ESPAÇO DO LEITOR:
Almeidinha...pr email
O dia 08 de outubro de 2012 será um dia especial. 
Os 
admiradores e cultuadores do guerrilheiro “Che” Guevara estão eufóricos, pois 
inauguram no dia de sua morte, nos alicerces do Exército Brasileiro, uma placa 
de valor incontestável para o comunismo cubano – nacional (MR-8 , Movimento 
Revolucionário de 08 de outubro em homenagem ao “Che”).
A placa de 
desagravo pela morte do Cadete Lapoente poderia, além do arrazoado que 
sacramenta que aquela antiga imaculada Academia não passa de um famigerado antro 
de torturadores, consignar que o seu descerramento na data da morte do cultuado 
astro da esquerda é uma justa homenagem ao assassino “Che” Guevara.
Nada contra, 
pois vivemos num antro, cujo princípio é reescrever não apenas a história, mas 
distorcer identidades, transformando reles criminosos em heróis.
Nada contra, 
contudo, quanta revolta nos inflama o peito, quanta tristeza, quanta mágoa e o 
quanto dói assistir impassível à tamanha pusilanimidade.
Melhor seria 
calar, engolir em seco, mas meus amigos está difícil de suportar tanta vilania, 
e perceber como uma Instituição Permanente, com uma gloriosa participação na 
história da formação deste País, queda – se inerme, e não apenas insensível, mas 
de certa forma conivente, acomodada.
A história do 
Exército Brasileiro foi escrita com bons e maus momentos, principalmente de 
marcantes atuações na epopéia da Nação, porém o atual é sem dúvida um de seus 
períodos de maior vergonha.
Oxalá, a sua 
grandeza, adquirida no passado, seja heróica o suficiente para suportar tanto 
achincalhe, será difícil, pois a mácula é tão grande e nociva, que clamamos pelo 
surgimento de um novo Caxias, de um novo baluarte, de alguém gigantesco, de 
nobreza inigualável, de alguém que possa minimamente, com exemplar conduta, com 
denotado amor á profissão militar, com dedicação integral à Instituição, 
resgatar um pouco da dignidade perdida.
Hoje, inauguramos uma 
placa. Ou cavamos um fosso. Quem sabe?
Na verdade, é 
como se entregássemos um troféu para a esquerda. 
Ao ser descerrada a 
fatídica placa algum desaforado orador poderia dizer, “Patifes, parabéns, 
recebam as nossas homenagens. Considerem esta placa como um troféu que simboliza 
a nossa total submissão aos seus desejos”.
Infelizmente, 
nenhum orador daquele quilate estará presente, e a placa será inaugurada 
com a presença 
do Comandante do Exército e gradas autoridades da República, além de familiares 
do indigitado cadete e convidados, sob os aplausos e ao som de um redobrado hino e, por mais que se 
queira disfarçar, o que está ocorrendo, a grande e implacável verdade é que os 
pilares de uma tradicional Instituição foram abalados.
Que todas as Unidades da 
Instituição, ao mesmo tempo em que na Academia Militar da Agulhas Negras paire 
um tenebroso ar festivo, escalem o seu melhor corneteiro para no centro do 
pátio, no mesmo horário, extrair de seu instrumento um lamentoso, dorido e 
inconsolável “Toque de Silêncio”, como se sucumbira o mais pranteado 
baluarte da Instituição.
Mas, acabrunhados 
leitores, perdoem a digressão e os angustiantes desabafos, que são apenas 
lamúrias que ninguém escutará de um velho, machucado e inconsolável 
soldado.
Aos militares 
da Reserva e Reformados, por não poder falar em nome dos demais, meus condoídos 
pêsames.
Brasília, DF, 
06 de outubro de 2012 
Gen. Bda Rfm Valmir 
Fonseca Azevedo Pereira
Enviado por Paulo Ricardo
Enviado por Paulo Ricardo
wwwcamacarimagazine.blogspot.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário