quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

A nova Bolívia




Telerico dá ar modernista à Bolívia
Telerico dá ar modernista à Bolívia
Para o viajante que volta à Bolívia depois de alguns anos de ausência, e que caminha lentamente pelas ruas estreitas de La Paz – cidade marcada por ravinas escarpadas a quase quatro mil metros de altitude – as transformações saltam aos olhos: não se veem mais pedintes, nem vendedores informais que lotavam as calçadas. As pessoas se vestem melhor, têm um ar mais saudável. E a capital tem uma aparência mais bem tratada, mais limpa, com muitos espaços verdes. Ressalta também o surgimento de novas construções. Despontaram duas dezenas de grandes imóveis e multiplicaram-se os centros comerciais; um deles tem o maior complexo de cinemas (18 salas) da América do Sul.
Mas o mais espetacular são os teleféricos urbanos, de extraordinária tecnologia futurista, que mantêm, acima da cidade, um balé permanente de cabines coloridas, elegantes e etéreas como bolhas de sabão. Silenciosas e não poluentes. Duas linhas estão funcionando agora, a vermelha e a amarela; uma terceira, a verde, será inaugurada nas próximas semanas, permitindo assim a criação de uma rede interligada de transporte a cabo de 11 km, a maior do mundo. Isso possibilitará a dezenas de milhares de moradores de La Paz economizar em média duas horas de viagem por dia.
“A Bolívia muda. Evo cumpre suas promessas”, afirmam cartazes nas ruas. E pode-se constatar que o país é de fato outro. Muito diferente daquele que conheci há apenas uma década, quando foi considerado “o Estado mais pobre da América Latina depois do Haiti.” Corruptos e autoritários em sua maioria, seus governos passavam os anos a implorar empréstimos aos organismos financeiros internacionais, às principais potências ocidentais ou às organizações humanitárias. Enquanto isso, as grandes mineradoras estrangeiras pilhavam o subsolo, pagando ao Estado royalties de miséria e prolongando a espoliação colonial.
Relativamente pouco povoada (cerca de dez milhões de habitantes), a Bolívia tem superfície de mais de um milhão de quilômetros quadrados (duas Franças, ou Bahia e Minas Gerais somadas). Suas entranhas transbordam de riquezas: prata (faz lembrar Potosí …), ouro, estanho, ferro, cobre, zinco, tungstênio, manganês etc. O sal de Uyuni tem as maiores reservas no mundo de potássio e lítio – considerado a energia do futuro. Mas hoje, a principal fonte de renda é constituída pelo setor de hidrocarbonetos: gás natural (a segunda maior reserva da América do Sul), e petróleo (em menor quantidade, por volta de 16 milhões de barris ao ano).
No decorrer dos últimos nove anos, após a chegada de Evo Morales ao poder, o crescimento econômico da Bolívia foi sensacional, com uma taxa média anual de 5%. Em 2013, o avanço do PIB atingiu 6,8%; em 2014 e 2015, segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI), será igualmente superior a 5%… É o percentual mais elevado da América Latina. E tudo isso com uma inflação moderada e controlada, inferior a 6%.
Assim, o nível material de vida dobrou. As contas públicas, embora com importantes investimentos sociais, são igualmente controladas, a tal ponto que a balança comercial oferece resultado positivo com excedente orçamentário de 2,6% (em 2014). Embora as exportações, principalmente de hidrocarburetos e de produtos de mineração, desempenhem papel importante nessa prosperidade econômica, é a demanda interna (+5,4%) que constitui o principal motor do crescimento. Finalmente, outro sucesso sem precedentes da gestão do ministro da economia, Luis Arce: as reservas monetárias internacionais da Bolívia agora equivalem a 47% do PIB, colocando pela primeira vez o país em primeiro lugar na América Latina, bem à frente de Brasil, México e Argentina. Evo Morales indicou que a Bolívia pode deixar de ser um país endividado em nível estrutural para tornar-se um país credor. Ele revelou que “quatro Estados da região”, sem especificar quais, já solicitaram crédito ao governo …
Num país onde mais de metade da população é de origem indígena, Evo Morales, eleito em janeiro de 2006, é o primeiro índio a tornar-se presidente no decorrer dos últimos cinco séculos. E, depois que assumiu o poder, esse presidente diverso rejeitou o “modelo neoliberal” e substituiu-o por um novo “modelo econômico social comunitário produtivo”. A partir de maio de 2006, nacionalizou os setores estratégicos (hidrocarburetos, indústria de mineração, eletricidade, recursos ambientais) geradores de excedentes, e investiu parte desse excedente nos setores geradores de emprego: indústria, produtos manufaturados, artesanato, transporte, agricultura e pecuária, habitação, comércio etc. Consagrou a outra parte do excedente à redução da pobreza por meio de políticas sociais (educação, saúde), aumentos salariais (para funcionários e trabalhadores do setor público), estímulos à integração (os bônus Juancito Pinto, a pensão “dignidade”, os bônus Juana Azurduy e subsídios.
Os resultados da aplicação desse modelo não se refletem apenas nas cifras acima, mas também num dado bem explícito: mais de um milhão de bolivianos (10% da população, portanto) saíram da pobreza. A dívida pública, que representava 80% do PIB, diminui e mal chega a 33%. A taxa de desemprego (3,2%) é a mais baixa da América Latina, a tal ponto que milhares de imigrantes bolivianos na Espanha, Argentina e Chile começam a voltar, atraídos pelo pleno emprego e notável aumento do padrão de vida.
Além disso, Evo Morales começou a tornar verdadeiro um Estado que até o presente não era senão virtual. É claro que a vasta e torturada geografia da Bolívia (um terço de altas montanhas andinas, dois terços de planícies tropicais e da Amazônia), assim como a divisão cultural (36 nações etnolinguísticas) nunca facilitaram a integração e a unificação. Mas o que não foi feito em quase dois séculos, o presidente Morales está determinado a colocar em prática, para dar fim ao desmembramento. Isso passa, antes de tudo, pela promulgação de uma nova Constituição, aprovada por referendo, que estabelece pela primeira vez um “Estado plurinacional” e reconhece os direitos de nações diversas que coabitam o território boliviano. Em seguida, passa pelo lançamento de uma série de ambiciosas obras públicas (estradas, pontes, túneis) com o objetivo de conectar, articular, servir áreas dispersas para que seus habitantes sintam que fazem parte de um mesmo conjunto: a Bolívia. Isso nunca havia sido feito. É a razão por que o país teve tantas tentativas de divisão, separatismo e fracionamento.
Hoje, com todos esses êxitos, os bolivianos sentem-se – talvez pela primeira vez – orgulhosos de si. Estão orgulhosos de sua cultura indígena e de suas línguas nativas. Estão orgulhosos de sua moeda, que a cada dia ganha um pouco mais de valor em relação ao dólar. Estão orgulhosos de ter o mais elevado crescimento econômico e as reservas monetárias mais importantes da América Latina. Orgulhosos de suas realizações tecnológicas como a rede de teleféricos de última geração, de seu satélite de telecomunicações Tupac Katari, de sua cadeia de televisão pública Bolivia TV. Essa cadeia, dirigida por Gustavo Portocarrero, deu em 12 de outubro, dia das eleições presidenciais, uma demonstração notória de sua excelência tecnológica ao conectar-se diretamente – durante 24 horas ininterruptas – com seus enviados especiais em cerca de 40 cidades do mundo (Japão, China, Rússia, Índia, Egito, Irã, Espanha etc.), onde bolivianos que vivem no exterior votaram pela primeira vez. Proeza técnica e humana que poucos canais de TV do mundo seriam capazes de conseguir.
Todas essas realizações – econômicas, sociais, tecnológicas – só explicam em parte a vitória esmagadora de Evo Morales e de seu partido (o Movimiento al Socialismo, MAS) nas eleições de 12 de outubro último [11]. Ícone da luta dos povos indígenas e autóctones de todo o mundo, graças a este novo triunfo, Evo conseguiu romper preconceitos importantes. Ele prova que a permanência no governo não causa, necessariamente, desgastes; e que, depois de nove anos no poder, é possível conseguir uma reeleição esmagadora. Prova também que, ao contrário do que afirmam os racistas e colonialistas, “os índios” sabem como governar e podem ser os melhores líderes que o país já teve. Prova que, sem corrupção, com honestidade e eficácia, o Estado poder ser um excelente administrador, e não uma calamidade sistemática, como pretendem os neoliberais. Finalmente, Evo prova que a esquerda no poder pode ser eficaz; que pode gerir políticas de integração e redistribuição de riquezas sem pôr em perigo a estabilidade da economia.
Mas essa grande vitória eleitoral explica-se também, e talvez sobretudo, por razões políticas. O presidente Evo Morales logrou vencer, ideologicamente, seus principais adversários, agrupados no seio da casta de empresários da província de Santa Cruz, principal motor econômico do país. Esse grupo conservador, que tentou tudo contra o presidente – desde o ensaio de divisão do país até o golpe de Estado –, acabou finalmente por submeter-se e render-se ao projeto presidencial, reconhecendo que o país está em plena fase de desenvolvimento.
É uma vitória considerável, que o vice-presidente Álvaro García Linera explica nestes termos: “Conseguimos integrar o leste da Bolívia e unificar o país, graças à derrota política e ideológica de um núcleo político de empresários ultraconservadores, racistas e fascistas, que conspiraram para dar um golpe de Estado e financiaram grupos armados para organizar uma divisão do território oriental. Além disso, esses nove anos têm mostrado às classes médias urbanas e aos setores populares de Santa Cruz, que estavam cautelosos, que temos melhorado suas condições de vida, que respeitamos o que foi construído em Santa Cruz e suas especificidades. Somos evidentemente um governo socialista, de esquerda, e dirigido por indígenas. Mas desejamos melhorar a vida de todos. Enfrentamos as empresas petrolíferas estrangeiras, da mesma forma que as empresas de energia elétrica, e as fizemos dar sua contribuição para depois, com esses recursos, dar poder ao país, principalmente aos mais pobres – mas sem afetar as posses das classes médias ou do setor empresarial. Esta é a razão por que foi possível um reencontro com o governo de Santa Cruz, e tão frutífero. Nós não mudamos de atitude, seguimos dizendo e fazendo as mesmas coisas que há nove anos. Eles é que mudaram de atitude diante de nós. Desde então, começa esta nova etapa do processo revolucionário boliviano, que é a da irradiação territorial e da hegemonia ideológica e política. Eles começam a compreender que não somos seus inimigos, que é do interesse deles praticar a economia sem entrar na política. Mas se, como empresários, tentarem ocupar as estruturas do Estado e quiserem combinar política e economia, eles não conseguirão. Da mesma forma, não pode ser que um militar assuma também o controle civil, político, uma vez que eles já têm o controle das armas.”
Em seu gabinete do Palacio Quemado (palácio presidencial) o ministro da Presidência, Juan Ramón Quintana, explica isso em uma frase: “Vencer e integrar”. “Não se trata – diz ele – de derrotar o adversário e abandoná-lo à sua sorte, correndo o risco de que comece a conspirar com o ressentimento do derrotado e embarque em novas tentativas de golpe. Uma vez vencido, é preciso incorporá-lo, dar-lhe oportunidade de juntar-se ao projeto nacional em que todos estão envolvidos, sob a condição de que admitam e se submetam ao fato de que a direção política, pela decisão democrática das urnas, é exercida por Evo e o MAS.”
E agora? O que fazer com uma vitória assim esmagadora? “Temos um programa – afirma tranquilamente Juan Ramón Quintana – queremos erradicar a pobreza, dar acesso universal aos serviços públicos básicos, garantir uma saúde e uma educação de qualidade para todos, desenvolver a ciência, a tecnologia e a economia do conhecimento, estabelecer uma administração econômica responsável, ter uma gestão pública transparente e eficaz, diversificar nossa produção, industrializar o país, alcançar a soberania alimentar e agrícola, respeitar a mãe Terra, avançar em direção a uma maior integração latino-americana e com nosso parceiros do Sul, integrar-nos ao Mercosul e alcançar nosso objetivo histórico, fechar nossa ferida aberta: recuperar nossa soberania marítima e o acesso ao mar.”
Por sua vez, Morales exprimiu seu desejo de ver a Bolívia tornar-se o “coração energético da América do Sul”, graças ao enorme potencial em matéria de energias renováveis (hidroelétrica, eólica, solar, geotérmica, biomassa), ao invés dos hidrocarbonetos (petróleo e gás). Isso, com o complemento da energia atômica civil produzida por uma central nuclear cuja aquisição está próxima.
A Bolívia muda. Avança. E sua metamorfose prodigiosa ainda não acabou de surpreender o mundo.
Paulo Nogueira
Sobre o Autor
O jornalista Paulo Nogueira é fundador e diretor editorial do site de notícias e análises Diário do Centro do Mundo.

