28 de novembro de 2010, em Forças Políciais, Guerra Assimétrica, Polícia Civil, Polícia Militar, Segurança Pública, por Guilherme Poggio
As forças de segurança que atuam neste domingo (28) no Complexo do Alemão, reduto de narcotraficantes na zona norte da capital fluminense, não encontraram resistência até agora e estranham a ausência de combates no local.
No sábado (27), a polícia deu ultimato aos criminosos para que se rendessem na rua Joaquim de Queiroz, dentro do complexo de dez favelas. Nenhum deles o fez. As forças de segurança estimavam em cerca de 600 o número de suspeitos no local.
“A situação está preocupantemente tranquila demais”, afirmou o delegado Marcos Vinicius Braga. “Não é normal um estado de tranquilidade desse no Complexo do Alemão”, disse, sem especular o que teria acontecido para a falta de embate.
Segundo o delegado, não há registro de mortos ou feridos na favela e a polícia está encontrando poucos moradores nas casas. O comandante-geral da Polícia Militar, Mário Sérgio Duarte, determinou varredura geral na região.
O delegado Rodrigo Oliveira, responsável pela operação por parte da Polícia Civil, demonstrou dúvida sobre se os narcotraficantes estão ainda no Complexo do Alemão. “É possível que estejam aí dentro”, disse ele, que notou rastros de sangue na comunidade, mas não soube dizer se há criminosos feridos.
“A comunidade é subjugada pelo tráfico. É possível que eles estejam escondidos em casa. Ainda vai levar tempo até que todas as residências sejam vasculhadas”, afirmou ele. “O complexo pertence de volta à comunidade. O objetivo principal já foi feito e não temos hora para sair.”
FONTE/FOTO: UOL/G Pinto – O Globo
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