segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Presidente sírio diz que não se curva a pressões internacionais

 


Brasília – O presidente sírio, Bashar Al Assad, disse que seu país não vai se curvar diante da pressão internacional e que vai continuar enfrentando as "gangues armadas" que, segundo ele, vêm gerando violência nas ruas. Em entrevista ao jornal britânico Sunday Times, ele disse que a unidade e a estabilidade na Síria estão em risco.
Um ultimato dado pela Liga Árabe ao país para o fim da repressão violenta dos protestos antigoverno terminou na noite de sábado (19), mas não há sinais de que os confrontos estejam diminuindo.
Assad aceitou, em princípio, o plano de paz proposto pelo grupo de nações árabes, mas teria sugerido mudanças no número de observadores a ser enviado ao país, que seria reduzido de 500 para 40. Esses observadores iriam supervisionar a implementação do plano de paz, que prevê que o governo pare de atacar manifestantes, retire militares de áreas de tensão e comece a negociar com a oposição.
As alterações estão sendo analisadas pela Liga Árabe, mas críticos dizem que a negociação é apenas uma manobra do governo sírio para ganhar tempo.
Na entrevista ao jornal britânico, Assad acusou a Liga Árabe de criar um pretexto para uma invasão ocidental em seu país, o que, segundo ele, criaria um "terremoto" no Oriente Médio.
Ele prometeu realizar eleições em fevereiro ou março, quando os sírios escolheriam representantes no Parlamento para criar uma nova Constituição. Esta, por sua vez, determinaria a realização eleições presidenciais no futuro.
Segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos, um grupo de oposição baseado na Grã-Bretanha, ao menos 27 pessoas morreram em confrontos no sábado.

Nenhum comentário:

Postar um comentário