quarta-feira, 8 de junho de 2011
Gangue que aterrorizava comunidade de Fátimaé denunciada e integrantes devem ser presos
Após promover tristeza, ceifando vidas no interior do estado, a “Gangue do Faz-me-rir” foi denunciada pelo Ministério Público estadual e seus integrantes tiveram a prisão preventiva decretada. Os comparsas, Alisson Diego Santos, Miguel Borges Silva, Genivaldo Santana, João Batista de Oliveira, Antônio Toga Júnior, José Alencar Nascimento, Thiago Almeida, Érico Gonçalves, Jenilson Reis e Márcio Cristiano da Silva, são acusados pelo promotor de Justiça João Paulo Schoucair de praticarem os crimes de homicídio, sequestro e favorecimento à prostituição no município de Fátima, localizado a 332 km de Salvador. Crimes graves, que por sua periculosidade e prática reiterada, levaram o juiz André Andrade Vieira a decretar a prisão dos dez integrantes da gangue.
Segundo o promotor de Justiça, os rapazes agiam sob o pretexto de combaterem a criminalidade no município. Mas eles, denuncia João Paulo Schoucair, “integraram uma associação criminosa”, que, sob a chefia executiva de João Batista, vulgo “Batista da funerária”, espalhava o medo na região. A gangue, valendo-se do uso de arma de fogo e de requintes de crueldade, estava “investigando e punindo” aqueles que violassem o “código de posturas” por ela promulgado, informou o representante do MP, destacando que, em 20 de dezembro de 2009, executando o comando de João Batista, seis integrantes da “Faz-me-rir” sequestraram dois adolescentes e, sob a mira de arma de fogo, colocaram os jovens no porta-malas do carro e os levaram às proximidades de um povoado, onde ordenaram que eles ficassem nus e os espancaram, chegando a obrigá-los se beijar e a fazer sexo oral um no outro. Isso, lamenta o promotor, a fim de que os adolescentes fossem estimulados a cumprir a tal “legislação”.
Outra vítima, também adolescente, foi abordada pelos integrantes da gangue na noite do dia 28 de janeiro de 2010, quando foi submetida a intenso sofrimento físico e moral. Sabedor de uma infinidade de práticas criminosas perpetradas pelo grupo, o jovem apanhou tanto, com socos, chutes e pedaços de aço, que acabou no hospital, onde ficou internado durante três meses. Mas a intenção delitiva dos denunciados, disse Schoucair, não foi consumada por circunstâncias alheias à vontade deles. Por isso, os criminosos, insatisfeitos com a resistência da vítima, esperaram que ela deixasse o hospital para novamente sequestrá-la e assassiná-la, chegando a dilacerar o seu corpo em várias partes.
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