, Emily Brontë
“Não sei de que são feitas as almas, mas a minha e a dela são iguais […] Eu sou Heathcliff – sempre, sempre o tenho no meu pensamento. Não como um prazer, porque eu também não sou um prazer para mim mesma, mas como o meu próprio ser”.
Um Conto de Duas Cidades, Charles Dickens
“A senhorita foi o último sonho da minha alma. Desde que a conheci, fui perturbado por um remorso que pensei que jamais voltaria a me atingir, e ouço sussurros de vozes antigas que pensava ter silenciado eternamente impelindo-me para frente. Senti vontade de ambicionar outra vez, livrar -me da preguiça e da lascívia, recomeçar do zero e lutar a luta já abandonada. Um sonho… Somente um sonho, que não resultará em nada e deixará o homem que adormeceu no mesmo lugar onde se deitou, mas quero que saiba que foi você quem o inspirou”.
Persuasão, Jane Austen
“Não posso mais ouvir em silêncio. Devo falar-lhe com os meios que estão a meu alcance. Você partiu a minha alma. Sou metade agonia, metade esperança. Não me diga que é tarde demais, que sentimentos tão preciosos se foram para sempre. Ofereço-me uma vez mais, com um coração ainda mais seu do que quando quase o partiu, há oito anos e meio. Não ouse dizer que um homem se esquece mais depressa do que uma mulher, que o amor dele é o primeiro a morrer. Nunca amei outra pessoa. Injusto posso ter sido, fraco e rancoroso posso ter sido, mas nunca inconstante”.
O Conde de Monte Cristo, Alexandre Dumas
“Seu nome é encantador, e é a primeira vez em muitos anos que o pronuncio com tamanha distinção… Mercedes, eu sussurrei seu nome durante suspiros de melancolia, sussurrei-o gemendo de dor; chamei por você enquanto tremia de frio em minha prisão, enquanto rastejava no chão em meu calabouço. O que mais amei, depois de você, fui eu mesmo – isto é, a dignidade e a força que me tornaram superior aos outros homens. Essa força era a minha vida. Você a aniquilou com uma única palavra”.
O Morro dos Ventos Uivantes, Emily Brontë
“Que ela desperte em tormento! Ela mentiu até o fim. Onde está ela? Não está aqui, não está no céu, não está morta – onde? Oh! Você disse que era indiferente aos meus sofrimentos, e eu faço uma única oração; repetirei-a até que minha língua se paralise: Catherine Earnshaw, que sua alma não encontre descanso enquanto eu estiver vivo. Você disse que eu a matei – assombre-me, então! […] Fique comigo para sempre, tome qualquer forma, enlouqueça-me! Apenas não em deixe nesse abismo onde não posso encontrá-la. Oh, Deus, é indescritível. Eu não posso viver sem a minha vida – eu não posso viver sem a minha alma!”
"Fique comigo para sempre – tome qualquer forma, enlouqueça-me! Só não me abandone nesse abismo onde não posso encontrá-la."
“Fique comigo para sempre – tome qualquer forma, enlouqueça-me! Só não me abandone nesse abismo onde não posso encontrá-la.”
Lolita, Vladimir Nabokov
“Tinha sido amor à primeira vista, à última vista, às vistas de todo o sempre”.
Grandes Esperanças, Charles Dickens
“Você é parte da minha existência, parte de mim. Você esteve em cada linha que li desde que vim aqui pela primeira vez, quando ainda era o garoto cujo coração você partiu. Você esteve em todos os projetos que fiz desde então – nos rios, nas velas dos navios, nos pântanos, nas nuvens, na luz, na escuridão, no vento, nos bosques, no mar, nas ruas. Você era a encarnação graciosa de todas as fantasias que minha mente já concebeu. Estella, até minha última hora de vida, você não tem escolha a não ser permanecer parte da minha natureza, parte do bem que existe em mim e parte do mal. Mas, nesta separação, eu a associo ao bem; e aí a manterei para sempre, pois você me fez mais bem do que mal, não importa a profunda angústia que eu possa sentir agora. Que Deus a abençoe, que Deus a perdoe”.
Mulheres, Eduardo Galeano
“Vou confundi-la com outras. Procurarei seu nome e sua voz e seu rosto. Sentirei seu cheiro na rua. Vou me embebedar e não adiantará, se não é com saliva ou lágrimas dessa mulher.”
Romeu e Julieta, William Shakespeare
“É apenas o teu nome que é meu inimigo; tu és tu mesmo, e não um Montecchio. O que é um Montecchio? Não é uma mão, nem um pé, nem um braço, nem um rosto, nem qualquer outra parte que pertença a um homem. Qualquer outro nome! Que há em um simples nome? Aquilo que chamamos de rosa, sob uma outra designação, teria igual perfume. Assim, Romeu, ainda que não se chamasse Romeu, conservaria sua tão preciosa perfeição. Romeu, renuncia ao teu nome e, em vez dele que não faz parte de ti mesmo, apodera-te de mim”.
Ressurreição, Liev Tolstói
“Alegrava e elevava Nekhliúdov a consciência, em um grau que nunca experimentara antes, de que nenhuma ação de Máslova poderia alterar seu amor por ela. Que namorasse o enfermeiro – isso era problema dela. Ele não a amava para si mesmo, mas sim para ela e para Deus”.v

quinta-feira, 26 de março de 2015

A importância dos amigos na vida de um homem.

