Exploração de madeira e tráfico de drogas na fronteira entre Brasil e Peru estão deslocando povos que vivem isolados
Indigenistas ressaltam que a exploração de madeira e o tráfico de drogas estão deslocando esses povos. O contato com outras populações, indígenas ou não, pode causar a dizimação destes índios por doenças ou confrontos armados.
O escritório da Funai em Rio Branco, no Acre, estima que há centenas de índios vivendo nas cabeceiras de rios na fronteira entre os dois países. A maioria deles são falantes das línguas pano e aruak.
Desestimulando conflitos
A coordenadora da Funai em Rio Branco, Maria Evanízia dos Santos, ressaltou que a fundação vem observando “mudanças nas rotas dos isolados, que têm avançado além dos espaços que costumavam frequentar, por conta da pressão que sofrem do lado peruano”. Ainda segundo a coordenadora, “muitas aldeias se mudaram por conta da proximidade, para evitar confrontos”.Maria Evanízia diz também que obras planejadas na região podem agravar ainda mais a situação, uma vez que cruzariam territórios de índios isolados.
O risco de genocídio é citado tanto pela Funai, a Fundação Nacional do Índio, quanto por indígenas peruanos. Alguns movimentos, como a Comissão Pró-Índio do Acre, vêm realizando encontros com índios brasileiros para alertá-los sobre as ameaças sofridas pelos índios que vivem isolados e desestimular conflitos.
wwwcamacarimagazine.blogspot.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário