terça-feira, 7 de junho de 2011
Protógenes: há desvio no combate ao terrorismo
O delegado da Operação Satiagraha, agora deputado, propõe fiscalização e controle para investigar abusos e indícios de irregularidades da PF e da Abin no programa antiterrorismo
Protógenes propõe investigar ações da PF e da Abin no combate ao terrorismo no Brasils
Delegado da Polícia Federal (PF) investigado por supostas irregularidades na Operação Satiagraha, que prendeu o banqueiro Daniel Dantas, o agora deputado Protógenes Queiroz (PCdoB-SP) dá o troco. Ele apresentou uma proposta de fiscalização e controle (PFC) para investigar supostas irregularidades na política pública promovida pelo governo, por meio da PF e da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), para subsidiar o programa antiterrorismo brasileiro. Espécie de mini-comissão parlamentar de inquérito (CPI) em que apenas um parlamentar acumula as funções de presidente e relator, a PFC servirá para que Protógenes conduza os trabalhos investigativos, com o aval da Câmara, e apure problemas e abusos que estariam acontecendo no programa.
Leia a íntegra da PFC proposta por Protógenes
Segundo Protógenes, os problemas extrapolam as fronteiras sulamericanas. O deputado afirmou que uma linha de investigação, a que apurava a discriminação de árabes e muçulmanos em Foz do Iguaçu, no Paraná, acabou por desembocar em outra, que se debruçou sobre uma suposta ação internacional orquestrada com o intuito de criminalizar comunidades árabes.
“Pelo que nos foi trazido em documentação, há indícios de que existe um programa internacional de investimento de recursos destinados a financiar a grande mídia para desqualificar e criminalizar o público árabe muçulmano na América Latina, e principalmente do Brasil”, revela o parlamentar paulista.
Outra denúncia de Protógenes diz respeito ao financiamento internacional, em repasses ilícitos (não declarados) ao Brasil, para subsidiar as arbitrariedades praticadas “há anos” pelos agentes do programa antiterrorista brasileiro. Segundo os indícios, alguns profissionais trabalharam “ao arrepio da lei”. “Nós vamos verificar a veracidade dessas informações a partir da conclusão dessas investigações que ora iniciamos”, garantiu Protógenes, lembrando que os trabalhos estão em fase de coleta dados.
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