segunda-feira, 25 de março de 2013

Líder do PMDB vira réu no STF por estelionato

Líder do PMDB vira réu no STF por estelionato

Por maioria dos votos, ministros do Supremo Tribunal Federal decidiram ampliar as investigações contra Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Ele é acusado pelo MPF de ser “único favorecido” com falsificação que barrou processo no TCE-RJ


Gustavo Lima/Câmara dos Deputados
Deputado disse ser vítima de um "ex-procurador fraudador"
Por seis votos a três, o Supremo Tribunal Federal (STF) aceitou denúncia contra o líder do PMDB na Câmara, Eduardo Cunha (RJ), por uso de documentos falsos. Desta forma, o peemedebista passa de investigado em um inquérito para réu em ação penal. Em nota, Cunha afirmou respeitar a decisão da corte. No entanto, disse ser vítima do “malfeito de um estelionatário já condenado” e de um “ex-procurador fraudador”.
Relator do caso, o ministro Gilmar Mendes disse que a denúncia contra Cunha estava “bem delineada”. “Existem indícios suficientes para receber a denúncia”, afirmou. Por isso, votou pela continuidade das investigações. Acompanharam ele os ministros Teori Zavascki, Rosa Weber, Cármen Lúcia, Marco Aurélio Mello e Joaquim Barbosa. Já Luiz Fux, José Antonio Dias Toffoli e Ricardo Lewandowski se posicionaram pelo arquivamento.
O líder do PMDB foi denunciado pelo procurador-geral da República, Roberto Gurgel, por usar, segundo a acusação, documentos falsos na tentativa – bem sucedida até o ano passado – de barrar uma investigação do Tribunal de Contas do Estado (TCE) do Rio de Janeiro sobre irregularidades atribuídas à sua gestão no comando de uma estatal fluminense. Para o PGR, Cunha foi o único favorecido da falsificação.
Em 2002, Cunha obteve do procurador do Ministério Público Elio Fischberg cinco documentos que certificavam o arquivamento das investigações naquele órgão sobre a Companhia de Habitação do Estado do Rio de Janeiro (Cehab), órgão presidido pelo peemedebista entre 1999 e 2000. Para o relator do inquérito, durante a ação penal é que vai se discutir se o líder do partido pode ser considerado culpado pelo uso dos documentos ou não.
Congresso em Foco
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