quinta-feira, 1 de março de 2012

O BRASIL ENTRE A RUPTURA E A INÉRCIA


O Brasil precisa fazer na educação (e na saúde) o mesmo que Lula fez com o salário mínimo: uma ruptura em relação à inércia conservadora. Num intervalo de oito anos o presidente petista elevou o poder aquisitivo do mínimo em mais de 53% em termos reais. Rejeitou a lógica incremental porque mudar apenas na margem seria manter à margem os que sempre viveram do lado de fora do país. Mesmo com o aumento substantivo de 22,2%, o novo piso do professorado brasileiro, que entrou em vigor nesta 3ª feira, não vai além de R$ 1.451,00. Quem se habilita? São 40 horas semanais, em classes com pelo menos 30 alunos. Pesquisas indicam que a carreira do magistério tornou-se uma espécie de lotação da meia-noite: a escolha dos que não tem mais escolha. Entidades representativas dos municípios brasileiros alegam que nem isso podem pagar: precisariam de um subsídio federal de R$ 7 bi/ano para viabilizar a nova folha do professorado. Como atrair os melhores talentos que uma revolução educacional requer?
CARTA MAIOR
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