terça-feira, 30 de dezembro de 2014

A MENTE DOS POLITICOS SUECOS

Por Claudia Wallin, autora do livro Um País sem Excelências nem Mordomias.
Debate na tevê sueca
Debate na tevê sueca
DE ESTOCOLMO
Manda o espírito cristão exercer a compaixão neste período santo, em que tantos lamentos se ouviram no Congresso pela graça bendita, e sempre piedosamente atendida, de alcançar mais um reajuste salarial para os bem-aventurados juízes e representantes do povo brasileiro.
Mas a razão clama por um sinal de que a decência existe, especialmente quando se sabe que o efeito cascata do reajuste dos supersalários produzirá em breve, e mais uma vez, o milagre da multiplicação dos salários em todas as instâncias do legislativo e do judiciário.
Até prova em contrário, as evidências são de que quem existe é Papai Noel.
Nem o mais longínquo recanto do poder será esquecido: enquanto quem pôde fazer a última ceia ainda come os restos do peru pré-temperado, os integrantes das assembléias municipais já antecipam a aprovação, em 2015, do aumento do ganha-pão dos vereadores da república.
Mas saberão talvez até os espíritos mais errantes que, na maior parte dos países deste mundo, o trabalho de vereador não é sequer remunerado.
No Brasil também já foi assim, pelo menos no caso das cidades menores: até 1977, apenas os vereadores das capitais e de cidades com mais de 500 mil habitantes recebiam salários. Em abril daquele ano, num ataque de generosidade destinado a domesticar a oposição ao regime militar, o general-presidente Ernesto Geisel estendeu a remuneração a todos os vereadores do país.
Com o fantástico decreto militar, aos poucos muitos representantes do povo nas cidades brasileiras passaram a ganhar salários exponencialmente mais altos do que o do próprio patrão – a saber, o povo.
A vaga de vereador é serviço atraente: o salário é de até 75% dos vencimentos de um deputado estadual, que por sua vez recebe 75% do que recebe um deputado federal – a partir de 2015, o contracheque dos congressistas será de R$ 33,7 mil.
Alguns exemplos: na Câmara de Piracicaba (SP), por exemplo, o salário dos vereadores, que em 2012 teve alta de 66%, chegou este ano a R$ 11.492,96. Em Curitiba, o salário é de R$ 14,2 mil. Em Dourados (MS), onde o salário chega hoje a R$ 10 mil, Câmara encerrou o ano aprovando um auto-aumento salarial e uma gratificação natalina que dará R$190 mil a 19 vereadores.
E como a caridade com a carteira alheia tende a desconhecer os limites da bondade, os impostos dos contribuintes financiam ainda as fabulosas verbas indenizatórias, que em alguns municípios chegam a incluir auxílio-alimentação para os vereadores: professores, médicos, enfermeiros e demais contribuintes pagam pelo almoço dos seus nobres representantes.
Especialmente nas pequenas cidades, sabe-se que o trabalho de vereador é pontual é esporádico: uma a duas sessões de uma hora de duração por semana, no máximo, e em muitos casos pouca coisa a fazer fora deste horário.
Nas grandes cidades, vereadores se notabilizam pela ausência ao trabalho no plenário. Levantamento feito em novembro pela repórter Pâmela Oliveira, do jornal Extra, apurou que, num período de três meses, os vereadores do Rio de Janeiro passaram apenas 16 horas no plenário – por mês, foram 5h39m. Das 42 sessões realizadas no período, 41 acabaram antes do fim da pauta, devido ao número insuficiente de vereadores em plenário.
”A gente vê que, sistematicamente, tem gente aqui que assina o ponto e vai embora. Não fica para a sessão. É inadmissível, uma irresponsabilidade absoluta dos vereadores. Nós temos que estar no plenário. Votamos apenas três vezes por semana, por duas horas. Nem nestes momentos o vereador está aqui”, disse à repórter a vereadora Teresa Bergher (PSDB).
Em São Paulo, com a campanha nas ruas, os vereadores votaram até setembro um único projeto de lei no segundo semestre: uma homenagem aos 100 anos do clube Palmeiras. Aos contribuintes, cada dia de funcionamento da Câmara Municipal custa R$ 1,4 milhão.
Vamos ver agora como é a situação em um país como a Suécia, por exemplo.
Em nenhuma cidade sueca, os vereadores recebem salário. A representação nas assembléias municipais é considerada uma atividade política a ser exercida em paralelo a um emprego remunerado, de onde todo político local deve tirar seu próprio sustento. Vereadores suecos também não têm direito a carro com motorista particular, e nem a caros gabinetes: trabalham de casa.
”Na Suécia, a função de vereador é considerada um trabalho voluntário”, disse Hanna Brogren, Diretora de Comunicação da Prefeitura de Estocolmo, em entrevista para o livro ”Um País Sem Excelências e Mordomias”.
”Temos uma lei que permite a um vereador se ausentar por algumas horas do trabalho, quando necessário, para se dedicar à atividade política. Nestes casos, a Câmara ressarce o vereador pelas horas não trabalhadas que seu empregador desconta do salário”, explica Hanna.
A área metropolitana de Estocolmo tem 26 municipalidades, com população superior a 2,1 milhões de habitantes. A área urbana da capital sueca concentra aproximadamente 1,4 milhão de residentes.
As sessões na Câmara acontecem esporadicamente, como é comum na maioria dos países. Numa engenhosa dedução, os suecos compreenderam que não faria sentido pagar salário aos vereadores, uma vez que a função não exige dedicação em tempo integral.
