25 de agosto de 2011, em Conflitos em andamento, Noticiário Internacional, Relações Internacionais, por Fernando "Nunão" De Martini
-
Segundo matéria do jornal ‘The Moscow Times’, não deverá haver negócios da Rússia com a Líbia pós Gaddafi.
-
O coronel Viktor Murakhovsky disse que a praticamente certa vitória dos rebeldes foi possível graças aos esforços coordenados dos ocidentais. Segundo o coronel, um papel fundamental foi realizado por serviços de inteligência, comprando ou influenciando as deserções de oficiais e soldados antes leais a Kadafi. O treinamento de rebeldes por conselheiros ocidentais e o isolamento do regime, feito de forma metódica, também foram fatores de importância.
Ainda segundo o coronel Murakhovsky,
Mikhail Margelov, representante especial do presidente Dmitry Medvedev na África, disse que os rebeldes prometeram manter e reconfirmar todos os contratos existentes com a Rússia. Mas, na opinião de Vladimir Isayev. analista do Instituto de Estudos Orientais da Academia Russa de Ciências, os novos governantes líbios não deverão esquecer o fato de que a Rússia se absteve de votar a Resolução 1973 da ONU (Organização das Nações Unidas). Segundo Isayev, França e Grã-Bretanha deverão ficar com as vantagens econômicas.
Os rebeldes também indicaram que deverão rever contratos. “Temos algumas questões políticas com a Rússia, a China e o Brasil”, disse Abdeldzhalil Mayuf, porta-voz da Arabian Gulf Oil Company (AGOCO), a empresa estatal de petróleo da Líbia, que agora está sob controle dos rebeldes.
No recente evento aeroespacial MAKS, o diretor geral da agência russa de exportação de material de defesa (Rosoboronexport), Anatoly Isaikin, disse que as sanções da ONU custaram 4 bilhões de dólares para a agência. Na semana passada. A “Tactical Missiles Corporation”, sediada em Korolyov (próximo a Moscou) sofreu prejuízos de 600 milhões de euros em contratos bloqueados com a Líbia, segundo seu diretor geral, Boris Obnosov. E um contrato para a venda de seis aviões de treinamento Yak-130 foi congelado, conforme declaração do presidente da “Irkut Corporation”, Alexei Fyodorov.
Por fim, o analista político Boris Makarenko disse que o presidente Dmitry Medvedev não conseguirá nenhum benefício de seu apoio aos aliados ocidentais no conflito da Líbia. Apesar de ter reforçado sua posição internacional ao apoiar as sanções contra a Líbia, a maioria dos russos apoia Gaddafi.
FONTE: The Moscow Times (com informações de MT, AP, Vedomosti, Bloomberg, Reuters, Interfax)
Tradução, adaptação e edição: Poder Aéreo
FOTOS: Armée de l’air (Força Aérea Francesa)
wwwcamacarimagazine.blogspot.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário