Por Leandro
O plebeu e seu castelo – e ao lado um aeroporto internacional construído para ele, cravado nas montanhas de Minas Gerais, mas que recebe apenas quatro voos regionais por dia.
Quem desembarca no isolado Aeroporto da Zona da Mata, entre as pequenas cidades de Goianá e Rio Novo (MG), não repara numa figura que ocupa um banquinho na entrada, pelo menos duas vezes por semana.
Solitário, o senhorzinho descabelado, barba por fazer, cigarrinho de palha à boca e paletó mal passado vive seus dias de ócio do Poder. É o ex-deputado Edmar Moreira, o ‘Deputado do Castelo’ – cuja megaconstrução fica lá perto.
Execrado pela opinião pública por não ter declarado a construção ao TSE, ele concorreu à vaga em 2010, mas perdeu. Questionado por um passageiro o que faz no aeroporto, Edmar é sucinto: sempre buscar o filho que chega de voo de Belo Horizonte.
O aeroporto foi construído por R$ 100 milhões a mando do então presidente Itamar Franco, à época aliado e amigo de Edmar, para alavancar o turismo na região – que só tem o castelo fechado de atração (como vista de longe). Mesmo novinho, o aeroporto de Goianá ficou fechado por anos. Foi construído pela Infraero na gestão de Itamar Franco – que agora dá nome ao terminal.
BOLADA
Só entra no ‘castelo’ de Edmar Moreira quem quiser comprá-lo. A obra não vingou – desocupado, nem virou hotel como desejava – e está à venda avaliado em R$ 25 milhões. O imóvel está em nome do filho deputado estadual Leonardo Moreira.
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