Cena do filme Conta Comigo
Cena do filme Conta Comigo
Vi, numa revista americana, um anúncio que de alguma forma me comoveu. Acho que era de uma seguradora. Dois garotos estão encostados um no outro e lê-se o seguinte: lembra o tempo em que você podia contar com alguém?
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Toquei no anúncio porque decidi falar, nesta coluna, dos amigos. Mais especificamente, das dificuldades que as mulheres acham que os amigos têm influência negativa sobre nós. E sentem um terrível ciúme deles. Como se cada centímetro de espaço que concedemos a nossos amigos representasse um centímetro a menos para elas. Elas mais ou menos nos dizem o seguinte: ele ou nós. Algumas dizem isso de forma mais clara, outras recorrem a sutilezas, mas a essência da mensagem parece sempre a mesma: amigo bom é ex-amigo.
Lembro com detalhes o que aconteceu com meu amigo Totó. Éramos adolescentes e nossa turma era simplesmente incomparável. Duvido que houvesse outra turma, em todo o mundo, tão fantástica. Éramos unidos, diversos nas partes mas coesos no conjunto, e nos amávamos tanto. Sabíamos que, desde que estivéssemos juntos, conquistar o mundo era uma tarefa bem fácil para qualquer um de nós.
Pois um dia o Totó arrumou a primeira namorada séria. E a primeira providência dela foi afastá-lo de nós. Relembro a cena ainda com pesar: o Totó passando de mãos dadas com ela na outra calçada, longe da esquina em que nós ficávamos. Claro que essa namorada passou. Mas a mágoa da troca de calçada jamais foi esquecida pelos amigos. (Não me julgo um cara rancoroso, mas também eu jamais esqueci. Releio o que escrevi e noto que nem sequer o nome da namorada mencionei. Revanchismo. Mas aqui vai: Eliane.)
E então digo o seguinte. Um grande erro das mulheres a compulsão de detestar nossos amigos. Eles quase sempre estão do lado de nossas namoradas e nossas mulheres. Sobretudo quando estamos procurando, descaradamente, novas namoradas e novas mulheres.
“Você não vai fazer uma coisa dessas com a Maria”, “a Maria dá de dez nessa vaca atrás de quem você está correndo”. Eis algumas das frases que ouvimos de nossos amigos quando nos lançamos a aventuras. Eles, como certos cães de aparência assustadora mas com alma de pomba órfã, só atacam quando são atacados primeiro. No caso do Totó, por exemplo, fomos atacados primeiro. Toda a campanha sanguinolenta que movemos contra a namorada foi apenas uma resposta ao golpe vil que recebemos.
Mulheres e amigos são complementares, como uma boa colher de Nescau e um copo de leite gelado. Cada parte tem sua função. A presença do Nescau não diminui o leite, nem a presença do leite diminui o Nescau. É uma imagem meio capenga, admito, mas preciso considerar que fui subitamente assaltado por uma feroz vontade de tomar um copão de Nescau gelado. (Copázio, corrigiria minha mãe, que jamais conseguiu dar um português decente a este seu filho.)
E antes que meu espaço se encerre quero dizer que dedico esta coluna à minha velha turma. A melhor turma do mundo em todos os tempos. Parece que os vejo ao meu lado agora. E reparo naquele ali, baixinho, de blusão de couro e chiclete na boca, o mais esperto de todos nós.
É o Edu, o Eduardinho. Vejo o Edu como o Senhor do Mundo em cima de uma pequena moto azul de 50 cilindradas que ganhou aos 18 anos, os olhos com o fulgor arregalado de quem não conhece obstáculos que não possa transpor. E o vejo depois num paletó ridículo, que ele jamais usaria. Mas fora atirado de sua moto numa guia e estava num caixão. E então me ocorre que o Edu não viveu o suficiente para assistir à falência de seus sonhos de menino, como todos os seus amigos que sobrevivemos e seguimos em frente.
E então eu penso que se essa coluna fosse musicada, tocaria agora uma balada de Hendrix chamada Angel. E me arrepio. Uma vez, lá para trás, nós, da velha turma, estávamos ouvindo Angel enquanto fumávamos um baseado no quarto do Fernão. Um trecho da música fala de alguém que voa pelos céus. O Mingo disse: não dá pra ver o Edu voando pelos céus?

quarta-feira, 25 de março de 2015

Por que os homens são loucos por mulheres peludas? Por Fabio Hernandez






terça-feira, 24 de março de 2015

Por que uma escultura do rei sendo penetrado levou à suspensão de uma exposição na Espanha



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A escultura “Não Vestida para Conquistar, Haute Couture 04 Transport”: à esquerda, Juan Carlos
Publicado na BBC Brasil.

Uma escultura que já foi exibida em São Paulo gerou uma polêmica que levou à suspensão de uma mostra coletiva de artistas no Museu de Arte Contemporânea de Barcelona (MACBA), em meio a acusações de censura.
A escultura chamada Não Vestida para Conquistar, Haute Couture 04 Transport, da artista austríaca Inés Doujak, mostra um cachorro da raça pastor alemão que parece penetrar uma mulher que usa um capacete de minerador, uma alusão à sindicalista e feminista boliviana Domitila Barrios de Chúngura.
A mulher, por sua vez, penetra Juan Carlos I, que foi rei da Espanha até meados do ano passado, quando abdicou do trono. O ex-monarca, por sua vez, é mostrando vomitando flores sobre vários capacetes da Schutzstaffel, a SS nazista.
Esta obra é parte do projeto Loomshuttles / Warpaths (“Lançadeiras de Tear/Trilhas de Guerra”), uma parceria entre Doujak e o artista britânico John Barker, que foi exibido na 31ª Bienal de São Paulo, no ano passado.
A peça fazia parte da mostra “A Besta e o Soberano”, organizada pelo MACBA e a organização Württembergischer Kunstverein (WKV), de Stuttgart, na Alemanha. A exposição seria aberta nesta sexta-feira em Barcelona.

No entanto, esta representação do ex-monarca espanhol levou o diretor do MACBA, Bartomeu Marí, a pedir, na última hora, a retirada da escultura, por não a considerar “apropriada”.
Como os curadores da mostra não concordaram, a exposição toda foi suspensa no último minuto.
“A obra se inscreve na tradição da paródia, esculturas de carnaval e caricaturas iconoclastas. Não pretendia insultar uma pessoa privada, mas reformular criticamente uma representação coletiva do poder soberano”, disseram os curadores da mostra em um comunicado divulgado pela WKV e enviado à BBC Mundo.
“A retirada da peça de Doujak não apenas teria comprometido irreparavelmente todo o conceito da exposição, mas também questionado nossa visão de arte, a liberdade de expressão e o papel do museu na sociedade contemporânea.”
“Sob estas circunstâncias, o ato de cancelar as exposições é um ato de censura”, afirmam os curadores no documento.

‘Difícil entender’

O MACBA, por sua vez, divulgou um outro comunicado oficial lamentando não ter podido chegar a um acordo com os curadores que poderia ter permitido a abertura da exposição, “já que, no fim, o prejudicado é o nosso público e nossa permanente vocação de serviço”.
“É difícil entender e compartilhar algumas decisões. E também é difícil explicá-las com serenidade no turbilhão midiático que estamos vivendo. Estamos certos de que encontraremos o espaço e o momento para compartilhar o debate que, sem dúvida, é gerado depois de uma situação como esta”, informou o museu em sua página na web.

