Está
em contagem regressiva o calendário eleitoral para as eleições de 2012, aprovado
pelo Tribunal Superior Eleitoral, quando serão escolhidos novos prefeitos,
vice-prefeitos e vereadores nos 5.569 municípios brasileiros. Com primeiro turno
marcado para o dia 07/10/2012, o tempo urge e cumpre aos atores - eleitores,
candidatos e partidos políticos - estar atentos às respectivas datas, sob pena
de preclusão, ou seja, perda do direito, de termo ou faculdade, pelo não
exercício no tempo prefixado em lei para a sua ultimação.
Assim,
o dia 7 de outubro de 2011 mostra-se fundamental, como marco temporal
importantíssimo para o processo eleitoral brasileiro das eleições municipais de
2012. Logo, restam menos de 30 dias para aquele que pretenda se candidatar ao
cargo eletivo ter definido seu domicílio eleitoral.
A Lei Eleitoral exige que o candidato a cargo eletivo
tenha domicílio eleitoral na circunscrição a qual pretenda concorrer, vale
dizer, deve ser no lugar da sua residência ou moradia, ou, ainda, conforme
decisões do Tribunal Superior Eleitoral, o local onde o interessado tem vínculos
– negociais, sociais, políticos ou patrimoniais.
No mesmo prazo, também por exigência legal, os candidatos
a cargos eletivos para o pleito de 2012 devem estar filiados a um partido
político, ou seja, o candidato aceita e adota o programa de um partido político,
estabelecendo um vínculo entre ele e o partido. Por disposição constitucional, é
condição de elegibilidade ter filiação partidária (artigo 14, § 3º, inciso V da
Constituição Federal). E somente pode se filiar a partido político o eleitor que
estiver no gozo de seus direitos políticos (Lei 9.096/95, art.
16).
No atual sistema, existem 27 partidos políticos
devidamente registrados junto ao Tribunal Superior Eleitoral e mais quatro
aguardando pedido de registro, ante esse mesmo órgão da Justiça Eleitoral
responsável pela tarefa de regularizar a agremiação
partidária.
É importante ressaltar, também, que até o próximo dia 7
de outubro deve ser aprovada a reforma eleitoral que pretende regrar o pleito de
2012, em fase de apreciação nas duas Casas Legislativas, sob pena de
inaplicabilidade na forma do que prevê o artigo 16 da Constituição Federal. De
acordo com este, “a lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na
data de sua publicação, não se aplicando à eleição que ocorra até um ano da data
de sua vigência”.
Certo é que, como o direito não socorre aos que dormem,
cumpre observar com atenção aos prazos fixados no calendário eleitoral previsto
pelo Tribunal Superior Eleitoral. As datas preestabelecidas são fatais e podem
comprometer todo o trabalho eventualmente já desenvolvido por parte dos
respectivos agentes, partidos e agremiações.
Lizete Andreis Sebben
Advogada e ex-Juiza do TRE/RS
wwwcamacarimagazine.blogspot.com
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