Como me contou a vereadora Karin Hanqvist, os vereadores recebem apenas uma gratificação mensal, equivalente a cerca de 235 dólares.
Salário de verdade ela ganha como funcionária de uma creche, ”um emprego normal, como tem qualquer vereador”: ”Somos cidadãos comuns, eleitos para representar o cidadão comum. E cidadãos comuns trabalham em empregos regulares”, disse Karin.
Vereadores suecos ganham, além da gratificação mensal, um adicional de cerca de 150 dólares por sessão realizada na Câmara.
”Mas se um vereador participa apenas de parte da sessão, pagamos apenas a metade do valor do adicional”, diz Ida Strid, do Secretariado da Câmara Municipal de Estocolmo.
Pergunto a ela se os vereadores têm algum tipo de benefício, como auxílio-transporte.
”Não. Mas se a sessão na Câmara se estender além das dez da noite, eles podem pegar um táxi para casa. Além disso, eles têm direito a estacionamento gratuito nas noites em que há sessão na Câmara”, responde ela.
Algum outro benefício?
”Sim. Os vereadores têm direito a receber gratuitamente o jornal do Parlamento, ”Riksdag&Departement”, e a publicação da associação de empregadores dos condados e municipalidades, ”Dagens samhälle””, diz Strid.
Nas assembléias municipais de toda a Suécia, 97 por cento dos políticos não recebem salário. Na Prefeitura, a lista dos assalariados inclui o prefeito e os 11 vice-prefeitos.
Na Stadshuset, a belíssima construção que sedia a Prefeitura e a Câmara Munipal de Estocolmo, encontrei certo dia a vereadora Christina Elffors-Sjödin.
Produziu-se o seguinte diálogo:
. O que a senhora acha do fato de trabalhar como vereadora desde 2006 sem receber salário?
CHRISTINA ELFFÖRS-SJÖDIN: Acho bom, porque penso que não devemos ter vereadores pagos.
. Por que não?
CHRISTINA ELFFÖRS-SJÖDIN: Porque estamos aqui exercendo a nossa cidadania, em uma atividade que não exige dedicação em tempo integral, e portanto não devemos ser pagos por isso. Se pagássemos salários a vereadores, muitos estariam aqui não por causa de um comprometimento para mudar as coisas para melhor, e sim para ganhar dinheiro e fazer carreira. Seria, então, um trabalho. E não acho que ser vereador é um trabalho.
. O que é ser vereador?
CHRISTINA ELFFÖRS-SJÖDIN: É um trabalho voluntário, que pode ser perfeitamente realizado nas horas vagas. Para isso, temos uma pequena gratificação, que na verdade tem um valor extremamente baixo, mas é suficiente. Para receber salário, trabalho como diretora de uma creche em tempo integral.
. Por que um vereador não deve trabalhar em tempo integral e receber salário, como os deputados do Parlamento sueco?
CHRISTINA ELFFÖRS-SJÖDIN: Porque eles (os deputados) trabalham muito mais do que eu. Eles representam todo o país. Eu represento apenas Estocolmo, e não há uma carga de trabalho que justifique o trabalho remunerado em tempo integral.
. A senhora não recebe nenhum tipo de auxílio-transporte. Como paga por seus deslocamentos na cidade como vereadora?
CHRISTINA ELFFÖRS-SJÖDIN: Bem, é também para esse tipo de gasto que ganhamos a pequena gratificação mensal da Prefeitura. Mas como preciso trabalhar na creche todos os dias, uso na verdade o cartão que dá direito a utilizar os transportes públicos, que compro com meu próprio salário.
. Que tipo de transporte a senhora usa para vir à Câmara Municipal?
CHRISTINA ELFFÖRS-SJÖDIN: Trem. Moro no subúrbio, tomo o trem até a Estação Central de Estocolmo e de lá caminho cerca de dez minutos até a Stadshuset (sede da Prefeitura e da Câmara).
Como faria um político sueco, decidi em seguida pegar um trem para o distrito de Skärholmen, a fim de encontrar o subprefeito local.
O subprefeito Jon Johnsson, que na nomenclatura sueca ocupa o cargo de presidente do Conselho Distrital de Skärholmen, marcou a entrevista para o final da tarde de uma quinta-feira. Teria que ser um final de tarde, porque é quando ele encerra o expediente como diretor de uma escola primária. E teria que ser uma quinta-feira, pois é o único dia da semana em que ele pode usar uma sala no prédio da administração pública do distrito, normalmente ocupada por uma funcionária pública.
Skärholmen tem 34 mil habitantes e um orçamento invejável: a cada ano, o distrito recebe da Prefeitura 986 milhões de coroas suecas, o equivalente a cerca de 99 milhões de euros. Mas nenhum luxo cerca o presidente do Conselho Distrital.
A sala emprestada que Jon Johnsson usa tem dez metros quadrados. Ao abrir a porta, Jon me oferece um copo de água da bica, que na Suécia é potável.
Com risos quase histéricos, ele respondeu à minha pergunta sobre se o cargo de presidente do Conselho Distrital lhe confere direito a salário, secretária, assistentes ou um improvável carro com motorista.
”Não, não, não!”, exaltou-se Johnsson.
”Não quero ser descortês, mas penso que sistemas que concedem certos benefícios aos políticos são perigosos. Porque transformam políticos em uma espécie de classe superior, que não sabe como vivem os cidadãos comuns. E se um político não vivencia as mesmas condições de vida de seus eleitores, ele não pode saber o que precisa ser mudado”, raciocina Johnsson.
Claudia Wallin
Sobre o Autor
A jornalista brasileira Claudia Wallin, radicada em Estocolmo, é autora do livro Um país sem excelências e mordomias.

segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

A verdade sobre a jovem que teve suas nádegas arrancadas com um facão (imagens fortes )






No dia 19 de agosto, há quase dois meses, uma brutalidade aconteceu no município de Anápolis em Goiás (50 km da Capital Goiânia) que chocou toda população e os profissionais da saúde que receberam a jovem nessa situação. A mulher de 20 anos ainda por motivos desconhecidos teve toda a região glútea arrancada por um facão. Fotos do ocorrido se espalharam pelas redes sociais e chegaram até nossa redação com histórias desencontradas e todas inventadas. Decidimos então investigar o caso e após  horas fazendo levantamentos  chegamos a amigos e familiares da vítima. Em contato com uma pessoa próxima a jovem, essa pessoa relatou a data que aconteceu e disse que a família só ficou sabendo quando a vitima já estava no hospital de urgências internada em estado naquele momento considerado grave. A jovem trata-se de Reloina Pereira, usuária de drogas e pertencente a uma família simples e humilde que por motivos ainda desconhecidos e mesmo após meses internada ainda não relatou a ninguém o que realmente aconteceu e como aconteceu.  Boatos falsos se espalharam pelas redes sociais e em vários sites apontando que a jovem havia morrido e que havia sido agredida por seu marido durante um ataque de ciúmes. Fomos informados por amigos próximos e familiares que a  jovem é solteira e o que aconteceu não tem ligação nenhuma com marido ou namorado e apenas ela irá explicar o que aconteceu. Por enquanto a jovem continua no hospital, fazendo uso de uma sonda para fazer suas necessidades. De acordo com informações que colhemos no próprio hospital, Reloina, não corre risco de morte e já se encontra fora da UTI aguardando uma vaga no SUS para fazer um procedimento cirúrgico chamado enxerto que é a reconstrução da parte do corpo que ela perdeu. Possivelmente conseguiremos uma entrevista assim que possível com a vítima. O caso está sendo investigado e a realidade dos fatos você confere aqui no seu Portal Plantão Policial.

Não seja uma mulher perfeita



Seis comerciais vetados por ser sexy demais
Há quem diga que está faltando homem. Me parece que quanto mais essa ideia toma forma diante de nossos olhos, mais o desespero feminino se torna latente. Essa é uma constatação tão provável quanto lamentável: estamos perdendo o jogo pra nós mesmas.
Ao passo em que a máxima de que toda mulher, pra ser mulher, precisa de um homem ao lado se solidifica, traz consigo a ideia de que (quase) todo defeito masculino é aceitável: Ele te trai, mas tá faltando homem; Ele te subjuga, mas tá faltando homem. Te trata mal, te expõe ao ridículo e não te faz feliz, mas é melhor – sempre melhor – do que não ter um homem ao lado. Ele é namorado da sua melhor amiga, da sua irmã, da sua mãe ou da sua prima, mas se ele der mole é melhor aproveitar: Não é em qualquer esquina que se encontra um homem (tão valioso que dá em cima da melhor amiga/filha/irmã/prima da própria companheira).
Passamos a nos trair e nos comportar – digo “nós” enquanto mulher, mas, sem hipocrisia, nem de longe compactuo com este comportamento e nem posso generalizar – como se estivéssemos numa guerra permanente em que o prêmio é ter um homem pra chamar de seu.
O pior de tudo isso – sim, ainda pior do que nos trair e nos submeter a comportamentos masculinos inaceitáveis – é que algumas mulheres estão simplesmente deixando de ser quem são: tudo isso em nome de um relacionamento amoroso, ainda que capenga, inútil e infeliz – porque antes mal acompanhada do que só.
O mal do século é que me parece que toda mulher gosta de futebol, toda mulher é tranquila, gente boa e equilibrada. Toda mulher vira a melhor amiga da sogra e dos amigos dele, e faz carinho no Totó dele e torce pelo time dele. Toda mulher conhece todas as posições sexuais do mundo, é fogosa e completamente liberal: puta na cama e santa na rua, como nove entre dez dos homens sempre sonharam.Toda mulher prefere beber cerveja com os amigos do namorado do que sair com os próprios (a) amigos (a) ou ler um livro, ou ver um filme ou não fazer nada, porque toda mulher tem que ser a mulher perfeita. A mulher que todo homem quer, porque (lembra?) tá faltando homem. E essas mulheres perfeitas, raras e maravilhosas continuam sozinhas, exatamente como temiam. E, não, não vejo mal nenhum nisso. Mas, acredite, elas vêem. E muito.
Essa política da perfeição está se tornando visivelmente monótona ao passo que não há o que ser conquistado, não há o desejo, não há a deliciosa luta diária provocada pelas diferenças: não há problemas, e isso, por mais incrível que pareça, é broxante.
Uma mulher “perfeita” – ou que tenta incansavelmente sê-lo – é incapaz de fazer o que eu arriscaria dizer que é a única coisa capaz de conquistar um homem de verdade – já que é isso que tanto desejam: Desafiá-lo. Torná-lo ansioso pela conquista, fazê-lo construir a felicidade em vez de encontra-la pronta. As Misses simpatias e Senhoritas perfeição estão pecando por excesso.
Não seja a mulher perfeita. Seja você, mesmo que você não goste de futebol e seja ciumenta. Mesmo que você não vá com a cara do amigo mala dele. Mesmo que discorde com a mãe dele de vez em quando e demore pra se arrumar.
A perfeição é monótona e relacionar-se com alguém que não oferece qualquer desafio é deprimente. Desestimulante. Você não precisa – e não pode – ser perfeita pra merecer alguém ao seu lado: suas qualidades serão suficientes, desde que você tenha coragem de não mascarar os seus defeitos. A autenticidade é afrodisíaca. Não seja a mulher perfeita. Seja feliz!
(
Nathali Macedo
Sobre o Autor
Atriz por vocação, escritora por amor e feminista em tempo integral. Adora rir de si mesma e costuma se dar ao luxo de passar os domingos de pijama vendo desenho animado. Apesar de tirar fotos olhando por cima do ombro, garante que é a simplicidade em pessoa. No mais, nunca foi santa. Escreve sobre tudo em: facebook.com/escritosnathalimacedo

domingo, 28 de dezembro de 2014

Com mais ações deflagradas, investimentos da PF diminuem


No ano em que a operação Lava Jato, maior esquema de corrupção e lavagem de dinheiro da história do país, foi revelada, a Polícia Federal reduziu tanto os investimentos (obras e aquisição de equipamentos) quanto as despesas totais do órgão. Até 22 de dezembro, o órgão investiu R$ 137,1 milhões, cerca de R$ 51 milhões a menos do que o ano passado inteiro, situação que não deve se alterar de forma relevante nos últimos dias de 2014. Já as despesas gerais, que incluem os salários de funcionário, por exemplo, somaram R$ 4,4 bilhões. Em 2013, os gastos foram de R$ 4,6 bilhões.
pf_bocaonewsDesde o início do ano, já havia previsão que este seria um dos exercícios com menor orçamento da Pasta. As dotações para despesas correntes e de capital foram de R$ 5,1 bilhões. Em valores constantes, atualizados pelo IGP-DI da FGV, a quantia foi a menor desde 2006, quando R$ 4,9 milhões foram previstos. Do valor total autorizado neste ano, R$ 4,6 bilhões foram realmente pagos, atingindo execução de 86,6%.
Os investimentos seguem a mesma linha. Para obras e compra de equipamentos, R$ 221,1 milhões foram autorizados em orçamento. Em valores constantes, os recursos aprovados pelo Congresso Nacional para investimentos em 2014 foram os menores desde 2003, quando foram autorizados R$ 199,7 milhões. A execução das aplicações atingiu 62% até o agora.
A maior parcela dos gastos da Polícia Federal, no entanto, é com “Pessoal e Encargos Sociais”. Neste ano, 81,3% das despesas totais, o equivalente a R$ 3,6 bilhões foram para os pagamentos de salários. A previsão orçamentária era de R$ 4 bilhões, isto é, 77,6% do orçamento total autorizado.
Já as despesas correntes somaram R$ 706,9 milhões. Nessa categoria de despesa são computados os gastos com a manutenção das atividades do órgão, cujos exemplos mais típicos são: material de consumo, passagens e despesas de locomoção, serviços de terceiros, locação de mão de obra, arrendamento mercantil, auxílio alimentação, entre outros.
Entre os gastos estão, por exemplo, R$ 14,1 milhões para passagens e despesas com locomoção. Para as viagens nacionais foram pagos R$ 12 milhões, já as internacionais somaram R$ 2 milhões. O restante dos recursos foi dividido entre gastos com locação de meios de transporte, locomoção urbana e taxas de emissão de bilhete não utilizados. Os desembolsos para diárias dos próprios funcionários ou de colaboradores chegaram a R$ 85,9 milhões.
Também destacam-se no orçamento da Polícia Federal os gastos com material de consumo. Este ano, cerca de R$ 49,2 milhões foram aplicados em combustíveis, explosivos e munições, alimentos para animais, material de expediente e de cama, mesa e banho, entre outros.
Outros R$ 411 milhões foram destinados ao serviços de terceiros (pessoa física e jurídica) e locação de mão-de-obra. Nesses recursos estão, por exemplo, R$ 43 milhões para apoio administrativo, técnico e operacional, R$ 25,9 milhões para limpeza e conservação, R$ 28,4 milhões para vigilância ostensiva e R$ 2,5 milhões para serviços de copa e cozinha.
Quantidade de ações
Apesar da queda orçamentária em todas as naturezas das despesas, a quantidade de ações deflagradas pela Polícia Federal não seguiu o mesmo fluxo da redução dos desembolsos. Neste ano, segundo dados da própria instituição, 286 ações foram deflagradas. O custo médio por ação foi de R$ 15,6 milhões, obtido com a divisão do valor anual pago (R$ 4,6 bilhões) pela quantidade de operações. Neste ano as operações resultaram em 2.137 prisões.
No ano passado, foram deflagradas 316 ações, com 1.825 prisões. Em média, foram investidos R$ 15,5 milhões por ação, já que o orçamento foi de R$ 4,9 bilhões. Em 2012, quando ocorreu quantidade recorde de operações, houve despesas de R$ 5 bilhões, mas, com 348 ações deflagradas, a média de gastos por ação caiu para R$ 14,4 milhões.
Outro lado
Embora o levantamento do Contas Abertas tenha considerado os recursos que foram realmente desembolsados nos anos em questão (valores quitados com os orçamentos dos exercícios mais os restos a pagar pagos), a Polícia Federal considerou que ocorreu alta nos investimentos deste ano, tendo em vista o valor empenhado (recursos reservados no orçamento para pagamentos futuros).
Em nota, o órgão afirmou que a PF apresenta um dos melhores índices de execução orçamentária dentre os órgãos públicos, o que permitiu aquisições fundamentais nos últimos anos. A título de exemplo, citaram: a aquisição de 2 mil pistolas, 238 armas longas, duas aeronaves, 14.840 coletes balísticos, 15 robôs anti-bombas, 8.500 computadores para uso policial, entre outros.
A Polícia Federal ressaltou também a inauguração das novas sedes da PF nos estados do Acre, Amapá e Roraima, além das delegacias em Presidente Prudente/SP, Santa Cruz do Sul/RS e Campina Grande/PB

sábado, 27 de dezembro de 2014

É PEDOFILIA OU NÃO ???

É pedofilia?

Namoro de Ronald, de 14 anos, com mulher de 27 gera polêmica nas redes sociais 
 
Professora que se envolveu com o filho de Ronaldo alegou que não sabia a idade do menor

Um jovem de 14 anos, que trabalha como DJ em uma balada e tem um affair com uma mulher 13 anos mais velha. O relacionamento de Ronald, filho de Ronaldo Nazário e Milene Domingues, com a professora Lu Bernardi, de 27 anos, causou um rebuliço nas redes sociais. Muitos internautas questionaram não só o fato de ele estar dando expediente em festas em que a idade mínima exigida é 18 anos e onde há consumo de bebidas alcóolicas, como também por enxergarem no relacionamento um claro indício de pedofilia. 
— Se ele tem só 14 anos, o que faz em uma balada?? Já era para estar em casa dormindo...Cadê o conselho tutelar???
— Se fosse um homem de 27 e uma menina de 14, a polícia já teria prendido.
— Pedofilia. Deveria ser presa. Ainda é educadora infantil... Denegrindo a imagem e bons professores.
— Uma marmanja dessa com um pirralho. Aff... Pedofilia pra mulher não existe, né? Vai um rapaz maior de idade namorar uma novinha...
— Mulher velha pegando moleque novinho pode. Aposto que, se fosse o contrário, estariam chamando o cara de porco ou pedófilo.
As reações de indignação foram muitas, mas, segundo a lei, o ato libidinoso, por maior carga de imoralidade que possa apresentar, perde a tipicidade penal se for praticado de comum acordo pelas partes, desde que maiores de 14 anos e estejam em condições de consentir.
Tivesse Ronald menos de 14 anos, a história seria diferente. Pelo direito agora vigente, "se a cópula vaginal ou outro ato libidinoso for praticado no dia anterior ao aniversário de 14 anos da vítima, estaria caracterizado o crime de estupro contra pessoa vulnerável", punido de forma mais severa. Já no dia seguinte, a vítima terá completado seus 14 anos de idade e o crime será de estupro comum qualificado pelo resultado, cuja pena é menos severa, mas exige o constrangimento ou a violência, o que não foi o caso de Ronald e Lu.
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Para a terapeura de família Lidia Aratangy, ninguém deveria levar tão a sério o namoro de um garoto de 14 anos, independente da idade da parceira.
— Nessa idade, os jovens estão fazendo ensaios para a vida amorosa. Na minha casa, havia uma norma que dizia que só seriam levados a sério os relacionamentos feitos depois que o pé parasse de crescer. Enquanto não se soubesse o tamanho do sapato que serviria no pé, não dava pra saber que parceiro ou parceira servia como objeto de amor.
Também chamou a atenção da especialista o fato de, aos 14 anos, o garoto ter um trabalho e gozar de certa autonomia — critérios fundamentais para caracterizar um adulto. Lu Bernardi alegou,em entrevista ao R7, que conheceu Ronald na balada e ele teria dito a ela que era maior de idade. 
—  Não sabia [que ele tem 14 anos], ele me disse que tinha 18 anos! Por não ser imaturo, ter um papo legal, eu acreditei. Mas quando soube da verdadeira idade, até eu fiquei perplexa. 
Para a dra. Lidia, o fato de ser flho de quem é, também faz com que ele receba mais atenção.
 
