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Eleições 2014
Marco Aurélio Mello defendeu que o plenário do TSE reavalie a resolução que impede o Ministério Público de abrir inquéritos durante as eleições
Marcela Mattos, de Brasília
Marco Aurélio Mello recomendou
revisar resolução que limita a atuação do Ministério Público Eleitoral durante
as eleições(Nelson
Jr./SCO/STF )
O presidente do Tribunal Superior
Eleitoral (TSE), ministro Marco Aurélio Mello, defendeu nesta terça-feira que a
Corte recue da resolução aprovada em dezembro, que limita a atuação do
Ministério Público Eleitoral durante as eleições. A afirmação foi feita
após um apelo do Procurador-Geral
da República, Rodrigo Janot, que encaminhou pedido formal ao tribunal
solicitando uma nova análise da norma.
A
resolução determina que o MP não poderá pedir a abertura de
inquéritos para apurar crimes eleitorais e estabelece ainda que a
apuração de irregularidades eleitorais deverá ser precedida de autorização
judicial. No pedido feito ao TSE, Janot ameaçou recorrer ao Supremo
Tribunal Federal (STF) caso o pedido de revisão não seja acatado.
Em nota, Marco Aurélio disse
acreditar na “evolução da decisão” tomada pelo plenário do TSE e afirmou que a tentativa de tolher a
ação do Ministério Público “conflita com o Código de Processo Penal e, portanto,
não pode prevalecer”. Diz a nota: “O Código de Processo Penal prevê que o
inquérito pode ser instaurado de ofício, pela Polícia Federal, por requerimento
de órgão judiciário, ou pelo Ministério Público”.
Durante
a sessão de votação da resolução, a última antes do recesso, Marco Aurélio foi
o único a votar contra a proposta, relatada ministro José Dias Toffoli – seu
sucessor no comando do colegiado e responsável por conduzir o tribunal durante
as eleições deste ano.
O
presidente do TSE disse acreditar “na sensibilidade do relator e do
colegiado quanto ao acolhimento do pedido de reconsideração, feito pelo
Ministério público”, o que, segundo ele, evitaria “um desgaste maior”.
O
pedido do procurador-geral somente poderá ser analisado pelo TSE a partir de 3
de fevereiro, quando o colegiado voltará das férias.
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