sábado, 16 de junho de 2012

AS 11 PRAGAS DA BAHIA


1) GUARDADORES DE CARRO
Eles são como a Mônica das revistinhas do Maurício de Souza: os donos da rua. Invariavelmente chamam todo mundo de patrão. Gostam de um goró e de andar sujos. Querem pagamento adiantado. E se o ladrão vier e pagar o resto da ponta, eles liberam a sua barca. A orla está infestada desses quase-profissionais e eles já começam a planejar aumento no preço do serviço, visto que o PDDU vai embelezar a área. Os guardadores de carro são também os arranhadores dos carros. E você é o menino que Deus guarda.
2) BRAU
Do inglês, Brown: marrom, a cor do barro. O Brau é uma alegoria ambulante. Um tipo todo enfeitado, cheio de nove horas, gueri-gueri, leotrias, nó-pelas-costas; todo franganhento, despinguelado, camisa florida, cabelo desgrenhado (mesmo careca)... enfim, não dá pra não notar a presença de um verdadeiro brau. É um estilo de vida congênito, não adianta tentar simular brauzice (vários mauricinhos o fazem, mas em vão). Tipo de extrema complexidade, não cabem aqui todas as considerações sobre ele.
3) LIXO NAS RUAS
Não tem jeito que dê jeito. Pode botar uma lixeira de ouro, todo mundo só joga lixo no chão. O mau-hábito não tem preconceito de classe, cor, credo, nem sexualidade: pelas janelas dos carros das dondocas, pelas janelas dos quartos dos barracos, pelas telas de Jayme Figura, pelas janelas... quem é ela, quem é ela? É sempre a mesma porcaria atirando objetos e dejetos em local impróprio: e pensar que o Barradão tá logo ali, mas, mesmo assim, jogaram o Bahia em Camaçari. Devia ter Canabrava pra esse pessoal. Mesmo nas festas, como no carnaval, a galera só sai no lixo. É o hábito!
4) FILAS
Seja no Ferry. No SIMM. No Hospital Irmã Dulce. No banheiro do Iguatemi. Ou no Salvador Card. Ou no Banheiro do bar. Ou pro presente de Yemanjá. Ou no Prato do Povo. Ou no parto do povo. No show de Edson Gomes. Na hora do comes-e-bebes. Na casa do caralho. No caralho a quatro. Enfim, pra tudo em Salvador, tem fila. Pra filar a bóia na casa da Mãe-Joana, entre na fila. Pra comer a gostosa da rua, entre na fila. Pra entrar na fila, entre na fila. Já tem até viciado em filas. Uns caras que adoram ficar naquela configuração bizarra: um atrás do outro pra não se perder. Os baianos gostam tanto, que o governo municipal teve que arrumar uma lei proibindo todo mundo de ficar nas filas dos bancos por mais de 15 minutos. E ninguém obedece. 'Rebanho de filas da puta'.
5) Essa, só leia após ler as seguintes. É fácil descobrir, porém leia antes as pragas 6 a 11. No final você verá!

