quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Acusada de ser sanguessuga é nomeada para a transição

 
11/11/2010
às 5:51

Acusada de ser sanguessuga é nomeada para a transição

Por Breno Costa e Rubens Valente, na Folha:
A advogada Christiane Araújo de Oliveira, 30, denunciada em 2008 pelo Ministério Público Federal sob acusação de envolvimento com a máfia dos sanguessugas, foi nomeada para a equipe de transição da presidente eleita Dilma Rousseff. O esquema, descoberto em 2006, consistia no direcionamento de licitações para a compra de ambulâncias por prefeituras com dinheiro de emendas parlamentares em troca de pagamento de propina para congressistas.
Apesar de a nomeação ter sido assinada pelo ministro-chefe da Casa Civil, Carlos Eduardo Esteves Lima, a indicação veio da equipe da presidente eleita. Christiane é um dos 20 nomes oficializados até ontem. Dilma pode indicar até 50 pessoas para sua equipe. A assessoria da transição informou que a advogada, que receberá salário mensal de R$ 2.600, exercerá a função de secretária, com a atribuição de “atender telefonemas e anotar recados”. Localizada pela Folha ontem à tarde, Christiane disse não saber qual será sua função na equipe. Ela disse que tomou conhecimento da nomeação pela reportagem.
EM NOME DO PAI
“Eu nem sei ainda [sua função], estou falando sério. Eu estava aguardando, esperando [a nomeação]“, disse. Christiane afirmou que provavelmente sua nomeação se deveu ao apoio que seu pai, um pastor evangélico cujo nome ela não citou, prestou à campanha de Dilma. A advogada disse que tem “a consciência tranquila” sobre o processo e que não cometeu irregularidades. “Não fui condenada em nada.”  Christiane é ré na Justiça Federal em Arapiraca (AL), desde 2008, em processo que apura supostos crimes de formação de quadrilha, corrupção passiva e fraude em licitações no caso sanguessuga.
Na época, Christiane era assessora do então deputado federal João Caldas (AL), do antigo PL (hoje PR). A denúncia, assinada pelo procurador da República Daniel Ricken, cita trecho de depoimento do empresário Darci Vedoin, pivô do esquema. O procurador justificou a denúncia dizendo que Christiane era quem fazia contato com os prefeitos no interior de Alagoas “para acertar os detalhes sobre o direcionamento de licitações”. Aqui
Por Reinaldo Azevedo
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