quarta-feira, 2 de novembro de 2011

No mês de aniversário da Baía de Todos os Santos, MP faz balanço de 2011 e planeja novas ações

 

Monitoramento da qualidade do ar, combate à pesca com explosivos, implementação e estruturação do serviço de esgotamento sanitário. Estes são apenas alguns dos trabalhos desenvolvidos pelo Ministério Público do Estado da Bahia, através do Núcleo Baía de Todos os Santos (NBTS). Nesta terça-feira, 1º de novembro, a Baía de Todos os Santos completa 510 anos de descoberta. No dia 18, o NBTS reunirá, na cidade de Cachoeira, os promotores de Justiça das comarcas que integram o núcleo. Os membros do MP irão avaliar os projetos desenvolvidos em 2011 e planejar ações conjuntas para o ano de 2012.

Sob a coordenação da promotora de Justiça Cristina Seixas Graça, o NBTS vem adotando metas estratégicas para combater problemas detectados ao longo de avaliações realizadas nos municípios que compõem o núcleo. Entre os principais danos causados à Baía de Todos os Santos pela poluição e pela degradação ambiental estão a contaminação por metais pesados em Santo Amaro, os vazamentos de óleo em decorrência das atividades petrolíferas em Aratu, o descontrole e a desorganização da atividade portuária, com a descarga de poluentes no mar, além da pesca com explosivos que atenta contra o equilíbrio da vida marinha e a sustentabilidade das famílias que sobrevivem da pesca e mariscagem artesanais.

Segunda maior baía da costa brasileira, com mais de 16 mil km² de área, a Baía de Todos os Santos é um dos maiores golfos do Brasil e teria sido descoberta em 1501, pelo explorador Américo Vespúcio, que fazia então os primeiros registros oficiais sobre parte do litoral de onde hoje fica o estado de Bahia, inclusive a cidade de Salvador. Assim, além da importância ambiental, a baía é também um elemento importante na preservação da memória e da história do Brasil.

Estabelecer prioridades num universo tão abrangente é um dos principais desafios enfrentados pelo Núcleo Baía de Todos os Santos, que leva em conta os fatores ambientais, sociais e culturais relativos à baía. “É um desafio, e conforme temos observado, somente a correlação de forças de todos os segmentos sociais, poderá buscar alternativas de preservação. O NBTS é mais um agente nesta luta e não mede esforços para proteger o equilíbrio de seu meio ambiente e preservar o que ainda não foi atingido pelo progresso desenfreado que tem destruído a baía”, conclui a promotora de Justiça Cristina Seixas Graça.

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