E o debate realmente já começou na mídia e nas redes sociais.
Nas redes, estão sendo discutidos os méritos da obra de Doujak e o papel da arte contemporânea. Também há debates sobre os riscos da censura e os limites da liberdade de expressão, assim como sobre a relação dos espanhóis e suas instituições públicas com a monarquia.
Esta não é a primeira vez que representações satíricas de um monarca do país geram ações denunciadas como de “censura”.
Na Espanha, a ideia de que a figura do rei simboliza a união do Estado está consagrada na Constituição de 1978, onde é estipulado que esta união é “inviolável”.
Desde então, muitos consideram que atacar o rei o é o mesmo que atacar o Estado

segunda-feira, 23 de março de 2015

“Procura-se um homem que controle o tesão”



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Tenha paciência e tudo ficará bem – para os dois lados
Não, este não é um anúncio de classificados. É uma simples constatação do que – segundo a minha então breve observação da vida e das pessoas – tem motivado os mais revoltosos reclames femininos e, em consequência lógica, insatisfação de alguns homens consigo mesmos.
Nesses breves e bem vividos vinte e um anos que me foram desfrutados, tenho observado com um riso de canto de boca os erros e acertos masculinos no quesito sexo/prazer. (Não com o olhar científico de quem julga o comportamento alheio, mas com o olhar atento e bem-humorado de quem se distrai observando as pessoas.)
E o que tenho visto são os mesmos homens repetindo os mesmos erros. Testando mil e uma formas de ter prazer e dar prazer à parceira e, em geral, fracassando.
Você pode não acreditar se for mais confortável pra você, mas é só observar à sua volta: nove entre dez mulheres reclamam das mesmas coisas; egoísmo sexual (aquela coisa irritante de gozar e dormir), síndrome da britadeira, preliminares ignoradas, falta de liberdade pra propor fantasias sexuais… os reclames se repetem em (quase) toda relação.
Mas o que eu acho que sei sobre tesão masculino é que há apenas uma questão central que engloba todas as outras das quais as pessoas tanto reclamam: os homens têm pressa. Ignoram as preliminares porque têm pressa; gozam em poucos minutos porque têm pressa; insistem, muitas vezes, em se comportar como britadeiras pura e simplesmente porque têm pressa.
Como se chegar lá fosse mais importante do que tudo o que se faz no caminho até “lá”.
Na verdade, se cada homem conseguisse se livrar de sua pressa sexual/ansiedade mórbida, a maioria das insatisfações de suas parceiras provavelmente estaria resolvida.
Não acredita? Preste atenção nas maiores fantasias das mulheres: preliminares que durem, homens dominadores, transas intensas. Ninguém falou em gozar litros ou ser penetrada freneticamente. Tudo envolve, no fundo, uma coisa simples e necessária em tudo na vida: paciência.
Agradar uma mulher na cama não é exatamente complicado. Nunca ouvi uma amiga dizer “tem que ser grande” ou “tem que ser bonito”. Somos bem menos exigentes sexualmente do que parecemos: basta não se comportar como um adolescente virgem a quem só interessa gozar.
Desfrutar do sexo é (muito) mais que isso. E desfruta quem não tem pressa.
Abra espaço para as fantasias e já terá dado um grande passo.

sábado, 21 de março de 2015

EXCLUSIVO: Inocência perdida

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Num filme clássico, Laura, um personagem se apaixona pela mulher que vê num quadro. É um policial, e a mulher era a vítima de um assassinato que cabia a ele investigar. Isso acontece de vez em quando, você ver alguma coisa e ficar com o coração batendo forte. Comigo, por exemplo. Vi outro dia no YouTube, por acaso, uma cena de um filme que sequer sabia que existia, Flashbacks of a Fool.
É de 2008, e o papel principal é de Daniel Craig, o atual James Bond. A cena é uma recordação dele quando adolescente, percebi depois ao pesquisar o filme e ver o trailer.
Toca uma música linda, que eu também desconhecia, do Roxy Music, e o garoto apaixonado é conduzido a uma dança com dublagem pelo seu primeiro amor. When You Were Younger, cuja letra é simples e tocante, é a canção. Não me lembro de outra cena de filme tão bonita que eu tenha visto nos últimos anos.
O trecho essencial da música: Shake your hair girl with your ponytail/Takes me right back (when you were young)/Throw your precious gifts into the air/Watch them fall down (when you were young)/Lift up your feet and put them on the ground/You used to walk upon (when you were young. Balance sua cabeça com o rabo de cavalo, menina, e assim eu volto no tempo, numa tradução meia boca do começo. E por aí segue a letra, lírica e evocativa.
O diálogo naquela cena diz um bocado para mim e minha geração, que descobriu o mundo nos anos 70. Num determinado momento, ele pede a ela que escolha entre David Bowie e Brian Ferry, do Roxy Music, e ela diz que não é justo. Se fosse para escolher entre um deles e o Deep Purple, tudo bem. Mas Bowie e Ferry são ”deuses”, ela diz. Ela fala de Jean Genet e Burroughs, escritores malditos que naquele tempo eram avidamente lidos por jovens como os do filme, e como eu mesmo.
Vi trechos do filme, caoticamente, no YouTube. O diretor dá algumas explicações. Pelo que percebi, é um cruzamento de Verão de 42 com Imensidão Azul. Craig faz um ator de sucesso que acaba vítima da bebida sem limites, e tenta buscar a redenção voltando ao passado, para o lugar em que viveu sua era da inocência e em que conheceu a garota que o fez ver o mundo sob um ângulo diferente. Sempre que vejo esse tipo de situação, volto a Gatsby, de Fitzgerald, e sua frase sublime final segundo a qual remamos todos contra a corrente, em busca dos dias passados.
Minha era da inocência, então, parece me cercar por inteiro. Papai, mamãe, meus irmãos, meus amigos, a esquina em que nos reuníamos, todos nós no esplendor que a memória garante. O futebol, a camisa do meu time, o uniforme da escola, o ônibus branco e azul, a placa do ginásio, o sorvete de chocolate no parque, o fusca vermelho do meu pai, o cabelo majestosamente protegido pelo laquê de minha mãe, o mingau.
Os gibis do Fantasma, do Mandrake, do Superman, do Cavaleiro Negro, do Batman. Mancha Negra e Mickey, Maga Patológica e Madame Min. Hercule Poirot e Miss Marple, Pedrinho e Emília. Dona Isabel e Zé Verdureiro.
E ela. Olhos verdes, vestido azul e branco de escoteira, ela mesma, a quem um dia, muito tempo atrás, dei uma foto dedicada à menina de 15 anos mais linda que jamais existira, ela, exatamente ela, que fez o chão tremer pela primeira vez para mim, assim como a garota do filme que sequer vi, mas pelo qual fiquei obcecado como um tolo.

