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A  verdadeira prostituta não é a profissional,  que vive do sexo pago, mas a falsa puritana infiltrada na  sociedade.
João  Bosco Leal
Lendo  um texto de um amigo jornalista em que ele agradece sua mãe por tudo o que é e,  ao mesmo tempo, se desculpa sobre a quantidade de vezes que ela já foi lembrada  por seus inimigos e, nessas ocasiões, ofendida em sua honra, comecei a pensar em  quem são as verdadeiras prostitutas de nossa sociedade.
Lembro-me  de que, quando jovem, em todas as cidades existiam as chamadas "zonas de  meretrício", verdadeiros bairros onde residiam as prostitutas locais e para onde  se dirigiam aqueles que buscavam seus serviços.
Os  tempos mudaram e com a chamada liberalização sexual a estrutura social passou a  ser mais permissiva com a sexualidade dos jovens, que já não necessitam buscar  esse tipo de serviço, pois passaram a se relacionar com as próprias  namoradas.
Esses  bairros conhecidos como "zonas" deixaram de existir e as prostitutas foram  residir nos pontos mais diversos das cidades e passaram a anunciar seus serviços  nos jornais ou a fazer "ponto" em determinadas ruas ou locais conhecidos por  toda a comunidade.
Com a  internet, surgiram verdadeiras estruturas especializadas no oferecimento desses  "préstimos", sejam femininos, masculinos ou homossexuais, com fotos e dados como  medidas, peso, altura, preferências e especialidades.
Mas  toda essa modernidade e facilidade não conseguiram acabar com a existência das  pessoas que apontam seu dedo para outras, acusando-as de ser o que são, quando  por trás dessas acusações querem esconder o fato de muitas vezes serem ou  tentarem ser iguais às que acusam.
São as  que apontam para quem sequer conhecem e dizem maldades e injustiças, lançando  acusações de comportamentos indecorosos, tentando com isso não expor os seus  próprios, ou as que recriminam as profissionais do sexo, quando exercem a mesma  função sem o mesmo profissionalismo, mantendo um comportamento menos digno do  que destas, ou de quem quer ser vista como uma dama.
Entendo  e acho normal que entre quatro paredes, buscando satisfazer seu parceiro e com  este comportamento dedicado exclusivamente a ele, muitas mulheres tornam-se  verdadeiras profissionais do sexo.
Entretanto,  é comum ficarmos sabendo de mulheres, casadas ou não, que em reuniões com outras  se vangloriam de terem saído com outros homens e que comentam inclusive como  foram seus desempenhos sexuais e até suas medidas físicas.
E  atualmente não é raro observar mulheres usando vocabulários que incluem  palavrões em muitas das frases que pronunciam, que gritam e xingam, bebem ao  ponto de dar vexames e, ao se dirigirem a outras pessoas, apontam o dedo  indicador próximo do rosto de seu interlocutor.
Que  casadas, procuram satisfazer seus desejos físicos buscando parceiros no mesmo  tipo de anúncio usado pelos homens, os acusam de infidelidade conjugal, mas  deles não se separam para manter o "status" de mulher casada ou vendendo-se  pelas mordomias que o dinheiro do marido pode proporcionar.
Assistindo  pessoas se comportarem dessa maneira, fico em dúvida sobre quem são as  verdadeiras vadias de nossa sociedade, se as que se expõem em anúncios de  jornais, blogs e sites ou as que fingem ser puritanas, mas praticam atividades  bem menos dignas do que  as que vivem da profissão.
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