quarta-feira, 10 de agosto de 2011

COLBERT :NOMEADO HÁ 5 MESES EX-DEPUTADO TERMINA NA CADEIA


A ocupação de cargos públicos tornou-se atividade de alto risco. O ex-deputado federal Colbert Martins (PMDB-BA) se deu conta dessa evidência da pior forma.
Barrado nas urnas de 2010, Colbert foi indicado pela bancada de seu Estado para a Secretaria Nacional do Desenvolvimento de Programas de Turismo.
Foi nomeado, sob Dilma Rousseff, em 9 de março. Nesta terça (9), Colbert “celebra” na cadeia o aniversário de cinco meses de exercício do cargo federal.
Colbert frequenta a lista dos 38 detidos pela Polícia Federal como um ponto fora da curva. Foi à garra por conta de um convênio celebrado em 2009, so Lula.
Por quê? Alcançado por um amigo do PMDB no ‘PF’s Inn’, onde se encontra, Colbert disse ter assinado a liberação da última parcela do convênio. Coisa de R$ 800 mil.
O pedido de liberação chegou-lhe à mesa instruído. Trazia parecer da consultoria jurídica do Ministério do Turismo, autorizando o pagamento. E Colbert rubricou.
Graças a esse jamegão, teve a prisão requerida pelo Ministério Público Federal, deferida pela Justiça Federal e executada pela Polícia Federal.
A presença de Colbert no rol dos presos ateou revolta no consórcio partidário que dá suporte congressual ao governo Dilma Rousseff.
Até o líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), protestou: "Acho que houve abuso de poder do Judiciário e do Ministério Público."
Herique Eduardo Alves (RN), líder do PMDB, ecoou: "Isso é um absurdo. Ele foi preso sem nem saber o porquê, sem nem ter sido ouvido…”
“…Esse procedimento não é correto, não faz parte do Estado democrático de direito."
Colega de Colbert no PMDB baiano, o ex-ministro Geddel Vieira Lima, hoje vice-presidente de Pessoa Jurídica da Caixa, recolhe um paralelo nos EUA.
“Se forem corretos”, diz Geddel, “o procurador e o juiz fariam com Colbert o que foi feito com o Strauss-Kahn em Nova York.”
Refere-se ao caso do ex-mandachuva do FMI. Acusado de estuprar uma camareira, ele teve a prisão relaxada depois que a acusação revelou-se frágil.
Por Josias de Souza
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