sábado, 15 de setembro de 2012

Emendas parlamentares de Marta Suplicy não favorecem iniciativas da Cultura

Em 2011, no primeiro ano como senadora da República, Marta Suplicy (PT – SP) não fez emendas em favor de iniciativas da Cultura para 2012. A parlamentar tinha R$ 15 milhões para utilizar nos projetos que desejasse. As emendas da nova ministra da Cultura beneficiaram projetos do Fundo Nacional de Saúde, mais especificamente a estruturação de Unidades de Atenção em Saúde, de Jaú, Mauá, Carapicuíba e a capital paulista, no estado de São Paulo.
Veja emendas aqui
Há tempos, a área da cultura não parece mesmo ser a prioridade política da parlamentar. No período em que foi deputada federal, de 1995 a 1998, do total de 24 emendas realizadas por Marta, apenas uma era voltada para o setor que comandará a partir de amanhã (13). A deputada destinou R$ 200 mil para a “proteção do patrimônio histórico e artístico em Santo André (SP)” em 1999.
Segundo a biografia publicada no site de Marta Suplicy, na Câmara dos Deputados, ela deu prioridade ao acesso à plena cidadania, em especial às mulheres e homossexuais.
Entre seus principais projetos, estão a Parceria Civil, que atende questões de direitos de herança para companheiros e companheiras homossexuais, e Cota para mulheres na política, que prevê que os partidos contem com 30% pelo menos de candidaturas proporcionais - Legislativo fora o Senado - de um dos sexos (30% de mulheres ou 30% de homens, pelo menos).
Marta Suplicy substituirá Ana de Hollanda no Ministério da Cultura. A antiga comandante da Pasta, há tempos vinha tendo conflitos com o governo. A presidente Dilma Rousseff decidiu fazer a troca logo depois que Marta concordou em apoiar o candidato do PT à Prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad.
A nova ministra boicotou a campanha de Haddad por quase dez meses e só concordou em ajudá-lo há duas semanas, após conversas com Dilma e com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Marta foi obrigada por Lula a desistir da disputa pela Prefeitura, no ano passado, para dar a vaga a Haddad.
A saída de Ana de Hollanda estava prevista para o início do ano que vem, quando Dilma fará novas mudanças na Esplanada. A presidente, porém, decidiu antecipar a troca por causa das eleições municipais. Além disso, ela teria ficado irritada com o vazamento de uma carta escrita pela ministra da Cultura reivindicando mais verbas para Cultura à Miriam Belchior, titular do Planejamento.
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