— Quantas meninas (de qualquer idade!) se interessariam por ele se ele não fosse filho do craque Ronaldo? Aposto em boa parte da torcida do Corinthians...  
 
Para o psiquiatra Estevam Vaz, ao ver que se trata de um menino de 14 anos, ter uma reação de natureza moral é quase inevitável.
 
— Catorze anos?? Isso não caracteriza crime contra menor, não? Meninos e meninas se apaixonam na adolescência, é bastante comum, porém uma pessoa nessa idade não tem maturidade emocional para "arcar" com esta situação "como se adulto fosse" — e, no caso, uma das metades do "casal" é um adulto. Obviamente, quanto ao aspecto sexual, eles podem até usufruir do prazer, pois trata-se de algo imediato e que é alvo de muito interesse e curiosidade na idade do menino... Porém, se formos pensar em uma relação amorosa de verdade, resta a pergunta: quem vai botar o pão na mesa amanhã cedo?   

 Fonte: http://entretenimento.r7.com/mulher/e-pedofilia-namoro-de-ronald-de-14-anos-com-mulher-de-27-gera-polemica-nas-redes-sociais-24122014

EXCLUSIVO : Fotos de um matadouro de cobras na Indonésia


  • Eles são criados depois de tirar sua pele, que é então vendido e transformado em bolsas, cintos, carteiras e sapatos
  • Há uma variedade de formas as cobras são mortas, embora alguns métodos são considerados excepcionalmente cruel
Em uma fábrica de uma pequena cidade javanesa, as carcaças sangrentas de milhares de cobras mortas  empilhados no chão.
É aqui, na vila Kapetakan da Indonésia, as cobras são abatidas para alimentar o apetite em expansão do Ocidente de bolsas  e sapatos.
Estas fotos incríveis mostram a grande quantidade de cobras que passam por suas portas, com comprimentos de peles, totalizando centenas de metros vendidos para fábricas de saco nas províncias Oeste 
Há uma variedade de maneiras para cobras para serem mortos e sem pele, apesar de um método tem sido citado por muitos como excepcionalmente cruel e ultrapassada.
A cobra é morta  com um golpe na cabeça da parte de trás com um facão 


Dois trabalhadores da fazenda de cobras na Indonésai colcam em cima de uma banca centenas de cobras que foram recém-esfolados
Um homem carrega uma bandeja de carcaças de serpentes que estão sendo deixadas para secar depois que eles foram mortos, esfolados e enrolada
Um homem carrega uma bandeja de carcaças de serpentes que estão sendo deixadas para secar depois que eles foram mortos, esfolados e enroladas
Trabalhadores embrulhar carcaças de cobra em bobinas onde eles serão deixados para secar em grandes bandejas depois de ter sua pele arrancada
Um homem organiza dezenas de pequenas cobras em uma bandeja na fazenda cobra indonésio
Trabalhadores embrulham carcaças de cobras em bobinas depis de ter sua pele arrancada. Eles serão vendidos pela sua carne, enquanto suas peles são vendidas e transformadas em bens de luxo
Dois funcionários da fazenda cobra mostrar uma pele de cobra seca que mede vários metros de comprimento
Dois funcionários da fazenda  mostram uma pele de cobra seca que mede vários metros de comprimento
Este fim acima da foto mostra o processo de esfola, uma vez que é feito à mão.  Uma pilha de carcaças de cobra mentir em uma pilha sangrenta no fundo
Este fim acima da foto mostra o processo de esfola, uma vez que é feito à mão. Uma pilha de carcaças de cobra 
Um trabalhador agrícola tenta limpar uma pilha de cobras mortas desde o chão de fábrica
Um trabalhador agrícola tenta limpar uma pilha de cobras mortas no chão de fábrica
Duas cobras mortais traseira para cima, enquanto frente para o outro.  Eles também acabará por ser morto para a sua pele e carne

Um homem segura um feixe de cobras mortas até a câmera, enquanto seus colegas continuam esfola a partir de uma pilha separada
Um homem segura um feixe de cobras mortas até a câmera, enquanto seus colegas continuam esfolar
Um funcionário fuma um cigarro enquanto ele lida com uma pilha de carcaças de cobra e suas peles
Um funcionário fuma um cigarro enquanto ele lida com uma pilha de carcaças de cobra e suas peles
Uma pilha de cobras, ainda vivo, crawl uns sobre os outros como eles esperam seu destino ao matadouro na vila Kapetakan na Indonésia
Uma pilha de cobras, ainda vivo, crawl uns sobre os outros como eles esperam seu destino ao matadouro na vila Kapetakan na Indonésia
Esta foto mostra milhares de carcaças de cobra empilhados juntos no chão do matadouro
Esta foto mostra milhares de carcaças de cobra empilhados juntos no chão do matadouro
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