sábado, 16 de abril de 2011

PF investiga deputados no ‘golpe da creche’


A Polícia Federal avalia as assinaturas dos deputados Sandro Mabel e Raymundo Veloso para verificar se eles autorizaram ou não contratações de funcionários fantasmas num esquema que desviou R$ 2 milhões dos cofres da Câmara
Wilson Dias/Ag.Câmara
Polícia pede assinaturas mais antigas de servidores envolvidos no esquema. Ainda não terminou também a perícia na firma de Sandro Mabel para saber se ele deu ou não autorizações para o golpe da creche
Atualizada no dia 15 de abril de 2011, às 18h45, para corrigir informações incorretas da versão anterior


A Polícia Federal quer mais documentos com a assinatura de servidores envolvidos no “golpe da creche”. Paralelamente, até hoje, também não houve conclusão da perícia nas firmas do deputado Sandro Mabel (PR-GO) e do suplente de deputado Raymundo Veloso (PMDB-BA) para conferir se são mesmo deles as autorizações para a contratação de funcionários fantasmas pela Câmara. A partir dessas contratações, os salários e benefícios dos servidores, como o auxílio-creche, eram desviados para outras contas e terceiros. Ao menos parte do dinheiro pagou pessoas ligadas a Mabel. Mas, no ano passado, Mabel e Veloso disseram à Polícia Legislativa da Câmara que suas assinaturas foram falsificadas. Os investigadores pediram um exame grafotécnico ao Instituto Nacional de Criminalística (INC) da PF.
Em ofício à Polícia Legislativa, os peritos da PF dizem que o material colhido dos servidores é insuficiente para fazer comparações. Eles querem que os policiais da Câmara enviem documentos mais antigos, com as assinaturas feitas à época dos fatos. Os peritos querem assinaturas mais antigas porque, ao longo do tempo, funcionários podem ter modificado a forma como faziam suas firmas. A investigação se refere à vertente do golpe da creche que fraudou o vale-transporte.

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