quarta-feira, 2 de maio de 2012

Cardeal Mindszenty, vítima do comunismo, plenamente reabilitado na Hungria

 

O Cardenal Mindszenty no banco dos réus,
durante o pantomímico processo comunista
em 1949
Marcelo Dufaur
O glorioso Cardeal Josef Mindszenty, Arcebispo-Príncipe de Esztergom e Primaz Regente da Hungria foi objeto de plena reabilitação legal, moral e política por meio de lei aprovada pelo Parlamento de Budapest e um acórdão da Suprema Corte magiar.
Ambos Poderes reconheceram a inteira inocência do Primaz e declararam destituídas de qualquer valor legal as acusações forjadas pela persecução comunista.
O Cardeal Mindszenty foi preso pelo regime comunista em 1948.
Os torturadores socialistas, através do uso de drogas obtiveram que o Cardeal assinasse uma “confissão” de conspirar contra a ditadura russa, de roubar das joias da Coroa húngara visando coroar o herdeiro, aliás legítimo, Arquiduque Otto de Habsburgo, como Imperador da Europa do Leste e, ainda, planejar a Terceira Guerra Mundial contra Moscou.
O ínclito Cardeal foi liberado pela rebelião anticomunista de 1956, e obteve asilo na representação americana em Budapest durante 15 anos.
A mera presença do Cardeal na embaixada americana continuava a atrapalhar o regime marxista. Por isso, este impôs à Ostpolitik vaticana que o Primaz fosse levado embora da Hungria e renunciasse a seus cargos eclesiásticos. Fatos que aconteceram em 1971, após intensa pressão da diplomacia da Santa Sé sob a autoridade de Paulo VI.
Cardenal Mindszenty com Paulo VI:  o poder de Pedro conseguiu o que não conseguiam os carrascos comunistas
Cardenal Mindszenty com Paulo VI:
o poder de Pedro conseguiu o que não conseguiam
os carrascos comunistas
“Ego debuissem mori in Hungaria” (“Eu deveria ter morrido na Hungria”), lamentou o Cardeal, considerando a realidade que encontrou no Vaticano ao deixar a terra magiar, segundo consigna o Cardeal Casaroli em suas Memórias.
Ele se julgava logrado pela política de aproximação do Vaticano com o comunismo, conduzida por Paulo VI através de Mons. Casaroli, segundo o testemunho deste prelado nas referidas Memórias.
O Cardeal Mindszenty faleceu no exílio em Viena, para onde partira após sair subrepticiamente do Vaticano em 1975. Seu processo de beatificação está em andamento.
A Igreja Católica jamais aceitou a condenação do tribunal comunista e excomungou os juízes e todas as pessoas envolvidas naquele processo ideologicamente truncado.
A atual hierarquia católica húngara participou do processo de reabilitação do Cardeal Mindszenty e auspiciou que ela seja um sinal da restauração moral do povo húngaro, que tanto sofreu sob o comunismo e agora está ameaçado pela União Europeia por ter incluído valores cristãos em sua nova Constituição.
À luz deste heroico exemplo de um Cardeal da Santa Igreja compreende-se a propriedade com que o Prof. Plinio Corrêa de Oliveira o elogiou nas páginas da “Folha de S.Paulo” quando o purpurado se debatia no meio da tempestade:
Mindszenty: fama de santidade varou os oceanos,  estátua na igreja de São Ladislao, New Jersey, EUA
Mindszenty: fama de santidade varou
os oceanos, estátua na igreja de
São Ladislao, New Jersey, EUA
wwwcamacarimagazine.blogspot.com

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