terça-feira, 25 de dezembro de 2012

Guarda presidencial pagará R$ 17,8 milhões por 65 novos ônibus

O Batalhão da Guarda Presidencial (BGP) começou a formalizar a compra de uma frota de 65 ônibus, que totalizará, ao final, um gasto de R$ 17,8 milhões. O processo de aquisição dos veículos foi iniciado em novembro, com um pregão eletrônico, e desde o início do mês dezembro começa a sair do papel, com os primeiros empenhos.
A proposta vencedora, da empresa paranaense Mascarello, assegura um preço unitário de R$ 274 mil – dentro dos padrões do mercado para ônibus urbanos com quilometragem zerada.
Em dezembro, o BGP efetuou empenhos para 46 dos veículos. Eles serão destinados para diversas bases militares através do país, nas seguintes cidades: Belém, Manaus, Porto Velho, Recife, Fortaleza, Brasília, Campo Grande, Rio de Janeiro, Juiz de Fora, São Paulo, Porto Alegre e Curitiba. As bases de Brasília, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre receberão seis automóveis cada – a maior número de ônibus enviados a uma só localidade. (veja nota de empenho)
Cada ônibus comporta 40 pessoas sentadas, além do motorista, e possui espaço para acomodação de bagagem. Os veículos foram fabricados neste ano, rodam a diesel e são na cor verde-escuro (apropriada para um veículo militar).
A reportagem do Contas Abertas entrou em contato com o BGP para saber quando os ônibus serão entregues, quantos membros do batalhão usufruirão deles e se a compra diz respeito a substituição de frota. Até o fechamento desta reportagem, não houve resposta.
Sobre o Batalhão
O Batalhão da Guarda Presidencial tem suas origens no Brasil Império, quando Dom Pedro I criou, em 1823, o Batalhão do Imperador e o colocou sob o comando do então tenente Luís Alves de Lima e Silva, que viria a se tornar o Duque de Caxias e hoje é reconhecido com o patrono do Exército brasileiro.
O Batalhão participou de batalhas na Bahia, onde ainda havia conflito pela independência do país, e atuou nos territórios da província da Cisplatina, que hoje é o Uruguai.
Com a abdicação de Dom Pedro I, em 1826, o Batalhão do Imperador foi extinto. Em 1933, no entanto, um decreto presidencial criou o Batalhão de Guardas, considerado “herdeiro” da antiga unidade por também ter como tarefa acompanhar e defender o mandatário máximo do país – que já não era mais um imperador, e sim um presidente.
O Batalhão foi renomeado em 1960, quando mudou sua base principal para Brasília, a nova capital do país. Desde então, é conhecido como Batalhão da Guarda Presidencial. Além de guardar a segurança da presidente da República,o Batalhão tem como missões participar do cerimonial militar, prestar honras a autoridades nacionais e estrangeiras, participar de operações de garantia da lei e da ordem e zelar pela segurança dos palácios do governo federal.

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