¶- A maior demonstração de aversão à escolha do governador Jaques Wagner pelo chefe da Casa Civil, Rui Costa, para representar o PT na disputa pela sucessão em 2014 veio de um militante e respeitado escritor de esquerda.
Em artigo ácido publicado no final de semana no jornal A Tarde, Antônio Risério se refere ao desconhecido Rui, entre outros adjetivos, como "bundão autoritário" e "pequeno polegar" de Wagner.
O escritor deixou clara sua irritação com Rui Costa por ele, dois dias após a confirmação de seu nome, ter tentado desqualificar o governador de Pernambuco e presidenciável Eduardo Campos por sua interferência na corrida pré-eleitoral da Bahia.
"Primeiro, Eduardo Campos é presidente do PSB. Esse partido tem quadros de relevo na Bahia, a começar pela senadora Lídice da Mata, candidata ao governo baiano. E o presidente de um partido nacional tem de se meter, até obrigatoriamente, no jogo político de cada unidade da federação. Em segundo lugar, Eduardo é candidato a presidente. O grosseirão Rui Costa quer proibir que ele faça campanha na Bahia? Terceiro, ele vem, com Marina Silva, para apoiar a candidatura de Lídice. Não pode? O brucutu não quer?", escreve Antônio Risério.
Ele continua lembrando que o ex-presidente Lula é pernambucano e Jaques Wagner e a presidente Dilma Rousseff são cariocas "É uma atitude pequena demais. Mesquinha, provinciana, grosseira e burra – para dizer o mínimo".
Para fechar a conta, o escritor faz alerta para que, depois das declarações de Rui Costa, se desconfie sobre sua capacidade de pensar. "Pelo visto, Rui Costa não pensa no que diz, se é que por acaso pensa sobre alguma coisa, do que de agora em diante devemos desconfiar".
brasil247
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