sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Reforma do Senado custará R$ 5 milhões

Reforma do plenário custará R$ 5 milhões ao Senado
Sala onde se realizam as sessões enfrenta diversos problemas: o teto está caindo, o revestimento acústico está soltando, há gambiarras no sistema elétrico. Os consertos já estão decididos. Mas ela não sairá barata aos cofres públicos
Valdemir Brito/Senado
Reforma do Senado, que consertará as placas metálicas do teto, que refletem a luz e estão se soltando, vai custar R$ 5 milhões
Fábio Góis
Imagine uma fina placa de metal de mais de 50 centímetros viajando a partir de cerca de cinco metros de altura até, digamos, a testa do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP). Até agora, tal atentado político involuntário - que certamente machucaria muito o senador atingido - não aconteceu. Mas o risco existe. O teto do plenário projetado por Oscar Niemeyer tem várias placas de metal, que servem para refletir a luz, criando um bonito efeito visual. São cerca de 150 mil delas. E várias já se despregaram e caíram desde o início do ano. Embora até agora as placas não tenham atingido ninguém, a possibilidade é grande, numa sala que, em sessões mais concorridas, chega a reunir centenas de pessoas.

Esse e outros riscos detectados num espaço que já completou 50 anos levaram o Senado a resolver fazer uma reforma completa no plenário do Senado. A Secretaria de Engenharia do Senado (Seng) identificou todos os problemas e as necessidades de reforma. O problema será o custo da obra, que custará de cerca de R$ 5 milhões aos cofres públicos.

As providências da Secretaria-Geral vêm com meses de atraso: a precariedade das instalações do plenário já havia sido apontada por este site, em reportagem exclusiva publicada no dia 5 de julho. O próprio primeiro-secretário do Senado, Heráclito Fortes (DEM-PI), subiu à tribuna do plenário para advertir sobre o risco de queda das placas, bem como da necessidade de substituição da rede elétrica.
Confira: Plenário do Senado vira a sala dos perigos

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