Mário Coelho
O ex-deputado José Genoino (PT-SP), um dos réus da ação penal do mensalão do PT, foi confirmado nesta quinta-feira (10) como assessor especial do ministro da Defesa, Nelson Jobim. Defensor da Comissão da Verdade, o petista vai receber um salário de R$ 8.988,00 para trabalhar na pasta. Sua nomeação era esperada desde janeiro, quando Jobim confirmou que fez o convite para ele assumir o cargo.
"Eu, no ano passado, convidei o deputado José Genoino para ser meu assessor. Ele foi uma figura importante do Congresso e nos ajudou extremamente no debate das questões relativas à defesa", disse Jobim em entrevista ao programa Bom Dia, Ministro, da EBC. "Conheço desde 1988, tenho relações estreitas, fiz o convite, mas ele ainda não me respondeu. Ficamos de conversar em fevereiro. Seria uma posição de assessor direto", adiantou na época.
Nascido em Quixeramobim (CE), Genoino exerceu seis mandatos como deputado federal. Disputou a reeleição em outubro de 2010, mas não obteve votos suficientes para permanecer no mandato parlamentar. Acabou ficando como segundo suplente da coligação. Integrava a direção da União Nacional dos Estudantes (UNE) quando foi preso pela ditadura militar, em 1968. Ao recuperar a liberdade, tornou-se militante clandestino, como membro do PCdoB. Foi combatente na guerrilha do Araguaia, na qual foi preso em 1972. Capturado pelos militares, passou cinco anos na prisão, onde foi torturado durante nove meses. Solto em 1977, passou a lecionar em cursinhos pré-vestibulares.
Em julho de 2005, enfrentou, juntamente com o seu partido, a maior crise da sua trajetória política. Foi um dos protagonistas do escândalo do mensalão. Estava na presidência do PT no momento da crise e confirmou, após depoimentos, ter avalizado dois empréstimos do partido com os bancos Rural e BMG, no valor total de R$ 5,4 milhões. Ele reconheceu ter assinado os documentos de empréstimo. Após a saraivada de denúncias, Genoino renunciou à presidência do PT.
O parlamentar sempre negou a existência do mensalão. Em 30 de março de 2006, foi denunciado pelo procurador-geral da República ao Supremo Tribunal Federal (STF) como um dos responsáveis pelo mensalão. Em agosto de 2007, o Supremo Tribunal Federal aceitou a denúncia contra Genoino e outros 11 réus pelos crimes de corrupção ativa e formação de quadrilha. Foi excluído da acusação de gestão fraudulenta, em decisão tomada por cinco votos a três pelos ministros do STF.
O ex-deputado José Genoino (PT-SP), um dos réus da ação penal do mensalão do PT, foi confirmado nesta quinta-feira (10) como assessor especial do ministro da Defesa, Nelson Jobim. Defensor da Comissão da Verdade, o petista vai receber um salário de R$ 8.988,00 para trabalhar na pasta. Sua nomeação era esperada desde janeiro, quando Jobim confirmou que fez o convite para ele assumir o cargo.
"Eu, no ano passado, convidei o deputado José Genoino para ser meu assessor. Ele foi uma figura importante do Congresso e nos ajudou extremamente no debate das questões relativas à defesa", disse Jobim em entrevista ao programa Bom Dia, Ministro, da EBC. "Conheço desde 1988, tenho relações estreitas, fiz o convite, mas ele ainda não me respondeu. Ficamos de conversar em fevereiro. Seria uma posição de assessor direto", adiantou na época.
Nascido em Quixeramobim (CE), Genoino exerceu seis mandatos como deputado federal. Disputou a reeleição em outubro de 2010, mas não obteve votos suficientes para permanecer no mandato parlamentar. Acabou ficando como segundo suplente da coligação. Integrava a direção da União Nacional dos Estudantes (UNE) quando foi preso pela ditadura militar, em 1968. Ao recuperar a liberdade, tornou-se militante clandestino, como membro do PCdoB. Foi combatente na guerrilha do Araguaia, na qual foi preso em 1972. Capturado pelos militares, passou cinco anos na prisão, onde foi torturado durante nove meses. Solto em 1977, passou a lecionar em cursinhos pré-vestibulares.
Em julho de 2005, enfrentou, juntamente com o seu partido, a maior crise da sua trajetória política. Foi um dos protagonistas do escândalo do mensalão. Estava na presidência do PT no momento da crise e confirmou, após depoimentos, ter avalizado dois empréstimos do partido com os bancos Rural e BMG, no valor total de R$ 5,4 milhões. Ele reconheceu ter assinado os documentos de empréstimo. Após a saraivada de denúncias, Genoino renunciou à presidência do PT.
O parlamentar sempre negou a existência do mensalão. Em 30 de março de 2006, foi denunciado pelo procurador-geral da República ao Supremo Tribunal Federal (STF) como um dos responsáveis pelo mensalão. Em agosto de 2007, o Supremo Tribunal Federal aceitou a denúncia contra Genoino e outros 11 réus pelos crimes de corrupção ativa e formação de quadrilha. Foi excluído da acusação de gestão fraudulenta, em decisão tomada por cinco votos a três pelos ministros do STF.
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