sexta-feira, 20 de março de 2015

Ter muito dinheiro torna as pessoas piores?


quinta-feira, 19 de março de 2015

O que os pais da direita hidrófoba estão ensinado às suas crianças?

criança com raiva

No YouTube, o menino de 5 anos, risonho, está sentado à mesa conversando com a mãe, que o filma.
Ele conta uma história. Não uma história infantil. Nada disso.
Ele fala do Lula. “O Lula não faz parte do Brasil”, diz. A mãe ri.
— Ele cortou esse dedo, ele prossegue, segurando o mindinho esquerdo.
— Cortou só pra receber dinheiro?
— Arrã. Ele comprou um monte de coisas pra ele. Recebeu avião, helicóptero…
No final, ela pergunta:
— E o Brasil, João?
— Ferrou! O Lula pegou tudo!
O garotinho está longe de ser uma exceção. No YouTube há centenas de vídeos de crianças fazendo graça com baixarias desse quilate.
Foi-se o tempo em que papai e mamãe ficavam orgulhosos de exibir para os parentes no Natal o talento do rebento em cantar, imitar um personagem de Toy Story ou algo que o valha.
Para as famílias coxas de hoje, a moda é ensinar os filhos a odiar desde pequenos.
Meu caçula, por exemplo, me indagou na sexta-feira passada: “Pai, a Dilma é puta e fuma maconha?” Dois colegas da classe passaram a semana dando essa notícia aos amigos. Eles têm 10 anos. A escola está pensando em como agir em casos assim.
Essa mensagem de ódio é internalizada por essas crianças todos os dias através de adultos corrompidos pretensamente chocados com escândalos de corrupção, com “tudo isso que está aí”, com comunistas, bolivarianos etc.
Está-se criando uma nova geração alimentada por uma dieta retórica que inclui a calúnia, o enxovalhamento, a demonização e a intolerância.
A mãe acha feio o moleque mandar alguém tomar no cu — a não ser que seja aquela velha nojenta que aparece na televisão ou o barbudo safado. Nesse caso, vamos rir todos juntos. Hahahahaha. Você não precisa ser um pedagogo para saber que isso não é lá muito saudável. Você não precisa ser muito esperto para saber no que isso vai dar.
A doutrinação não é apenas tolerada, mas estimulada. Ninguém deve se surpreender se, daqui a pouco, aparecer um boneco do dinossauro Barney dizendo “Vamos matar petralhas” se você apertar sua barriga.

quarta-feira, 18 de março de 2015

MUITO BOM : Nosso amor de ontem

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E então alguém fala de você. Tantos anos se passaram, não é? Éramos adolescentes e estávamos descobrindo aquela coisa ao mesmo tempo gloriosa e miserável chamada paixão. Ao ouvir seu nome, que em outros tempos teve o poder de me tirar o fôlego e o equilíbrio, empreendi uma viagem no tempo. Vi você menina que se tornava mulher: olhos verdes que enfeitiçaram a mim e a quase todos os meus amigos, o sorriso confiante de quem não teme obstáculos, a alegria soberba de quem é jovem e imagina que jamais vai deixar de ser.
Vi você naquela festa de uma amiga sua para a qual você, para minha alegre surpresa, me convidou. Aquela festa é a melhor cena que guardo dos breves e intensos e coloridos momentos de nosso amor de ontem. O vestido azul sobre a camisa amarela. Parecia uma escoteira. Era uma festa chique para meus padrões de classe média. Eu me sentia intimidado por tudo. Por seus amigos ricos, pela elegância do salão, por você mesma. Sim, eu me sentia intimidado por você. Anos depois, entendi que o medo de perder você me fez perder você. Mas éramos adolescentes naquela festa, não éramos? Como entender sutis mecanismos psicológicos?
O que eu sei é que você estava maravilhosa. A menina mais linda da festa. Ainda que houvesse concorrência, eu não tinha olhos para mais ninguém. (Ao escrever isso, me vem à cabeça uma canção romântica americana: I Only Have Eyes for You. Eu queria que esta coluna tocasse essa música tão bela e tão melancólica.) Eu só tinha olhos para você. E então você me chamou para dançar. Se eu não fosse tão inseguro, se não me achasse tão menor e pior que você, acho que já teria percebido seu interesse por mim. O convite para a festa fora uma pista e tanto. Sábado à noite. Ninguém convida ninguém para uma festa sábado à noite sem um motivo claro. E então vejo a mim mesmo naqueles dias: um carro velho emprestado por meu pai. Roupas herdadas de meu irmão. E o andar ligeiramente trôpego de quem tem uma perna uns dois centímetros menor que a outra. Tudo isso e mais o sonho tornado vão de escrever livros como os de Graham Greene.
Só acreditei que você sentia alguma coisa por mim quando nos beijamos. Acho que partiu de você a iniciativa. Todas as iniciativas partiram de você. O começo e o fim. A retomada frustrada. A dedicatória de um livro na qual você dizia que era impossível me entender. Mas não quero lembrar momentos tristes. Meu desejo é recapitular aquela festa. O beijo. O primeiro de verdade. Não podia ser verdade. Tento encontrar palavras que descrevam a minha sensação de triunfo quando os nossos lábios se uniram, mas todas as que me ocorrem parecem diminutas diante da enormidade daquilo que me assaltou a alma. Rio agora diante do pensamento de que a reação mais lógica que eu poderia ter depois do beijo era, simplesmente, dizer obrigado.
Alguém diz seu nome, tanto tempo depois. E eu tolamente a reconstruo garota. Não, o tempo não desfez aquele frescor, aquela maciez, aquela beleza clássica. Não, a vida não frustrou seus sonhos ingênuos de menina. Não houve dor, não houve sofrimento, não houve separação, não houve perdas para você. Não houve doença. Fico pensando nessas coisas bobas e não alcançáveis. Por um instante acredito que o tempo parou, magicamente, quando você era a menina mais linda de todas. Talvez seja meu agradecimento desajeitado a tantos momentos sublimes que você me proporcionou. Talvez seja apenas mais uma tolice entre tantas que tenho feito e escrito.

