- O político baiano Geddel Vieira Lima, que deve concorrer ao governo da Bahia em 2014, gosta de brincar com fogo. Indicado por Michel Temer para uma das mais poderosas vice-presidências da Caixa Econômica Federal, a de pessoas jurídicas, ele tem sido, desde o início do governo Dilma, um dos mais abusados aliados da presidente. No início do ano, foi o pivô de uma guerra pública na Caixa Econômica Federal, entre PT e PMDB. Nas eleições municipais de 2012, rompeu com a aliança governista e foi um dos principais artífices da eleição de ACM Netto, do DEM, em Salvador. Em entrevista recentes, não tem poupado elogios a Eduardo Campos, do PSB, sinalizando que uma ala do PMDB poderia até vir a apoiá-lo contra Dilma. Mas, neste sábado, talvez tenha ocorrido a gota d'água, que pode até selar seu destino na Caixa Econômica Federal.
Como se sabe, na convenção do PMDB, ocorrida em Brasília, a presidente Dilma reafirmou sua aliança com Michel Temer, deixando claro que a chapa de 2014 seria a mesma de 2010. Mais do que isso, ela fez seu mais enfático discurso em defesa da aliança. Citou Ulysses Guimarães, disse que governa junto com o vice Michel Temer e afirmou que a parceria PT-PMDB terá vida longa.
E o que fez Geddel? Disse que o discurso de Dilma foi "insuficiente" por não lançar Michel Temer a vice – o que, neste momento, a quase dois anos das eleições presidenciais, seria até ilegal. Dilma saiu possessa. E não será surpresa se Geddel, na próxima semana, tiver que procurar um novo emprego.
Nenhum comentário:
Postar um comentário