Presidência reserva R$ 844 mil para comprar 100 mil refeições |
Milton Júnior Do Contas Abertas |
Pela segunda semana consecutiva a Presidência da República ganha destaque no Carrinho de Compras. Na última edição da coluna semanal, o novo mobiliário do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência (GSI), que deverá custar cerca de R$ 94 mil, chamou a atenção. Desta vez a inteligência presidencial reservou cerca de R$ 844 mil para garantir o fornecimento, por um ano, de quase 100 mil refeições – almoço, jantar, lanches, coffe break e coquetel. A ideia é manter bem nutridos os seguranças do Palácio do Planalto, do Palácio da Alvorada, da Granja do Torto e do Palácio Jaburu. E se depois das refeições os agentes de segurança quiserem tirar uma soneca, o departamento comprometeu R$ 4,7 mil para a compra de 300 travesseiros. No Congresso, a Câmara dos Deputados reservou pouco mais de R$ 1 mil para a compra de um carrinho de chá. A expectativa é continuar servindo bem os parlamentares. Além disso, o órgão comprometeu R$ 4,9 mil para inscrever o servidor Luiz Alberto da Cunha, no curso "elevadores e escadas rolantes", que será realizado em Brasília, nesta semana. Pelo preço, a empresa contratada, a Treinamento Avançado Ltda, deve realmente garantir que o servidor se torne um especialista em segurança do “sobe-e-desce”. Já o Senado Federal preferiu garantir a higiene da Casa. Pretende adquirir 15 novas válvulas de descarga, ao custo total de R$ 5,5 mil. Sem piadas sujas! Enquanto isso, na Liga da Justiça... O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) quer nove toneladas de café em pó homogêneo, torrado e moído. A compra custará cerca de R$ 31,5 mil. Para não correr o risco de alguém ficar de fora da rodada de cafezinho, o TJDFT também reservou quase R$ 9 mil para a aquisição de 1.200 xícaras, em porcelana de primeira linha, na cor branca. No Superior Tribunal de Justiça, a empresa Flores da Alvorada deverá entregar dez coroas de flores com rosas, antúrios, girassóis, lírios e outras. Cada coroa, que terá detalhe em ouro, custará R$ 500. No documento de empenho, a exigência é de que cada item venha na forma oval, com faixa em plástico, “contendo os dizeres previamente especificados pelo gestor do contrato em letras douradas”. Não é a primeira vez que o órgão adquire os nobres arranjos. Já o Tribunal Superior do Trabalho quer comprar 50 carteiras por R$ 2,3 mil. Cada porta-documento deverá ter revestimento em couro caprino vermelho. Por dentro, cetim vermelho “ou material de qualidade superior”. Na capa, um brasão da República Federativa do Brasil, com detalhes em metal dourado e com acabamento esmaltado. Por fim, o Batalhão de Polícia do Exército de Brasília não se preocupou com a má fama que o panetone adquiriu durante no último ano e decidiu comprar 49 unidades do item natalino. A julgar pelo preço – menos de R$ 10 cada -, não parece ser um “panetonegate”. |
segunda-feira, 15 de novembro de 2010
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