Requião disse que, em 2007, procurou Bernardo para pedir participação do governo federal na construção de uma rodovia avaliada em R$ 150 milhões, mas que o acordo não saiu porque Bernardo teria pedido um orçamento de R$ 550 milhões para o mesmo trecho. O advogado de Bernardo na ação, Luiz Fernando Pereira, apresentou à Justiça um documento enviado por Requião pedindo R$ 550 milhões para a obra.
“Não se pode admitir que essas pessoas públicas ajam de forma desconectada da realidade, criem factoides, lancem dúvidas, sem que antes haja um mínimo de fundamento fático para tal”, disse a juíza na decisão. Segundo o advogado, a sentença foi rápida porque a magistrada não viu necessidade de novas provas, por conta da apresentação deste documento e das gravações da TV Educativa. “Assim, se o próprio governo estadual divulgava valores de R$ 550 milhões para a obra, relativo ao ano de 2007, o discurso de existência de superfaturamento por proposição semelhante que teria sido apresentada pelo autor perde totalmente qualquer lastro”, disse a juíza.
O uso da TV Educativa para atacar adversários durante a reunião do secretariado, batizada de Escola de Governo, foi pratica corriqueira durante os oito anos de mandato de Requião como governador do Paraná. Em 2009, Requião foi proibido pela Justiça Federal de fazer ataques ou autopromoção na programação da TV pública, sob pena de multa de R$ 250 mil pelo descumprimento. Acabou multado quatro vezes, acumulando R$ 1 milhão em dívidas com a Justiça. Pelas acusações a Bernardo, Requião responde ainda a ação criminal. Ele deve depor no dia 18 no Supremo Tribunal Federal (STF).
wwwcamacarimagazine.blogspot.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário