quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Sistemas virtuais do Ministério do Turismo ajudam a prevenir desvios e aprimorar gestão



O Ministério do Turismo foi um dos atingidos pela “faxina” promovida pela presidente Dilma Rousseff na esplanada em 2011. Irregularidades em convênios e verbas desaparecidas ajudaram a derrubar o então ministro, Pedro Novais (PMDB-MA), e parte de sua cúpula. Pouco mais de um ano depois, a Pasta corrigiu os rumos e voltou aos eixos. Um dos principais responsáveis é um novo sistema informatizado de gestão e monitoramento.
O sistema consiste em duas plataformas: o Portal de Monitoramento de Desempenho, que avalia o andamento de ações e investimentos; e a Plataforma de Gestão do Turismo, que monitora a evolução das metas e demandas do setor turístico brasileiro. Ambas as ferramentas foram implementadas há cerca de um ano, com a chegada do secretário-executivo Valdir Simão.
Simão havia adotado sistema semelhante quando foi presidente do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), entre 2005 e 2007. A experiência deu certo e foi levada para o ministério, que saía da crise de 2011. Simão levou consigo o assessor Antônio Hobmeir Neto, especialista em tecnologia da informação e responsável pela elaboração do sistema. Todo o trabalho foi feito pela própria equipe do Ministério do Turismo, sem o uso de consultorias externas ou a contratação de empresas privadas de informática.
Como os problemas do Turismo estiveram relacionados com a aplicação de verbas em serviços inexistentes – na tentativa de ocultar os desvios milionários –, o grande objetivo dos sistemas virtuais é, segundo Simão, “garantir que a execução física esteja em linha com a execução financeira”. Ou seja, ter certeza de que cada centavo desembolsado pela Pasta terá uma contrapartida real e mensurável.

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