terça-feira, 17 de março de 2015

O que significa ‘Status Orgasmus’ e outras 26 curiosidades sexuais

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Zanzando pelo twitter, descobri o FreakFact. FatoBizarro, ou coisa assim. O nome se explica em si mesmo. Curiosidades. Mas o que realmente me atraiu foi o foco e o tom. O foco é sexo, e o tom é bem humorado, divertido, irreverente, como, aliás, o sexo deve ser.
Virei seguidor na hora.
Selecionei, para você, um punhado de coisas que vi.
1) Há um preservativo ultrapequeno chamado Hot Shot. Ele foi projetado para garotos de 11 a 14 anos.
2) Urofilia é o nome técnico da Chuva Dourada, que é apenas o velho ato de pessoas ficarem mijando umas nas outras.
3) Após o primeiro encontro, os casais esperam em média sete dias para fazer sexo.
4) É normal que o pênis se curve ou se incline ligeiramente para a direita ou para a esquerda quando ereto. Muitos pênis se curvam para cima também.
5) Quando se trata de doenças sexualmente transmissíveis, nenhum lugar no mundo pode se comparar à Ásia. É sempre a número 1 em doenças sexualmente transmissíveis.
6) Sexo agitado queima mais calorias do que o sexo suave.
7) Dar sexo oral queima em torno de 32 calorias.
8 ) Alguns efeitos colaterais negativos da masturbação podem variar de fadiga e dor pélvica até alterações na visão e perda de cabelo.
9) 80% das mulheres não acham o peito nu de um homem particularmente sexy.
10) Esmegma é uma substância branca com cheiro de queijo que se acumula ao redor dos órgãos genitais de homens e mulheres.
11) Flocos de Neve é quando o homem ejacula na boca da mulher.
12) Bolas Azuis é quando o homem fica muito animado sexualmente mas não tem orgasmo. Seus testículos podem doer muito
13) Cabeça de Galinha é um termo pejorativo para a mulher que dá sexo oral com freqüência.
14) Aréola é a área mais escura da pele ao redor dos mamilos em ambos os sexos
15) 11 de Setembro é uma gíria usada para um sexo breve que dura menos de 5 minutos.
16) Vaginismo é o aperto involuntária da vagina, devido a um reflexo condicionado dos músculos.
17) Homens que foram circuncisados demoram um pouco mais para ter orgasmo do que aqueles que não foram.
18) Música durante o sexo pode ajudar você a se concentrar mentalmente e, assim, melhorar seu desempenho na cama.
19) Segundo a teoria, as pessoas que gostam de mastigar gelo têm uma grande energia sexual.
20) Quando uma mulher tem orgasmos múltiplos, a sua condição é conhecida como Status
Orgasmus. Eles duram entre 20 e 60 segundos.
21) Em média, são necessárias duas colheres de sangue para irrigar um pênis ereto.
22) Os primeiros preservativos legalizados nos Estados Unidos eram feitos de borracha vulcanizada e reutilizados até nove vezes.
23) 60% dos homens ficam excitados quando uma mulher beija seu pescoço.
24) O lubrificador original era azeite de oliva e há sinais de que era usado já em 350 AC.
25) Mais de 1 milhão de mulheres estão agora infectadas com gonorréia e não têm idéia
26) A maioria dos homens tem orgasmo em até seis minutos depois de penetrar a mulher.
27) Os pinguins têm um único orgasmo por ano.

segunda-feira, 16 de março de 2015

O desafio de punir juízes no Brasil



juiz
Publicado na DW.

O juiz federal Flávio Roberto de Souza, flagrado dirigindo um Porsche apreendido na casa do empresário Eike Batista, está afastado das funções. Teve prisão pedida pelo Ministério Público Federal, mas negada pelo Tribunal Regional Federal do Rio. Em dezembro do ano passado, o magistrado maranhense Marcelo Baldochi foi punido por abuso de poder depois de dar voz de prisão a funcionários da TAM que o impediram de embarcar por atraso.
Mesmo com o afastamento, ambos recebem a aposentadoria compulsória, sanção máxima conferida a membros do Judiciário. Eles continuam recebendo vencimentos integrais ou proporcionais ao tempo de serviço, assim como mais de 40 juízes que, atualmente, estão submetidos a esse regime. No Brasil, um juiz só pode perder o cargo depois que for condenado e a sentença transitar em julgado – ou seja, quando se esgotarem todos os recursos.
“Essa aposentadoria privilegiada causa uma enorme revolta na população. Não é possível alguém cometer um fato grave e se retirar com uma renda muito superior à da maioria absoluta dos brasileiros”, afirma o desembargador Vladimir Passos de Freitas, professor da PUC-PR.
Propostas de reforma emperradas
A justificativa usada para a punição com aposentadoria é que os cargos são vitalícios. “Isso dá direito ao recebimento, mas não é republicano. Eles deveriam, se fosse o caso, pagar pelo prejuízo que provocaram. Não podem ser premiados com uma aposentadoria compulsória e recebimento de salários”, critica o ex-procurador Lenio Streck.
Duas Propostas de Emenda Constitucional (PECs) tramitam no Congresso para pôr fim à aposentadoria compulsória. A PEC 505, de 2010, está parada na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados. O projeto exclui a aposentadoria e permite a perda de cargo de magistrados e membros do Ministério Público. A PEC 53, de 2007, que também tramita na Câmara, prevê a aposentadoria, mas mantém intactos os vencimentos de autoridades acusadas de irregularidades.
Para Streck, a magistratura se beneficia de legislações atrasadas, que abrandam punições a juízes que cometem irregularidades. Segundo ele, vai levar anos ainda para equiparar a jovem cidadania – “porque a democracia brasileira é recente” – a uma Justiça centenária.
Corporativismo e impunidade
Segundo Freitas, a fiscalização sobre a conduta dos juízes tem melhorado, mas ainda existe muita proteção interna. “Muitas vezes os que aplicam a sanção são conhecidos dos infratores e decidem de forma muito condescendente, impondo, por exemplo, uma mera pena de advertência”, explica.
Ele acredita que a reforma da Lei Orgânica da Magistratura Nacional (Loman) pode trazer avanços para o controle disciplinar dos juízes. “As próprias associações começam a se dar conta de que não podem proteger os que têm má conduta, porque isso afeta todos indistintamente”, diz.
A Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe) se posicionou a favor da apuração do caso do juiz que utilizou o automóvel de Eike Batista, rejeitando dar apoio ao magistrado. Para Freitas, essa é uma posição inédita. “Jamais vi uma associação tomar tal tipo de atitude”, afirma o ex-presidente do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, em Porto Alegre.
Para Streck, casos como o da TAM e o do Porsche mostram que os juízes se consideraram acima dos cidadãos. Freitas lembra que esses casos são exceções. “Mas eles acabam abalando a imagem de toda a classe. Por isso penso que as medidas disciplinares devem ser rápidas e efetivas.”
Herança patrimonialista
Para Streck, as leis do Judiciário, Ministério Público e Defensoria Pública são corporativas: “Elas trazem mais direitos do que deveres. Isso faz parte da nossa herança patrimonialista.”
O especialista dá um exemplo: entidades de classe querem que a presidente Dilma Rousseff vete artigos do novo Código de Processo Civil, aprovado pelo Congresso, que exigem fundamentação das decisões judiciais. Segundo nota das três associações de magistrados do país (AMB, Ajufe e Anamatra), os vetos não têm o objetivo de “diminuir o trabalho dos juízes”, mas preservar a independência funcional e a “duração razoável do processo”.
“Quando se trata de maior responsabilização para os juízes, as entidades recuam. O modo como elas lidam com a população ainda é muito autoritário”, avalia Streck.

sábado, 14 de março de 2015

A vida na prisão de Rodrigo Gularte, o segundo brasileiro condenado à morte na Indonésia

Rodrigo Gularte
Rodrigo Gularte

Publicado na BBC.

Rodrigo Gularte está no “corredor da morte” na Indonésia, mas acredita que sua execução, tida como iminente, é parte de uma mentira.
Seu nome está nos jornais entre aqueles a serem executados em breve pelas autoridades indonésias. Mesmo assim, o brasileiro desconfia do que lê, e diz que sua pena não será cumprida. É o que contam parentes e conhecidos.
O paranaense, de 42 anos, foi condenado à morte em 2005, um ano depois de ser preso no aeroporto de Jacarta com 6kg de cocaína escondidos em pranchas de surfe.
Gularte está na prisão de Nusakambagan, conhecida como “Ilha da Morte”, à espera de uma definição sobre sua execução. No ano passado, ele foi diagnosticado com esquizofrenia paranoide e, segundo seu advogado de defesa, a legislação Indonésia não permite a execução de um preso que não esteja em suas plenas condições mentais.
O governo indonésio, no entanto, ainda não anunciou uma decisão para o caso.
A família diz que o paranaense passa a maior parte do tempo na prisão sozinho, conversando com paredes, fantasmas e “ouvindo vozes de satélites”. Os parentes aguardam o resultado de uma segunda avaliação médica, feita na semana passada, a pedido das autoridades indonésias. É o último recurso para tentar livrar Gularte da morte. A família tenta que ele seja transferido para um hospital psiquiátrico. Tony Spontana, porta-voz da Procuradoria-Geral da Indonésia, disse à BBC Brasil na semana passada que autoridades ainda aguardavam os resultados deste último exame.
Na Indonésia, a punição para o crime de tráfico de drogas é o fuzilamento.

‘Infância feliz’

A mãe de Gularte, Clarisse, de 70 anos, esteve com o filho pela última vez em fevereiro. Ela disse que seu “coração sangrava”.
“Ele está completamente depressivo, só fala coisas desconexas”, conta. Natural de Foz do Iguaçu, de uma família de classe média alta, Rodrigo teve o surfe como esporte preferido. Parentes e conhecidos falam de um rapaz alto, gentil e educado.
Para a Clarice, a infância de Gularte foi “feliz e normal”. A BBC Brasil conversou com ela por telefone em fevereiro, quando fez sua última visita à Indonésia.
“Ele tinha um comportamento razoável. Mas, com o passar do tempo, foi mudando as atitudes. E a gente quase não percebeu”, disse Clarice, com voz grave e respostas curtas e diretas.
Estas mudanças teriam começado aos 13 anos, mas pioraram quando os pais se divorciaram, diz a prima Angelita Muxfeldt, há quase dois meses na Indonésia tentando garantir a transferência de Gularte.
O primeiro tratamento contra a dependência de drogas foi aos 16 anos, quando parentes dizem ter percebido indícios de bipolaridade.
Outros viriam, sem sucesso. A depressão, aliada ao uso de drogas, só fez Gularte piorar, conta Angelita.
Clarice tentou ajudar o filho com trabalho. Gularte ganhou um restaurante para administrar, pago pela mãe. Teve um filho, autista, hoje com 21 anos, com quem pouco se relacionou.
Mas o contato com as drogas, de todos os tipos, continuou intenso.
A mãe e a prima visitaram o paranaense com frequência nos últimos dez anos. Com o pai, o médico Rubens, a relação foi só por cartas ou telefone, segundo a família.

Enredo de filme

A Indonésia é parte das rotas do tráfico de drogas no Sudeste Asiático e é conhecida por ter uma das mais duras leis contra narcóticos do mundo. A pena de morte para tráfico tem apoio popular aqui.
Mesmo assim, traficantes se aventuram, atraídos pelo lucro vindo do tráfico. Mais de 130 presos estão no corredor da morte, 57 por tráfico, segundo a agência Associated Press.
O governo alega que entre 40 e 50 pessoas morrem todos os dias no país devido às drogas, um número difícil de ser confirmado.
O presidente, Joko Widodo, disse que rejeitaria clemência a condenados por tráfico devido à “situação de emergência causada pelas drogas no país”.
A viagem de Rodrigo para a Indonésia, em julho de 2004, foi “uma tragédia”, diz a mãe. A prima fala em “erro imenso”.
Para a família, ele foi aliciado por traficantes internacionais, que se aproveitaram dos seus problemas mentais.

O que aconteceu depois poderia virar filme.
Ao ser pego, estava com outras duas pessoas, que escaparam. Rodrigo assumiu responsabilidade por toda a droga que era levada, segundo Angelita.
A mãe e a prima chegariam à Indonésia uma semana após a prisão. Um advogado se ofereceu para defender Rodrigo ainda no aeroporto.
“Nós ligamos para esse advogado, ele veio até o nosso hotel e perguntou: ‘Vocês querem ver o Rodrigo?’”, diz Angelita.
Era por volta das 21h, diz. “’Mas é possível?’ eu perguntei. Ele deu um telefonema e disse: ‘Vamos’. Chegamos na prisão, ele mandou o Rodrigo vir, o vimos e conversamos com ele. O advogado nos mostrou que era influente”.
A família ficou impressionada. Pagou pelo advogado, mas ele fugiu com o dinheiro. Perdeu prazos e recursos e, no julgamento, não apareceu.
Na verdade, nem o advogado, nem representantes da embaixada brasileira, nem a família apareceram no julgamento. Segundo a prima de Gularte, eles não teriam sido avisados.
Sem defesa, diz a prima, Rodrigo foi condenado à morte em 2005. Depois disso, ainda tentaria suicídio na prisão.

Exames e mais exames

Há três anos Rodrigo piorou, diz Angelita. No ano passado, parentes contrataram uma equipe médica para que examinasse seu estado mental.
O diagnóstico: esquizofrenia paranoide, com delírios e alucinações. E a recomendação de que ele fosse transferido para um hospital psquiátrico.
Mas o laudo não foi aceito pelas autoridades indonésias, já que os especialistas haviam sido contratados pela defesa.
Um novo exame feito por um grupo diferente de especialistas aceito pelo governo, em fevereiro, confirmou o exame inicial.
Autoridades, então, ordenaram outra avaliação, feita na semana passada, e cujo resultado ainda não foi divulgado.
Familiares dizem que há anos tentam convencer Rodrigo a receber tratamento fora da prisão. Mas ele se recusa a deixar a ilha, dizendo não estar doente.

‘Vozes de satélite’

O padre irlandês Romo Carolus conheceu o brasileiro anos atrás, nas missas que celebrava na prisão.
Fala de alguém “sensível, que nunca causou problemas”.
Diz que, nos últimos anos, Rodrigo passou a falar com “vozes de satélite e as paredes”. E que, desde o ano passado, não consegue sequer assistir às missas, antes frequentadas com certa regularidade.
Estas vozes, disseram o padre e a prima, alertam Rodrigo de que a prisão é um local seguro e que, fora dali, ele pode ser morto.
“Ele diz que no hospital não é seguro. Que ele vai ser encapuzado, algemado. Que tem franco-atiradores na ilha e que ele vai ser morto a caminho do hospital”, disse Angelita, que tem visitado Rodrigo todas as terças e quintas-feiras.
Ela conversou com a BBC Brasil após a visita da última terça-feira. Segundo Angelita, o primo cita “vidas passadas no Egito e histórias surreais”. Os outros presos teriam medo de dividir a cela com ele.
Ainda se acordo com Angelita, Gularte se recusa a tirar um boné, virado para trás, que diz ser sua proteção. Recentemente, teria perdido 15kg, disse a mãe.

‘Alcatraz indonésia’

Nusakambangan é um complexo com sete prisões, onde estão centenas de condenados por tráfico, assassinato e outros crimes.
Tem o apelido de “Alcatraz da Indonésia” e dezenas de presos estão ali à espera das execuções.
O ambiente, apesar disso, é leve, segundo o padre Carolus. “Todo mundo diz que a filosofia é do ‘viva e deixe viver’”.
O padre diz que há quadras de tênis, bibliotecas e salas para visitas.
Familiares e outros conhecidos falam de guardas educados e solidários.
Parentes podem levar dinheiro aos presos, que compram comida ou pagam por cortes de cabelo feitos por outros presos, numa espécie de comércio local.
Outros detentos fazem dinheiro vendendo artes para visitantes, afirmaram à BBC Brasil pessoas que estiveram na cadeia.
Foi em Nusakambangan que o carioca Marco Archer Cardoso Moreira foi executado em janeiro, junto com seis outros presos.
Marco havia sido preso pouco antes de Gularte, também em Jacarta, ao tentar entrar com 13,4 kg de cocaína escondidos em tubos de asa delta. Ele se tornou o primeiro brasileiro a ser executado no exterior em tempos de paz.
Na prisão, Marco e Rodrigo Gularte se encontraram. Quem os conheceu disse que o primeiro era extrovertido e o segundo mais quieto, e que a amizade que tinham era limitada.

Caso ‘pop’

A publicidade do caso tem ajudado Gularte, acredita a família.
Nove outros presos também enfrentam a pena de morte, entre eles, os australianos Andrew Chan e Myuran Sukumaran. Presos em 2005, foram condenados à morte no ano seguinte, como líderes da gangue “Os Nove de Bali”.
Antes, os australianos recebiam atenção quase integral da imprensa. Agora, o processo de Gularte tem destaque nos jornais locais e a mídia estrangeira também tem se debruçado sobre o caso.
Em diversas conversas com a BBC Brasil nas últimas semanas, a prima vibrou com notícias que via como favoráveis ao primo. Pouquíssimas vezes usou a palavra “execução” para referir-se à pena dele.
“Estamos esperançosos”, diz a prima. “O Rodrigo está doente, o laudo mostrou. Nós não estamos inventando”.

quinta-feira, 12 de março de 2015

Cinco cidades mais sexualmente ativas do Brasil


quarta-feira, 11 de março de 2015

Mulheres em feira erótica respondem: 13 cm é o suficiente?

Por Murilo Aguiar - iG São Paulo
Texto


    Nos corredores da Erótika Fair, elas deram opiniões sinceras sobre a pesquisa que apontou o tamanho médio do pênis e contaram experiências com homens bem e mal dotados
Uma pesquisa sobre tamanhos de pênis foi assunto da imprensa de todo o mundo na última semana. Um estudo da universidade King's College, no Reino Unido, analisou medições de 15.521 homens - de idades e raças diferentes – e concluiu que o tamanho médio de um pênis ereto é de 13,12 cm. Mas será que essa medida é suficiente para o prazer? O Deles circulou pelos corredores da 22ª edição da Erótika Fair, que rolou no fim de semana em São Paulo, para conversar com mulheres e perguntar a opinião delas sobre o levantamento. 
Como era de se esperar, não houve unanimidade entre as frequentadoras da maior feira do mercado erótico da América Latina. Enquanto algumas repetiram o chavão 'tamanho não é documento', outras deixaram claro que a média de 13 cm é insuficiente 
Ao lado da amiga Scheila, Letícia (esq.) opina: “Eu prefiro um maior do que 13 cm, grosso e que funcione, mas se ele tiver uma boa língua, pode ter um pequeno que não tem problema
Edu Cesar / iG
Ao lado da amiga Scheila, Letícia (esq.) opina: “Eu prefiro um maior do que 13 cm, grosso e que funcione, mas se ele tiver uma boa língua, pode ter um pequeno que não tem problema"

