quinta-feira, 11 de abril de 2013

Ministério da Justiça lidera gastos com cartão corporativo em 2013


O Ministério da Justiça pagou R$ 1,3 milhão em despesas no cartão corporativo no primeiro mês do ano. Em janeiro do ano passado, os gastos do órgão foram 27,8% maiores. Em igual período de 2012, a Pasta já havia desembolsado R$ 1,8 milhão por meio do cartão de pagamentos do governo federal. As informações foram divulgadas no Portal da Transparência.
Ao todo, os dispêndios com o cartão de pagamentos do governo federal também apresentaram redução em relação ao mesmo período do ano passado. Os R$ 5,1 milhões gastos em janeiro deste ano representaram redução de 27% em relação ao desembolsado no mesmo período do ano passado – R$ 6,5 milhões.
Do montante pago com os cartões no mês, R$ 1,9 milhão, o equivalente a 38% do total, foi destinado a gastos secretos que, segundo a Controladoria Geral da União (CGU), são mantidos em sigilo para garantir a segurança da sociedade e do Estado.
Quase a totalidade dos pagamentos do Ministério da Justiça (MJ) foi realizada pelo “Fundo para Aparelhamento e Operacionalização das Atividades-fim da Polícia Federal”. O montante de R$ 1,29 milhão desembolsado pela unidade orçamentária está discriminado como sigiloso. O fundo tem por finalidade proporcionar recursos e meios destinados a aparelhar o Departamento de Polícia federal e a manter suas atividades essenciais e competências típicas.
O restante dos recursos pagos pelo MJ por meio do cartão coorporativo em janeiro de 2013 foram desembolsados pelo Fundo Nacional do Índio (R$ 14,2 mil), Arquivo Nacional (R$ 11 mil), Fundo Penitenciário Nacional (R$ 4,8 mil), Departamento de Polícia Federal (R$ 2,7 mil), no próprio órgão (R$ 1,1 mil), Fundo Nacional Antidrogas (R$ 739,37) e Conselho Administrativo de Defesa Econômica (R$ 148,00).
O Ministério do Planejamento Orçamento e Gestão (MPOG) e a Presidência da República, completam o ranking dos órgãos que mais gastaram com os cartões de pagamento em janeiro. As Pastas desembolsaram R$ 685,7 mil e R$ 646,7 mil, respectivamente.
Dentro do MPOG, a entidade responsável pelo maior gasto é a Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O instituto pagou R$ 685,7 mil com o cartão. Do valor, R$ 104,5 mil foram divididos entre servidores da Unidade Estadual do IBGE no Amazonas. Outros R$ 67,8 mil foram para funcionários do IBGE do Pará.
Na Presidência da República quem mais gastou foi a Secretaria de Administração. A unidade pagou R$ 470 mil em compras cujas informações estão protegidas por sigilo. Ainda entre os desembolsos da Presidência, a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) gastou R$ 92 mil, também em gastos secretos.
Confira os gastos no endereço: www.portaldatransparencia.gov.br
Despesas em 2012
As despesas com o cartão de pagamentos do governo federal atingiram R$ 59,6 milhões no ano passado. O valor foi semelhante aos pagamentos efetuados em 2011, quando R$ 58,7 milhões foram desembolsados.
A Presidência da República foi o órgão que mais utilizou os cartões corporativos em 2012. Ao todo foram gastos R$ 17,7 milhões, dos quais R$ 17,1 milhões destinados a gastos secretos.
A prática de não discriminar os gastos é comum. Dos R$ 59,6 milhões gastos em 2012, cerca de R$ 28 milhões foram desembolsados de forma secreta. O total representa 47% dos pagamentos realizados por meio dos cartões de pagamento.
Em dez anos, o governo federal destinou R$ 476 milhões para pagamentos efetuados com os cartões que, em regra, só deveriam ser usados em despesas excepcionais ou de pequeno vulto. O maior gasto ocorreu no último ano do governo Lula, em 2010, quando R$ 80 milhões foram desembolsados com os cartões.
Contas abertas
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