sábado, 26 de março de 2011

Alô, Poderosa Pudorosa, nem os fabricantes do trem-bala sabem o que fazer com o trem-bala!

 

De todos os delírios em curso no Brasil, nenhum é tão caro quanto o trem bala, uma promessa de desperdício a serviço da megalomania. Dona Dilma Primeira, a Poderosa Pudorosa, no entanto, é uma entusiasta da idéia. Qual é o busílis? Por mais que o governo federal se comprometa, no limite, a arcar com o espeto bilionário, o dinheiro privado não quer entrar nessa aventura. Dilma deveria ir aproveitando os adiamentos para, aos poucos, desembarcar da idéia.
Por Renato Andrade, no Estadão Online:
Fabricantes de trens de alta velocidade encaminharam nesta sexta-feira para a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) um pedido formal de adiamento do leilão do trem-bala, que ligará as cidades de Campinas, São Paulo e Rio de Janeiro. A proposta é que a licitação seja adiada em até seis meses. A solicitação será analisada pelos técnicos da agência e enviada no início da próxima semana ao Ministério dos Transportes. O governo federal já admite a possibilidade de adiar, pela segunda vez, a licitação do trem-bala. A ministra do Planejamento, Míriam Belchior, afirmou na quinta-feira que uma “série de pedidos” estavam sendo analisados.
Apesar de ser contrário à idéia, o diretor-geral da ANTT, Bernardo Figueiredo, disse à Agência Estado que mais importante do que cumprir os prazos iniciais previstos era garantir a competição na disputa. Apesar de ser responsável pela condução do processo, a resposta final sobre o adiamento do leilão não é da ANTT e sim do Ministério dos Transportes. Pelo cronograma vigente, os interessados na disputa do projeto, orçado em mais de R$ 33 bilhões, devem apresentar suas propostas no próximo dia 11 de abril.
O pedido de adiamento protocolado nesta sexta-feira foi feito pela Associação Para o Desenvolvimento do Trem Rápido entre Municípios (ADTrem), que reúne fabricantes de trens de alta velocidade de diversos países como Japão e Coréia. De acordo com a entidade, as empresas precisam de mais tempo para “aprimorar” as propostas.
Por Reinaldo Azevedo

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