As obras da Copa do Mundo de 2014 ficaram 14,7% mais caras que o inicialmente previsto, conforme levantamento divulgado ontem (8) pelo Tribunal de Contas da União (TCU). A previsão inicial era que o investimento total fosse de R$ 23,8 bilhões. A última estimativa, de julho deste ano, aponta para R$ 27,3 bilhões. O custo se deu, principalmente, pelo acréscimo de R$ 1,78 bilhão nas obras dos aeroportos. Outro R$ 1,13 bilhão foi adicionado para os estádios e R$ 158 milhões nos valores dos portos.
O relatório aponta o caso das obras em aeroportos de São Paulo. "Houve ampliação do escopo dos investimentos, nomeadamente em função das recentes concessões dos aeroportos de Viracopos e Guarulhos. Outro plano de investimentos foi idealizado. Também foi nova a decisão de construir o Terminal de Passageiros 4, em Guarulhos", diz o documento.
As obras aeroportuárias ainda apresentam outro problema: o ritmo lento. Dos quatro aeroportos privatizados, apenas Natal e Brasília já iniciaram os investimentos previstos para o Mundial. O atraso também é sentido nos aeroportos administrados pela Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero).
"Ainda não se materializou, irrefutavelmente, a impossibilidade do término das obras anteriormente à Copa do Mundo. A atenção quanto ao acompanhamento dos cronogramas, todavia, aumentou”, esclareceu o relator dos processos de fiscalização da Copa no TCU, ministro Valmir Campelo.
Em relação aos estádios, constatou-se andamento físico das obras como satisfatório. Das cidades-sedes da Copa das Confederações de 2013, o estádio de Recife é o que apresenta menor percentual de execução, com 64% de obras concretizadas.
Os portos também avançaram nos empreendimentos. Em Fortaleza, as obras chegaram à 28,3% de execução; em Natal, 20,5% e em Recife, 27,7%. Em relação às obras de mobilidade urbana, o TCU constatou que cinco cidades-sede receberam desembolsos da Caixa Econômica Federal, com total de valores repassados de apenas 8,33% do total financiado.
O TCU determinou aos órgãos e entidades envolvidos a adoção de medidas com o objetivo de corrigir os problemas encontrados. Também foram feitas recomendações e alertas.
“Tenho manifestado meu entendimento no sentido de que a orientação contínua do controle, capaz de repercutir pontualmente, e decisivamente, na melhoria dos processos e nos modelos de governança podem ser um legado do TCU para o êxito dos jogos”, declarou Campelo.
O levantamento tem o objetivo é promover a transparência dos atos do governo, mapear os riscos e identificar os principais impedimentos para realização do megaevento esportivo. O relatório contém análise das áreas aeroportuária, portuária, mobilidade urbana, estádios, turismo e segurança.
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sábado, 10 de novembro de 2012
Obras da Copa estão 14,7% mais caras e aeroportos são principais responsáveis, diz TCU
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