sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

MPF/BA apoia campanha que estimula o respeito à diversidade religiosa

Além da exibição de peças publicitárias com participação de religiosos de destaque na Bahia, no próximo sábado acontece, na Reitoria da Ufba, evento em comemoração ao Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa
Uma campanha publicitária com o tema “Respeito às Diferenças”, divulga através de outdoors e de chamadas em emissoras de rádio, durante toda a segunda quinzena do mês de janeiro, mensagens de figuras importantes da religiosidade baiana. A iniciativa, da Ouvidoria da Câmara Municipal de Salvador em parceria com o Centro de Educação e Cultura Popular (Cecup) e a União de Negros pela Igualdade (Unegro), tem por objetivo promover o respeito à diversidade religiosa.

Parte do projeto “Unidos Contra a Intolerância Religiosa”, a campanha conta com o apoio do Governo do Estado, da Fundação Cultural Palmares, do Ministério Público Estadual (MP-BA), do Ministério Público Federal (MPF/BA), e da agência Objectiva.

A mobilização marca a comemoração pelo Dia Municipal de Combate à Intolerância Religiosa, fruto do Projeto de Lei 6.464/04, que instituiu o 21 de janeiro como data oficial em Salvador (BA). A iniciativa serviu de inspiração para a Lei 11.635/07, sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, instituindo a data como o Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa, e incluindo-a no Calendário Cívico da União para efeitos de comemoração oficial.

Neste sábado, 21 de janeiro, representantes de diversas matrizes religiosas se confraternizarão num momento de celebração e reflexão sobre o tema, na Reitoria da Universidade Federal da Bahia (Ufba), às 9h. O procurador regional dos direitos do cidadão, Domenico D'Andrea Neto, representará o MPF/BA no evento.

Celebração e reflexão - O dia 21 de janeiro marca a passagem da morte da yalorixá Gildásia dos Santos, conhecida como Mãe Gilda. A líder religiosa passou por uma série de complicações após ter sido atacada pelo jornal Folha Universal, da Igreja Universal do Reino de Deus, no ano de 1999, vindo a falecer no ano seguinte. Na matéria, a yalorixá foi tratada como “charlatã” e “macumbeira”. Após o ocorrido, a família da vítima encampou uma luta jurídica em busca de punição para os culpados, obtendo êxitos e enfrentando alguns revezes, como a redução do valor inicialmente fixado para a indenização. O caso se tornou um emblema da luta contra a intolerância religiosa.
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