Há quatro anos, quando Marina Silva concorreu à presidência da República pelo PV, 2.912 doadores, entre pessoas físicas e jurídicas, se fizeram presentes na arrecadação da candidata. Destes, apenas cinco já doaram para a campanha presidencial do PSB, de acordo com a primeira parcial da prestação de contas eleitorais, divulgada quando Eduardo Campos ainda era vivo.
À época, Marina arrecadou cerca de R$ 26 milhões ao longo de toda campanha para executar com sua publicidade. Os cinco doadores em comum foram os responsáveis por mais da metade deste valor, R$ 13,9 milhões.
Neste ano, dos R$ 8,2 milhões arrecadados até agora pela campanha à presidência do então candidato Eduardo Campos, 41,5% foram provenientes de tais doadores. O percentual equivale a R$ 3,4 milhões.
O co-presidente da Natura e dono de 25% das ações da empresa, o candidato a vice-presidente pelo PV em 2010 Guilherme Leal doou R$ 11,8 milhões para toda a campanha. Até a divulgação da primeira parcial, que ocorre sempre a dois meses antes da eleição, o empresário havia fornecido R$ 6,3 milhões. Para a campanha de Campos, a doação foi significativamente menor, de apenas R$ 400 mil.
O movimento contrário também é encontrado. A empresa Copersucar, de comercialização de açúcar e etanol com proposta sustentável, destinou R$ 1 milhão logo no primeiro mês para a campanha de Campos, enquanto, para Marina, nas eleições passadas, concedeu apenas um total de R$ 250 mil.
Já a socióloga e empresária Maria Alice Setubal, uma das herdeiras do Itaú/Unibanco e amiga pessoal de Marina, também é uma doadora em comum nas campanhas. Ela doou R$ 573,3 mil em 2010. O montante foi reduzido para R$ 200 mil com Campos encabeçando a chapa.
A construtora Andrade Gutierrez foi outra que, a princípio, diminuiu as fichas na campanha de 2014. Para a possibilidade de Marina Silva presidente R$ 1 milhão foi doado durante todo o período eleitoral. Neste ano, o valor da primeira parcial já mostra doação de R$ 800 mil.
A Cosan Lubrificantes e Especialidades S/A destinou R$ 1 milhão para a campanha com o pessebista na disputa da presidência. Em 2010, empresa do mesmo grupo, Cosan S/A Industria e Comércio, somou R$ 250 mil em doações.
Quando registraram candidaturas, em respectivas épocas, Marina limitou seus gastos de campanha para presidente em R$ 90 milhões. Já Campos, quando concorrente destas eleições com Marina de vice, previu um gasto de R$ 150 milhões.
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