No início de 1992, o então presidente do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de São Paulo, Nicolau dos Santos Neto, abriu licitação para a construção do futuro fórum trabalhista da capital, que iria se transformar em um dos maiores escândalos de desvio de dinheiro público da história do país. Passados quase 20 anos, somente dois dos inúmeros procedimentos abertos para recuperar o dinheiro desviado e punir os responsáveis foram concluídos, ambos independentes do Judiciário brasileiro: em um deles, a Justiça dos EUA acatou o pedido para devolver um apartamento comprado pelo ex-juiz em Miami, que foi leiloado e o dinheiro entregue ao Tesouro Nacional; no outro, o Senado cassou o então senador Luís Estevão, que ficou inelegível por 10 anos, até 2012. Na Justiça brasileira, dezenas de processos ainda não chegaram ao final, embora desde 1998 os réus estejam com seus bens bloqueados. Nicolau vive em prisão domiciliar e os demais aguardam o julgamento de recursos em liberdade.
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