6) SOM DE CARRO
Houve um tempo em que carro era pra se ir de um lugar a outro. No máximo serviam de motel também (hotéis motorizados). Mas os tempos mudam. E de carro, mudam muito mais rápido. Na Bahia, hoje em dia, os autos servem muito mais como discoteca que como qualquer outra coisa. Nos bares como nas praças, nas praias... sempre chega um fdp e abre o berreiro. O repertório é sempre o mesmo pagodão, arrocha, Axezão e outras diarréias...
Não tem c* que agüente. Ninguém pode mais conversar. E as 'piri' começam a mostrar o pacotão em volta do porta-malas aberto, formando o brega. Eu, se tivesse bala na agulha, instalava o meu som potente também, parava ali na Ribeira em plena segunda gorda e atacava de Beethoven: 5º Sinfonia. Aí eu queria ver quem ficava...
7) CAÇA-TURISTAS
Essa praga é bem variada. Em geral trata-se de baianos por profissão. Mas isso pode se manifestar de muitas formas: desde as 'falsas baianas' até os caras que enrolam os gringos nas fitinhas do Bonfim. O principal exemplar da raça, entretanto, é o 'caça-gringa-mais-que-gringo' (embora os gringos viados também caiam no 'piau'): São uns malhadinhos, invariavelmente capoeiristas e batuqueiros de bloco afro; rastas; sorrisonhos o dia todo; e cheios de trejeitos baianos de encomenda. Parecem um personagem de RAIAI!
O habitat natural é o Pelourinho, mas com a tendência dos gringos de quererem conhecer 'a vida real' da Bahia, estão se reproduzindo também em cativeiro: da Av. Peixe aos bares da Orla. As louras não se dão... ou melhor, se dão fácil-fácil... depois de umas lourinhas, então... nem se fala. Até por que eles nunca falam nem portunhol.
8) BUZU
Talvez seja a mais nociva das pragas baianas. O sistema rodoviário de Salvador é pior que o de Burkina Faso e da Etiópia juntos. Além de caro. Os buzus passam toda hora: um passa às 10 outro às 11 e assim por diante. O cara paga 2 contos e não tem direito nem a sentar. Os motoristas não param no ponto. Os carros são sujos e muito, mas muito velhos.
Se tiver uma poça de lama num dia chuvoso, saiba, o buzu vai passar e manchar sua vida. Os tarados ficam fazendo terra em sua mulher; Quando não em você mesmo. As baianas e os feirantes (por falta de opção, diga-se) emperram a passagem com seus cestos e balaios. Ninguém segura os meus embrulhos. A lei da física que diz que 2 ou mais corpos não ocupam etc. no ônibus ocupam o mesmo lugar no espaço sim. E agora inventaram o Salvador Card pra acabar de f* tudo. Mas este é uma outra Praga, que merece uma matéria inteira. O pior, pra terminar o interminável, são os sacanas que ficam na frente do buzu e não vão saltar. Aí, só matando...
9) CHICLETE COM BANANA
O Chicletão é uma praga. Uma praga baiana de alcance internacional. Durante todo o ano, não tem tempo ruim, nem choro nem vela. Nas esquinas, nas festas, saindo pelas janelas dos barracos, das casas, das mansões... não há como ficar imune à guitarra de Bell levando letras praieiras, pegajosas e muito chatas.
Carnaval então, nem se fala: São 2 blocos (pra não dizer tijolos), o de dentro e o de fora das cordas. Ambos enormes. A turba imensa repete com fervor os refrões (músicas de Axé são só refrões) e se esbalda em levar e dar socos, pontapés e dedadas... Tem gosto pra tudo. 'Então diga que valeu...'
10) MIJAR NA RUA
A cidade não tem banheiros. É verdade. Os banheiros de bar são como zonas nucleares (e os donos só permitem acesso aos clientes). É verdade. Vontade de mijar é foda. É verdade. Mas que a galera gosta de tirar o p* e encostar nos postes, nos muros ou mirar docemente pro infinito, deixando respingar os transeuntes ao redor... ah! isso gosta. É a coisa mais comum em qualquer área, nobre ou pobre, da cidade, ver alguém sacudindo a ferramenta com aquelas mãos asquerosas... e o riacho vai escorrendo na direção da rua... o prefeito, sempre ele, já pensou em botar banheiros em forma de poste e/ou muro, pra facilitar a adaptação da moçada aos hábitos de boa-família, iniciando um sonhado projeto educativo. Fala-se, nos bastidores, até em Bolsa-Mijo. Vale tudo!
11) PREFEITO CAETANO.
A Cidade de Camaçari,está literalmente decepcionada com o atual gestor,o cara não cumpri nada do que fala,prioriza familiares e alguns cúmplices,CAETANO NUNCA MAIS

Mais wwwcamacarimagazine.blogspot.com

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