“Eu prefiro um maior do que 13 cm, grosso e que funcione, mas se ele tiver uma boa língua, pode ter um pequeno que não tem problema. Agora, se ele é ruim, prefiro me masturbar e me resolver sozinha”, dispara Letícia Souza*, sem a menor cerimônia.  
Já Scheila, sua amiga, não concorda: “Eles estão vendo tanto filme pornô que acham que todo homem tem pênis grande, e não é bem assim. Isso é besteira da cabeça deles”. Ela lembra, inclusive, que uma das melhores experiências sexuais que já teve foi com um parceiro que não era lá tão dotado.  
“A vontade era tão grande que aquilo não fez diferença. Teve aquele jogo de sedução, aquela coisa gostosa, e quando a gente transou rolou uma química ótima. Mas assim, muito menos de 13 cm também já é sacanagem”, brinca, esbanjando sinceridade. 
Veja as mulheres mais gatas que passaram pela Erótika Fair:
Flávia, 21 anos. Foto: Edu Cesar / iG
Flávia, 21 anos. Foto: Edu Cesar / iG
Priscila Stravazzy esbanjou sensualidade em seu show de strip tease. Foto: Edu Cesar / iG
A gata contou com a participação de alguns visitantes sortudos . Foto: Edu Cesar / iG
Priscila Stravazzy dando um show de sensualidade na 22ª edição da Erótika Fair. Foto: Edu Cesar / iG
Priscila Stravazzy dando um show de sensualidade na 22ª edição da Erótika Fair. Foto: Edu Cesar / iG
Monique Guido (esq.) e Marilia Palacine. Foto: Edu Cesar / iG
Carina Batista. Foto: Edu Cesar / iG
Carina Batista. Foto: Edu Cesar / iG
Grazzie (esq.) e Raissa, modelos . Foto: Edu Cesar / iG
Grazzie (esq.) e Raissa, modelos . Foto: Edu Cesar / iG
Grazzie (esq.) e Raissa, modelos . Foto: Edu Cesar / iG
Alessandra Telles é dançarina de pole dance e se apresentou na Erótika Fair. Foto: Edu Cesar / iG
Alessandra Telles é dançarina de pole dance e se apresentou na Erótika Fair. Foto: Edu Cesar / iG
Mariana Talarico, 28 anos. Foto: Edu Cesar / iG
Mariana Talarico, 28 anos. Foto: Edu Cesar / iG
Erika Maruyama, 32 anos. Foto: Edu Cesar / iG
Erika Maruyama, 32 anos. Foto: Edu Cesar / iG
Aline Bevenuto, de 25 anos. Foto: Edu Cesar / iG
Natasha Stanev, de 34 anos. Foto: Edu Cesar / iG
Jaqueline Marques (esq.) e Luciana Pinheiro. Foto: Edu Cesar / iG
Flávia, 21 anos. Foto: Edu Cesar / iG
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O tamanho do pênis é uma preocupação que ronda a cabeça de muito marmanjo - incluindo aí os que dizem nunca terem pegado numa régua para medir o citado. A neura se manifesta não só na cama, mas também na hora de trocar de roupa no vestiário da academia.
Se a preocupação for muito forte, o homem pode desenvolver o que os médicos chamam de Síndrome do Pênis Pequeno. Isso pode afetar vários âmbitos de vida, não só o sexual.
Cristina: “Já aconteceu de eu ficar com alguém que tinha o pênis grande e não me satisfazer
Edu Cesar / iG
Cristina: “Já aconteceu de eu ficar com alguém que tinha o pênis grande e não me satisfazer"

Tranquilizar estes homens é exatamente um dos objetivos da pesquisa do médico inglês David Veale, que foi o primeiro a realizar uma análise sistemática e formal de medidas de pênis, e também o primeiro a criar um diagrama gráfico que retrata o tamanho de um pênis flácido ou ereto.
Para modelo Cristina, os homens não devem se preocupar com as medidas. “Já aconteceu de eu ficar com alguém que tinha o pênis grande e não me satisfazer em nada. E já aconteceu de ficar com alguém com um pênis pequeno e chegar ao orgasmo logo de cara”, relata. Para ela, o que importa é “saber fazer gostoso”.
A empresária Mona, de 38 anos, tem opinião semelhante. Para ela, é tudo uma questão de compensação. Isso implica, por exemplo, que o cara de pênis pequeno desenvolva outros talentos, como dar a mulher um sexo oral de primeira e preliminares melhores ainda.
“E o cara bem dotado também tem que se preocupar com isso. Ele tem que ser um gentleman, um lorde, chamar de 'minha deusa' e só ter olhos para ela. Não adianta só ter um pênis grande, não”, avisa Mona.
As amigas e sócias Jaqueline e Lara confessam que toda mulher tem expectativa sobre o tamanho do pênis do cara com quem vai para cama, mesmo sabendo que isso pode não fazer diferença no momento da transa.
“Se o cara tem um pênis grande, você imagina 'Nossa, vai ser bom'. Ele ganha alguns pontos por isso. Mas, já peguei um cara que tinha o pênis pequeno e era sensacional, ele fazia um sexo oral maravilhoso, transava bem, era tudo de bom”, se entusiasma Jaqueline, que já conheceu um homem que tinha cerca de 8 cm de pênis. Para ser considerado pequeno pelos urologistas, o membro precisa medir até 7 cm ereto. 
Lara lembra que muito mais importante do que o comprimento é o diâmetro. “Fino eu não sinto. Parece que você está brincando com um lápis", ironiza.  
A pesquisa de Veale também analisou a circunferência média do pênis e concluiu que flácido o tamanho é de 9,31 cm, enquanto ereto é de 11,66 cm de circunferência.
Mona, de 38 anos:
Edu Cesar / iG
Mona, de 38 anos: "Não adianta só ter um pênis grande, não"

De acordo com Luciana Keller, psicóloga especializada em sexualidade e dona da boutique erótica Constantine, toda essa preocupação dos homens em torno do tamanho do pênis é uma grande besteira.  Ela lembra que a cavidade vaginal da mulher tem em média 8 cm de comprimento, e quando ela atinge um determinado nível de excitação o útero se contrai, permitindo que um pênis maior do que isso penetre o canal vaginal.
“Não é o comprimento que realmente importa, é muito mais o diâmetro, porque a maior quantidade de terminações nervosas fica na entrada do canal vaginal. É lá que ela sente mais prazer. Então, os homens que não chegaram à média não precisam se preocupar”, justifica.
Para quem ficou inseguro com essas opiniões sinceras, vale lembrar que tamanho do pênis é muito mais uma neura masculina do que das mulheres. Quem diz isso é a prestigiada Universidade da California
Um estudo realizado na universidade, com 52 mil participantes, chegou à conclusão de que 85% das mulheres entrevistadas estão satisfeitas com o tamanho do pênis de seus parceiros, enquanto somente 55% dos homens estavam satisfeitos com o próprio membro. 
*O sobrenome foi alterado a pedido da entrevistada.