Carrinho de Compras: órgãos reservam R$ 73 mil para compra de cones |
Milton Júnior Do Contas Abertas |
Brasília interditada! Na última semana, a Câmara dos Deputados, o Supremo Tribunal Federal (STF) e a Presidência da República adquiriram 800 cones de sinalização por aproximadamente R$ 73,3 mil. O mais curioso é ver a variação do preço unitário pago pelo objeto: 300 unidades, cada uma por R$ 65 no Legislativo; 100 peças a R$ 50 no Judiciário e, finalmente, 400 cones por R$ 122 no Executivo. Se não forem usados para cercar a capital, poderão ao menos isolar a Praça dos Três Poderes, centro de Brasília, onde provavelmente será realizada a cerimônia de posse da futura presidente eleita Dilma Rousseff. É possível que os cones tenham características diferentes, já que tudo foi adquirido por meio de pregão eletrônico (leilão ao inverso). ![]() O STM também se preocupou em reservar na última semana R$ 780 para a compra de 100 porta-celulares e R$ 1,3 mil para adquirir 100 chaveiros, tudo em couro legítimo. Mais R$ 4,6 mil serão destinados a compra de 210 pastas tipo fichário, que também terão acabamento em couro. Será que tudo isso vai acompanhar uma cesta de natal?! E no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), carro novo para fechar as compras do ano de eleições. Uma caminhonete Nissan Frontier por quase R$ 106 mil. O possante 4x4 terá cabine dupla, caçamba e capota marítima. Já o Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal preferiu oferecer entretenimento aos seus servidores. Para isso contratou o grupo teatral humorístico G7, conhecido pelas apresentações “Eu Odeio Meu Chefe” e “Como Passar em Concurso Público”. A distração, que custará R$ 8 mil ao tribunal, acontecerá na tarde do dia 25 de dezembro. Para encerrar os destaques deste domingo, o Batalhão da Guarda Presidencial do Exército vai gastar R$ 89,2 mil para comprar 900 mochilas de náilon verde oliva. Já a Marinha do Rio de Janeiro, que teve participação decisiva para o sucesso no Complexo do Alemão, em cenas dignas de um "Tropa de Elite 3", anda navegando pelos mares do cinema. É que, nos dias de guerra na cidade, a Base Naval do Rio fez a "locação de equipamentos para cinema, com auxílio de eletricista e assistente" por pouco mais de R$ 4 mil. Antes que perguntem, não foi encontrado documento de empenho para aquisição de pipocas. |
segunda-feira, 6 de dezembro de 2010
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